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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Sobre o Museu Regional de Arte, que está fechado

Museu Regional de Arte: há dois anos, quando estava aberto
Foto: Reprodução

O Museu Regional de Arte está fechado desde que o artista plástico e professor Gil Mário Menezes foi afastado da direção pela administração petista, depois de 16 anos de profícua e significativa atuação. O espaço está artisticamente morto, sem nenhuma exposição realizada, sem nenhuma possibilidade de visitação ao rico acervo de obras. O Museu Regional de Arte está fechado há praticamente dois anos. 
O Museu tem 46 anos de fundado. Foi inaugurado em 26 de março de 1967, como Museu Regional, com um acervo de cerca de 100 trabalhos, o Museu Regional de Arte desenvolveu seu papel com a participação de abnegados dirigentes até 1985 quando passou para a tutela da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).
Segundo o artista plástico Gil Mário, "existe uma grande polêmica sobre a criação do MRA e seus benfeitores. Acredito que duas versões se completam: a descrição do professor Joselito Falcão de Amorim (prefeito da época de sua inauguração) e remanescentes de intelectuais feirenses que antecederam a inauguração".
Ele conta que segundo o professor Amorim, "os esforços de Odorico Tavares, diretor dos Diários Associados na Bahia, de Alaor Coutinho, secretário da Educação e Cultura do Estado da Bahia e o apoio inconteste de Assis Chateaubriand, diretor proprietário dos Diários Associados, doando ou incentivando a doação de 80% do acervo primário desse Museu, além do governador Lomanto Junior, propiciaram essa realidade".
Diz mais que "Chateaubriand que voltava da Inglaterra onde exerceu a função de embaixador brasileiro veio com idéia de fundar museus no Nordeste, sua região de nascimento: chegou a realizar este sonho na Paraíba, em Campina Grande, criando o Museu Assis Chateaubriand, em Pernambuco criou o Museu de Arte Contemporânea na cidade de Olinda. Só faltava o de Feira de Santana na Bahia".
"Coordenados por Joselito Amorim que já tinha promulgado a Lei 516 de 06/01/1967 criando o setor de documentação (Arquivo Público Municipal), então era o momento do registro visual, o MRA. Com isso, artistas e intelectuais como Jorge Amado, Wilson Lins, Godofredo Filho, o livreiro Dermeval Chaves, entre outros, envolveram-se nesse projeto", prossegue.
A outra versão, segundo Gil Mário, "tratava da idéia de um Museu que registrasse o 'Ciclo do Couro', período que Feira evoluía em função do comércio do gado e o artista era um mero artesão decorando e criando talhas, moringas, selas e arreios, redes, carros-de-bois, carroças, utensílios da casa de farinha entre muitos outros objetos da sobrevivência. Aí o defensor era Eurico Alves Boaventura um amante da cidade 'Portal do Sertão' com todo seu envolvimento de entroncamento rodoviário e comercial do país. Daí a inclusão do nome 'Regional' no MRA (impróprio porque a parte Regional foi transferida para o Museu Casa do Sertão no campus da Universidade Estadual de Feira de Santana), ficando o acervo no prédio da antiga Escola Normal (de 1916), apenas as coleções de Arte Moderna, mais notadamente os movimentos da Semana de 1922 até os pós-modernistas baianos, artistas que representam nosso Estado até 2008".
Dival Pitombo foi o primeiro diretor até seu falecimento em 1989. Os gerentes de museu que sucederam Dival foram: Franklin Machado, Antônio Barreto, José Raymundo Rocha e Gil Mário Menezes, que foi curador até agosto de 2011. Atualmente, o diretor é o historiador Aldo José Morais Silva.

O Museu Regional de Arte tem exemplares dos principais movimentos culturais brasileiros desde 1922 até 2010, além da importante coleção inglesa.

Um comentário:

Ivana Araújo Pitombo disse...

Gente, é um absurdo deixarem esse acervo sem manutenção e cuidados , assim como as instalações do Museu de Arte. Feira de Santana toma providências!