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No Domingo de Páscoa

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terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Comentário de Tasso Franco sobre a derrota de José Neto

Está no "Bahia Já" (www.bahiaja.com.br), comentário de Tasso Franco sobre a derrota do deputado estadual José Neto nas prévias do PT:
Ainda é tudo muito prematuro para se fazer uma avaliação sobre as consequências da vitória do deputado federal Sérgio Carneiro (PT), sobre o deputado estadual Zé Neto (PT), em Feira de Santana, alçando-o à condição de candidato deste partido na segunda cidade mais importante do Estado.
Comenta-se que uma das primeiras alterações se dará no âmbito do Democratas no sentido de apressar o passo já, e não esperar o pós-micareta, para lançar o seu nome à prefeito, visto que, agora a situação pública ficou mais clara e definida com os dois outros nomes competitivos, Sérgio Carneiro (PT) e Colbert Martins Filho (PMDB), em cena, assumidos e referendados. Obviamente que o jogo só é pra valer, no plano oficial, após as convenções que se darão no mês de junho próximo e, até lá, no foguetório de São João/São Pedro, muita água ainda vai rolar embaixo da ponte e alianças poderão ser feitas no decorrer dessa entresafra.
Uma delas, se comenta nos bastidores, dá conta de que segmentos ligados a Zé Neto vão se alinhar com Colbert Martins Filho visto que, entre ficar com Martins, considerado um autêntico com história de lutas na cidade, e ficar com Carneiro, tradicional grupo classe-média nascido no seio do carlismo, melhor é ficar com Colbert.
Mas, isso só o tempo dirá, assim como se especula que, na hipótese de um segundo turno entre Colbert x Sérgio, o Democratas de Zé Ronaldo se alinharia com Carneiro, dada a afinidade política de anos, alicerçada ainda no tempo de Fuastino e outros mais ligados ao ex-governador João Durval, inclusive o próprio José Ronaldo, nascido ai.
Uma coisa parece consensual em Feira de Santana: a chapa do PT com Sérgio Carneiro na cabeça ficou mais competitiva do que se fosse com Zé Neto, assustou o Democratas e o PMDB, mexeu na sucessão em Salvador porque seu irmão João Henrique está vinculado ao PMDB, deu fôlego a Marcelino Galo e criou uma situação política nova no município de Feira, com repercussões em vários outros municípios do Estado.
Ora, se o PT pode ter candidato própio em Feira de Santana, porque não em Salvador, que é o maior colégio do Estado? Em Itabuna que é o terceiro ou quarto colégio? Em Ilhéus e assim por diante, até atingir municípios de menor porte? Haverá, sem dúvida, um efeito cascata e o secretário das Relações Institucionais, Rui Costa, terá que se movimentar melhor e com mais agilidade.
Ademais, não se pode dizer que o PT de Feira, o autêntico, levou um baque definitivo porque em política as coisas não acontecem dessa forma, mas, é verdade que o deputado Zé Neto saiu abatido da disputa e sempre ocorrem sequelas inimagináveis nesses casos, ainda que o PT, como partido, esteja acima dessas circunstâncias ocasionais.
Zé Neto, com certeza, poderá se manter o mesmo com seu estilo aguerrido e às vezes afoito, sem medir palavras e consequências, mas, ao perder para o classe-média Sérgio Carneiro com apoio de segmentos do MST, aconteceu um virote na história do PT de Feira como nunca tinha ocorrido. Ainda que o PT tenha ficado mais competitivo, eleitoralmente, nunca será mais o mesmo.
O jornalista Tasso Franco está desinformado sobre a decisão do DEM, que lança seu candidato depois do Carnaval e não pós-Micareta.

Um comentário:

Anônimo disse...

http://noticias.uol.com.br/ultnot/2008/01/28/ult23u1049.jhtm

28/01/2008 - 09h10
Primeira eleição pós-ACM em Salvador tem disputa pulverizada

Manuela Martinez
Especial para o UOL
Em Salvador


A morte do senador Antonio Carlos Magalhães mudou completamente o cenário eleitoral na disputa pela Prefeitura de Salvador. Ao contrário do que acontecia em pleitos anteriores, quando a campanha se dividia entre carlistas e não-carlistas, este ano pelo menos quatro forças políticas disputam a administração da terceira maior cidade do Brasil.

Sucessor do senador, morto em julho de 2006, na política baiana, o deputado federal Antonio Carlos Magalhães Neto é o candidato natural do DEM. Além de ACM Neto, como é mais conhecido o parlamentar, também devem concorrer o prefeito João Henrique Carneiro (PMDB), o ex-prefeito Antonio Imbassahy (PSDB), o radialista Raimundo Varela (PRB) e a vereadora Olívia Santana (PC do B). Dependendo de negociações partidárias, também postulam o cargo os deputados federais Nelson Pellegrino (PT) e Lídice da Mata (PSB).

De todos os prováveis candidatos, a grande novidade é o radialista Raimundo Varela, que nunca disputou uma eleição. Presença diária no rádio e na televisão baianos nos últimos 30 anos, Varela é muito popular principalmente entre os moradores da periferia. Pesquisa Datafolha publicada no dia 9 de dezembro do ano passado revelou que Varela liderava os quatro cenários apresentados pelo instituto.

Além de acabar com a polarização, a disputa também será o primeiro grande teste eleitoral do governador Jaques Wagner (PT), após o ex-ministro do Trabalho (primeira administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva) ter interrompido uma hegemonia de 16 anos do carlismo no Estado. A situação de Wagner é complicada: o PT, seu partido, quer lançar um candidato próprio à sucessão, e o PMDB, que o apóia, fechou com o prefeito João Henrique. Além disso, o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), a principal liderança do PMDB na Bahia, trabalha, nos bastidores, para Wagner "esquecer o candidato do PT" na sucessão municipal.

Passado
Embora não confirme a candidatura, ACM Neto age como se o seu nome já tivesse sido aprovado pela convenção do DEM. Todas as semanas, o deputado participa de festas populares, realiza encontros com líderes comunitários e, desde o começo deste ano, praticamente definiu a sua equipe de trabalho, contratando assessores e profissionais que trabalham com marketing.

"Uma eventual candidatura minha virá como algo natural. Dentro do partido, todos têm me estimulado a participar da disputa", disse ACM Neto, que cumpre seu segundo mandato como deputado federal. Com ACM Neto na disputa, a campanha pela Prefeitura de Salvador também ganha um caráter nostálgico -o senador ACM tomou posse em seu primeiro cargo no executivo como prefeito nomeado da capital baiana em fevereiro de 1967. Desde então, nenhum parente do senador participou diretamente da disputa.

Cria do carlismo, o ex-prefeito Antonio Imbassahy aposta na experiência para derrotar os seus adversários. Prefeito de Salvador por oito anos, o tucano pretende realizar uma campanha ousada -já manteve contatos com o publicitário Duda Mendonça. Envolvido no escândalo do mensalão, Duda Mendonça, um dos mais conhecidos marqueteiros do Brasil, foi o responsável pela primeira campanha vitoriosa do presidente Lula ao Palácio do Planalto.

Com a disputa pela sucessão municipal, Imbassahy tem mais uma chance de voltar a ocupar um cargo político. Depois que rompeu com o carlismo, o ex-prefeito, já no PSDB, disputou e perdeu o Senado para João Durval Carneiro (PDT), pai do prefeito João Henrique.

Eleito com o apoio de uma frente de partidos de esquerda, João Henrique trocou o PDT pelo PMDB e trava uma disputa política para o PT não indicar candidato -por sua vontade, o partido poderia escolher o candidato a vice da chapa. No entanto, João Henrique terá de se esforçar muito para alcançar o seu objetivo. O diretório estadual do PT, no ano passado, sinalizou que quer disputar a eleição com candidato próprio, e o nome mais provável é o do deputado federal Nelson Pellegrino. Por três vezes, Pellegrino disputou a prefeitura da capital baiana -foi derrotado em todos os pleitos.

Além do PT, outro partido que compôs a base do prefeito pode minar a candidatura de João Henrique: o PC do B. No final do ano passado, o partido rompeu com o prefeito porque insistiu no lançamento da candidatura da vereadora Olívia Santana para concorrer ao Palácio Thomé de Souza (nome do prédio, localizado no início do centro histórico, que abriga a prefeitura). Em represália, João Henrique exonerou todos os políticos do partido que ocupavam cargos de confiança em sua administração.

Faltando menos de um ano para a disputa, João Henrique investe em obras de grande visibilidade eleitoral -recapeamento asfáltico nas principais ruas e avenidas da cidade e a instalação de iluminação mais moderna, principalmente nos locais de grande fluxo. Através de sua assessoria, o prefeito disse que as obras são uma antiga reivindicação dos moradores de Salvador. É neste cenário pós ACM que vai se desenrolar a eleição para a escolha do prefeito da primeira capital brasileira.

A realização das eleições municipais em 2008 deve apressar o processo de reforma no secretariado do governo da Bahia logo após o Carnaval. No tabuleiro de peças construído pelo governador Jaques Wagner no início do ano passado, alguns nomes devem ser substituídos até o dia 4 de abril, data limite para os secretários abandonarem os cargos para partir em direção ao corpo-a-corpo com os eleitores.