Reabertura com programação bem apropriada
A solenidade de reabertura do Casarão Fróes da Motta, completamente reformado pela Fundação Senhor dos Passos, ocorre na sexta-feira, 3 de maio, a partir das 19 horas, com programação do Núcleo de Preservação da Memória Feirense Rollie E. Poppino, que consta do lançamento do livro "Agostinho Fróes da Motta: Uma Trajetória Brilhante", de Carlos Alberto Almeida Mello, da abertura da exposição fotográfica permanente "Feira de Santana: Uma Viagem ao Passado", de Ângelo Pinto; do início do projeto Música no Casarão, com tocata da Sociedade Filarmônica 25 de Março; e inauguração de iluminação especial.
No ano do centenário da forma atual desta relíquia histórica, tombada pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), uma programação bem apropriada. Assim, o espaço, transformado em uma das opções principais da cidade para eventos especiais e solenes, reabre para deleite do público.
Memória
A antiga residência do coronel e intendente Agostinho Fróes da Motta foi inaugurada em em 1906. Foi construída com base em planta de uma casa que ele viu em viagem à Alemanha. Seu filho Eduardo Fróes da Motta fez reformas na residência, acrescentando varanda com pinturas a óleo em suas paredes, reabrindo festivamente em 6 de setembro de 1924. Está localizado na esquina da praça Coronel Agostinho Fróes da Motta com a rua General Câmara.
A pintura da mansão de Eduardo Fróes da Motta foi do artista plástico Henrique Amaral, então, um dos mais conceituados.
O palacete consta de salão em estilo Luiz XV; sala de jantar em estilo renascença francesa, entrada em renascença no reruizado; capela no sentido gótico; varanda, teto em fantasia, e nas paredes, paisagens decorativas; sala de música em estilo pêle-mêle, no planfond, uma alegoria musical e nas paredes os retratos de alguns dos principais musicistas e compositores da fama universal como Carlos Gomes, Mozart, Gonoud, Beethoven, Chopin e outros, inclusive Francisco Manuel da Silva, ompositor do Hino Nacional Brasileiro.
Momento memorável
Como memorial feirense, foi entregue à sociedade há mais de 15 anos, no dia 21 de novembro de 2008. Um momento memorável para a cidade, pela notável contribuição à memória, à história e à preservação arquitetônica. Então, Carlos Brito, da Fundação Senhor dos Passos, falou que Feira de Santana "recebe de volta a jóia mais preciosa de sua coroa, o Casarão Fróes da Motta, totalmente restaurado e belo". Disse mais que o imóvel "é o único exemplar existente em nossa cidade, que identifica em sua plenitude, uma fase altamente promissora da economia local, fase esta, proveniente do ciclo do fumo, da atividade comercial e do forte comércio de gado". Certamente, o mesmo pode ser dito agora.
Em reconhecimento às pessoas e empresas que ajudaram a Fundação Senhor dos Passos na restauração anterior do imóvel, cada espaço ganhou denominação. Assim, Sala José Ronaldo de Carvalho, o espaço para exposições; Espaço Dom José Edson, a administração da Fundação; Sala Antônio Carlos Coelho, Sala Firmino Ferreira Sampaio Neto, Sala Dom Itamar Vian, e Sala Klabin, instalações do Núcleo de Preservação da Memória Feirense; Sala Padre Carlos Vianey, Sala Belgo Bekaert, Sala Carlos Redondo, Sala Sônia Bastos, e Sala Petrobras, espaços do Museu de Arte Sacra. Ainda o Espaço Jairo Alfredo Carneiro, onde ocorreu a solenidade, que incluiu exibição de vídeo-documentário sobre a instituição, e o Espaço de Eventos Pirelli, onde aconteceu coquetel e baile dançante com a Orquestra de Fred Dantas.
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