Por Dimas Oliveira
No Facebook, comentários de pessoas
desinformadas sobre o "feriado"
de Carnaval e o porque de Feira de Santana, não tendo festa no período, seguir
o costume nacional.
Um dos desinformados, o ex-vereador
petista Marialvo Barreto, comentou: "Na Micareta não temos sequer um dia
de feriado municipal oficial, fato este que atrapalha muito a festa (...) Já na
segunda e terça de Carnaval fecha-se tudo".
Como ex-vereador, ele devia saber que
Carnaval é um "feriado" dos chamados tradicionais, aqueles
consagrados à comemoração decorrente de costumes populares ou religiosos.
Assim, a terça-feira, 28 de fevereiro, e a Quarta-Feira de Cinzas, 1º de março,
este até o meio-dia, foram datas que não têm qualquer amparo legal, e a eventual
dispensa do trabalho restringiu-se à mera liberalidade patronal. Os órgãos
públicos dão a segunda-feira como ponto facultativo.
Daí que,
considerando "o caráter nacional das festividades do Carnaval", o prefeito de
plantão decreta o expediente.
Pois é, em Feira de Santana, não tem
Carnaval, mas o "feriado" existe. A cidade não pode funcionar
sozinha, pois tudo para no período, não é mesmo?
Agora, a questão da Micareta. A festa é
local e este ano será realizada em maio, de quinta-feira, 18, a domingo, 21. Como no Carnaval, a
eventual dispensa do trabalho entre quinta e sábado restringe-se à liberalidade
patronal.
Como tem ocorrido, se institui através
de decreto, ponto facultativo nas repartições públicas municipais. O horário do
expediente na quinta-feira tem sido ininterrupto, das 7 às 13 horas. Na sexta, fica estabelecido o ponto facultativo,
assim como na segunda-feira pela manhã. Ainda fica alterado o horário do
expediente de segunda-feira, ininterrupto das 14 às 18 horas.
Tudo é feito em acordo da Prefeitura
com os sindicatos dos trabalhadores e patronal.
Lembrar que a primeira
Micareta de Feira de Santana se deu em 1937. De lá para cá, esta de 2017 seria
a 81ª edição. Mas como a festa deixou de ser realizada em dois anos (nos anos 1940
pela Segunda Guerra Mundial, e nos 1960, pela Revolução), esta é a 79ª edição
da festa. A conta feita não é com a diminuição de 1937 para 2017, sim a
contagem ano a ano.
Artigo publicado na edição desta sexta-feira, 10, do jornal "NoiteDia"
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