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Por Felipe Moura Brasil
O sujeito que, por amor às causas que defende, não demonstra a menor
vergonha quando vê uma cena de novela que faz comercial do aborto como de
cartão de crédito; colunistas que justificam o terrorismo como forma legítima
de protesto; hackers que invadem os sistemas virtuais de seus adversários
político-ideológicos; ministros do STF que substituem o Poder Legislativo para
aprovar a união homossexual e o aborto de anencéfalos; mídias que posam de
independentes recebendo dinheiro público e sendo admitidas como parte da nova
militância pelo presidente do próprio partido governante; editores de sites e
feicebuquianos em geral que xingam os autores cujas obras não conseguem
refutar; e todas as demais canalhices, mentiras e ilegalidades expostas
diariamente por intelectuais sérios que, ao contrário do que rezam as lendas
urbanas, sempre foram, são e serão os primeiros a condenar tais métodos ainda
que através destes se pretenda defender qualquer ideia ou estado de coisas que eles defendam - o sujeito assim,
repito, não precisa mesmo se pronunciar sobre coisa nenhuma, porque ou é um
canalha por natureza ou já foi moralmente corrompido pelo ambiente cultural
esquerdista [sic] que, estando ou não ele consciente disso, também já o fez um
canalha, do tipo para quem tudo a favor é bem-vindo, e que se danem os meios.
Por mais que você prove que não somente as medidas
concretas de seus pares, mas também as próprias opiniões do sujeito nasceram de
um amontoado de slogans e técnicas de manipulação de massa que ele prefere
desconhecer, a tendência é que ele continue se deixando levar pelos seus piores
instintos de adolescente intrigueiro e assim jamais resista a curtir, entre
risadinhas cínicas, qualquer xingamento ou peido na página de quem o educa.
"A vida é um combate cotidiano contra a
estupidez própria", dizia Nicolás Gómez Dávila. O amor à causa, completo
eu, é uma celebração cotidiana da estupidez alheia.
Fonte: http://felipemourabrasil.com.br/
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