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quarta-feira, 18 de julho de 2007

Um "Jornal Nacional" impecável

Avaliação da cobertura do "Jornal Nacional", edição desta quarta-feira, 18, sobre o acidente da TAM, que vale a pena transcrever:
"Impecável a cobertura que o Jornal Nacional faz do acidente aéreo.
Tem o furo - Um outro avião da TAM tinha derrapado perigosamente. O incidente teve registro oficial, segundo apurou o Jornal Nacional. Confirmado o episódio, como fica a afirmação do presidente da TAM, na coletiva, segundo a qual a empresa não havia enfrentado dificuldades em outras aterrissagens?
As causas do acidente - Todas as hipóteses foram investigadas; todas as opiniões devidamente ouvidas.
A dor das famílias - Atendendo aos reclamos dos que pediam atenção à dor das famílias das vítimas, elas estavam lá, em toda a sua eloqüência.
Memória - As falas desencontradas e as idiotices ditas pelas altas autoridades do país sobre a crise foram lembradas.
A cidade consternada - como se fosse uma personagem, uma São Paulo traumatizada.
A reação política - Políticos de oposição e do governo se manifestaram. Destaque para Walfrido Mares Guia: “A culpa não é do presidente Lula; a culpa não é do presidente Lula”.
Os atletas do Pan - Também eles homenagearam as vítimas.
Imagem final - A Infraero divulga um filme em que o avião acidentado apareceria fazendo em três segundos um percurso que um outro, pouco antes, faz em 11 segundos. A imagem está sendo usada pelo jornalismo petralha como “prova” da culpa do piloto. Prova nada! Que ele tinha um problema de velocidade excessiva, bem, isso é óbvio, ou teria parado. A questão é saber por quê. E isso a imagem não diz.
O Jornal Nacional está de parabéns. Há tempos não via uma edição tão organizada".

3 comentários:

Anônimo disse...

18/07/2007 - 20:54

(E agora Lula-Lelé?)

O VÔO DA MORTE E A CONFIANÇA NO PRESIDENTE

in: www.bahiaja.com.br

O governo adotou a estratégia de só se pronunciar à Nação, políticamente, depois que os ânimos estejam acalmados em relação a tragédia com o avião da TAM e indicadores apontem que houve um acidente, independente da crise aérea que se instalou nos aeroportos do país há 10 meses, logo após o acidente com o avião da Gol.

Mas, obviamente, que qualquer fala do presidente Lula da Silva aos brasileiros, a opinião pública não dissociará o último acidente da crise do apagão num novelo interminável de sensações envolvendo impunidade, inépcia, fracasso da gestão governamental e perda da esperança.

Aliás, no dia do acidente, esse foi o clima que se disseminou em Porto Alegre, cidade donde partiu o avião da TAM. A companhia em vez que prestar informações aos desesperados familiares das vítimas, dar apoio a essas pessoas, se omitiu, se mostrou despreparada tal como aconteceu durante o caos do apagão e chamou a Polícia.

Filme já visto e revisto por milhares de brasileiros nas filas dos check-ins, pessoas dormindo no chão, ministros debochando dos passageiros reclamando de salários e pedindo para gozar e relaxar, total desodem, rebeliões de controladores de vôos e pouca ação efetiva do governo.

A velha palavra de ordem após essa tragédia anunciada com o avião da TAM é apuração. Ou para se usar uma expressão bem ao gosto das autoridades brasileiras: investigação rigorosa para punir os culpados.

Acontece que, nenhum brasileiro com a mínima consciência, acredita nessas afirmativas.

O tempo vai passar, os advogados da empresa e da Infraero entrarão em cena, o governo contemporizará mais uma vez daqui e dacolá em relação a gestão pública nos aeroportos, protestos serão feitos pelos familiares das vítimas e a esperança de que o Brasil, um dia, adote a postura de respeito aos seus cidadãos vai para as calendas.

Evidente que, de caju em caju, de indignação e indignação, de vaia em vaia, a blindagem do presidente Lula vai trincando e ainda que se mantenha popular como se encontra nos dias atuais (64% de aprovação) poderá se tornar prisioneiro da redoma de vidro do Palácio do Planalto, longe das multidões, distante da classe média, tal como aconteceu na abertura do PAN Rio e também na sua última visita à Salvador, optando pela porta alternativa do TCA.

Seria, assim, um presidente dos pobres e oprimidos, do bolsa família, da economia em ascensão, dos feitos gloriosos, sem considerar que a esperança que tanto defendeu na última campanha, a esperança da dignidade, da valorização do ser humano, do brasileiro, seja levada em consideração.

No PAN, as platéias têm cantado o refrão que marca o sentimento nacional, de "ser brasileiro com muito orgulho e com muito amor".

Então, senhor presidente, está na hora de afirmação da República, do povo como Nação.

Tasso Franco

Anônimo disse...

Um bando de incompetentes isso sim!

Anônimo disse...

OAB pede demissão do ministro da Defesa

In: www.correiodabahia.com.br

BRASÍLIA –

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, foi taxativo ao afirmar ontem que a crise que envolve o setor aéreo brasileiro, que se transformou em um verdadeiro “inferno aéreo”, é de má gestão e pediu o afastamento do ministro da Defesa, Waldir Pires, e de todos os responsáveis pela falta de seriedade com que essas autoridades vêm lidando com o problema.

“Esse acidente de ontem (anteontem), esse crime que se comete contra o brasileiro é extremamente grave, pois essa era uma tragédia anunciada”, afirmou Britto, referindo-se ao acidente envolvendo o vôo 3054 da TAM, que explodiu ao tentar pousar na terça-feira no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.


“Se a crise é de gestão, temos que afastar todos os responsáveis. Não podemos mais trazer essa insegurança para as pessoas que utilizam o transporte aéreo brasileiro, que ficam sempre na incerteza de se vão ou não chegar a seu destino”.

Cezar Britto afirmou que há muito tempo se tem alardeado que a crise aérea é de má gestão e não ligada a controladores aéreos ou a pistas mal-estruturadas.