Por Rachel Sheherazade
Enquanto o Brasil amarga
uma má notícia depois da outra, em plena crise econômica, política e moral como
nunca antes vista na história deste país, o PT comemora seus 35 anos de
fundação.
A festa foi na última sexta-feira, em Belo Horizonte,
e eu não sei o que celebrava a companheirada: se o apogeu ou o ocaso do partido.
A comemoração
teve de tudo um pouco:
Lula defendeu o
companheiro-tesoureiro denunciado na Lava Jato, e acusou a imprensa de
perseguição.
Rui Falcão denunciou
tentativa de criminalizar o partido, enquanto Dilma, em seu "Fantástico mundo
de Dilma", apregoava que o Brasil deve sentir orgulho da Petrobras.
Repito: não sei o que o PT
tem a comemorar. Acho, sinceramente, que o partido tem mais motivos para
lamentar.
Antes de chegar ao poder,
foi símbolo de ética e renovação, hoje é a personificação da corrupção e do
fisiologismo.
No ano passado, a cúpula do
partido foi condenada a prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Este
ano, o Partido dos Trabalhadores está no epicentro de um nova e mais furiosa
tormenta: o escândalo do Petrolão.
Mas, não foi só a
corrupção que fugiu ao controle do PT. Também a inflação, ressurgiu com força
para fazer grandes estragos.
Outro pesadelo a
atormentar os brasileiros é o apagão. E pensar que a presidente veio a público
garantir que o Brasil teria energia suficiente para o futuro e nenhum risco de
racionamento.
Desde a reeleição, má
notícia é o que não falta: cortes de benefícios trabalhistas, aumento das taxas
de juros, tarifaço, demissões em massa, desemprego...
É que, enquanto
os louros vêm para poucos, os prejuízos são amargados por muitos.
O PT semeou vento. Plantou, no terreno fértil da
mentira, o assistencialismo sem retorno, o populismo demagógico, o fisiologismo
barato, a corrupção, os números de faz de conta, o terrorismo eleitoral...
agora, o Brasil é quem colhe tempestade.
Mas, o tempo está virando.
Segundo pesquisa Datafolha,
Dilma bate recorde de rejeição. Agora, 44% dos brasileiros consideram seu
governo ruim ou péssimo. Setenta e sete por cento acreditam que a presidente
sabia do escândalo da Petrobrás. Para 47% dos entrevistados, Dilma é "desonesta" e outros 60% acreditam que a presidente mentiu na campanha.
Desde 1999, um presidente
não era tão mal avaliado pelos eleitores. Aliás, há tempos as coisas não iam
tão mal para o Brasil e os brasileiros.
Mas, se há tempo de
desgraça, há também o tempo do alento. E como diria o "companheiro" Chico
Buarque:
"Apesar de você amanhã há
de ser outro dia..."Fonte: http://rachelsheherazade.blogspot.com.br/
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