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terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Regras para autoridades dispostas a brincar Carnaval

Tirado do Blog do Noblat:
Nada de boca livre ou quaisquer outros favores durante o carnaval. Nem no Sambódromo, no Rio, nem nas avenidas de Salvador, nem em lugar algum. A Comissão de Ética Pública do governo ficará de olho nos privilégios concedidos às autoridades sujeitas ao Código de Conduta da Alta Administração Federal, em vigor desde 2001.
- O nosso trabalho é para dar um basta nessa história de "sempre se fez, e daí?"-, ensina o presidente da Comissão, Marcílio Marques Moreira.
E para que ninguém depois venha dizer que não sabia de nada, a Comissão divulgou uma nota com as principais orientações a serem seguidas. Fica claro que autoridade pública pode, sim, claro, pular carnaval. Ninguém é de ferro. Mas...
1. Freqüentar camarotes particulares, de cervejarias, veículos de comunicação ou qualquer outra empresa privada? Só se pagar, se for por contra própria. De graça, como cortesia, brinde, presente, nem pensar! De acordo com o Código, isso pode "gerar dúvida sobre a probidade ou honorabilidade" da autoridade – o suficiente para configurar falta de ética.
2. Autoridade pública aceitar de particulares ou empresas privadas hospedagem em hotéis e passagens aéreas para ele e para toda a família, ou mesmo simples convites para assistir a desfiles ou a passagem de trios? Na-na-ni-na-não! Pode não! Só se a grana sair do bolso da autoridade. E nada de vestir camisetas dessas empresas. Também poderia suscitar dúvidas na população e, portanto, vir a ser um gesto considerado falta de ética.
3. E se o convite partir de uma entidade pública estadual ou municipal? Convite para curtir a festa em camarotes do governo ou da prefeitura, por exemplo? Aí tudo bem, passe livre. Não há qualquer restrição nesses casos.
Se alguma situação de desrespeito ao Código for descoberta, a Comissão a colocará em pauta depois das festas.

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