Comemoração
dos 160 anos de fundação da Santa Casa de Misericórdia, nesta
segunda-feira, 25, missa comemorativa na Capela do Hospital D. Pedro de Alcântara. Na
terça-feira, 26, sessão solene na Câmara Municipal, com palestra de José Ronaldo de Carvalho, ex-provedor da instituição.
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Lembrando a data publicamos artigo "A Santa Casa
de Misericórdia" ,de Antonio do Lajedinho em seu blog "A Feira
Antiga", datado de 2 de dezembro de 2010:
"Quando D. Pedro II resolveu visitar Feira de
Santana, em 1859, coincidentemente estava em plena atividade o movimento da
elite feirense com o objetivo de angariar fundos para a construção da Santa
Casa de Misericórdia. Aproveitando a presença do Imperador, uma comissão
dirigiu-se ao monarca e solicitou a sua colaboração para a fundação da Santa
Casa. Depois de ouvi-los, o imperador fez uma doação de dois contos de reis,
quantia considerável e que foi decisiva para a fundação, e que levou seus
fundadores a denominar a Santa Casa de Imperial Asilo dos Enfermos em 25 de
março de 1865, data da sua inauguração, tendo posteriormente voltado ao nome de
Santa Casa de Misericórdia.
É
oportuno lembrar que o prédio da Santa Casa foi construído antes de 1865 por um
fazendeiro, para sua residência, e depois vendido para a Fundação da casa
hospitalar que a adaptou para os fins devidos.
Durante
quase um século a Santa Casa foi a única casa hospitalar gratuita de Feira,
socorro para todos os casos, amparo para todos os doentes da região. Muitos
médicos foram atraídos pela casa de saúde, fazendo de Feira um posto avançado
de assistência médica na região. O primeiro médico feirense foi Wilson da Costa
Falcão, nascido em 1918 e diplomado em 1945, quando a cidade já contava com
mais de uma dezena de médicos.
A Santa Casa de Misericórdia, até a década de 50, alem de prestar assistência médico-hospitalar a todos os necessitados, também dava ao seu provedor grande prestígio político, o que fazia o cargo muitíssimo disputado.
O fim da construção do Hospital D. Pedro de Alcântara e a transferência da Santa Casa de Misericórdia para o hospital aconteceu no ano de 1956, no governo municipal de João Marinho Falcão.
Transferida a Santa Casa, o velho casarão abrigou por alguns anos o Batalhão da Polícia Militar e posteriormente ganhou o pomposo título de Palácio do Menor, onde se pretendia abrigar o menor desamparado.
Um século e meio depois da sua construção o prédio está vergado sob o peso da ignorância de uma elite que pensa muito em ganhar dinheiro e esquece da memória de Feira, e de políticos que investem todos os seus esforços no futuro de sua eleição, esquecidos que os seus próprios descendentes, certamente mais cultos, irão julgá-los e condenaá-los pelo descaso, desamor e covardia que os fizeram cúmplices da demolição de monumentos históricos que foram símbolos de uma época gloriosa da Princesa do Sertão.
Ontem foi o Cine Teatro Santana, a Chácara de Tertuliano Almeida, o Solar Santana, símbolos da mesma época, que foram destruídos em nome de um progresso que apenas esconde o verdadeiro nome da ganância. Amanhã será o prédio da velha Santa Casa de Misericórdia, a antiga Escola Maria Quitéria etc. etc. Em troca abre-se centenas de estacionamentos que dão bons lucros ao dono, quase nenhuma renda para Prefeitura e denegrecem a imagem da cidade.
Mas a história não perdoa e espero que ela seja rigorosa com essa elite atual que tanto explora a Princesa e destrói a sua memória.
Lembrei-me do deputado baiano Joel Presídio que, em 1951, fez um pedido a Deus para os seus opositores, e vou fazer o mesmo pedido para os gananciosos que desprezam a memória de Feira: “Deus, mandai uma chuva de cangalhas para essa gente!!!".
A Santa Casa de Misericórdia, até a década de 50, alem de prestar assistência médico-hospitalar a todos os necessitados, também dava ao seu provedor grande prestígio político, o que fazia o cargo muitíssimo disputado.
O fim da construção do Hospital D. Pedro de Alcântara e a transferência da Santa Casa de Misericórdia para o hospital aconteceu no ano de 1956, no governo municipal de João Marinho Falcão.
Transferida a Santa Casa, o velho casarão abrigou por alguns anos o Batalhão da Polícia Militar e posteriormente ganhou o pomposo título de Palácio do Menor, onde se pretendia abrigar o menor desamparado.
Um século e meio depois da sua construção o prédio está vergado sob o peso da ignorância de uma elite que pensa muito em ganhar dinheiro e esquece da memória de Feira, e de políticos que investem todos os seus esforços no futuro de sua eleição, esquecidos que os seus próprios descendentes, certamente mais cultos, irão julgá-los e condenaá-los pelo descaso, desamor e covardia que os fizeram cúmplices da demolição de monumentos históricos que foram símbolos de uma época gloriosa da Princesa do Sertão.
Ontem foi o Cine Teatro Santana, a Chácara de Tertuliano Almeida, o Solar Santana, símbolos da mesma época, que foram destruídos em nome de um progresso que apenas esconde o verdadeiro nome da ganância. Amanhã será o prédio da velha Santa Casa de Misericórdia, a antiga Escola Maria Quitéria etc. etc. Em troca abre-se centenas de estacionamentos que dão bons lucros ao dono, quase nenhuma renda para Prefeitura e denegrecem a imagem da cidade.
Mas a história não perdoa e espero que ela seja rigorosa com essa elite atual que tanto explora a Princesa e destrói a sua memória.
Lembrei-me do deputado baiano Joel Presídio que, em 1951, fez um pedido a Deus para os seus opositores, e vou fazer o mesmo pedido para os gananciosos que desprezam a memória de Feira: “Deus, mandai uma chuva de cangalhas para essa gente!!!".
2 comentários:
Qual o horário?
Eu fiquei maravilhado com esta redação, aprendi um pouco mais da história da santa casa de misericórdia.
Também gostei quando citado o hotel solar e o cine teatro Santana e entre outros.
Parabéns viu.
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