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terça-feira, 17 de junho de 2014

Só Paulo Souto voltando ao governo para concluir obra do Teatro e Centro de Convenções

Maquete do Teatro e Centro de Convenções
Foto: ACM

O tempo passa - já são sete anos e meio - e o governo petista mantém inalterado o quadro do Teatro e do Centro de Convenções, em Feira de Santana. As obras do complexo cultural continuam paralisadas. Várias alegações são dadas para a suspensão das obras - até uma incrível justificativa de "falhas no projeto" -, que estavam bem adiantadas.
Já tratamos da questão várias vezes neste Blog Demais. As lideranças políticas da base governista pouco estão se preocupando com o caso. Interessante que deputado estadual petista José Neto, que na época do anúncio das obras, pelo então governador Paulo Souto, considerava a capacidade do Teatro como pequena para as necessidades de Feira de Santana. Uma das alegações para a suspensão das obras é a capacidade do espaço, que os petistas consideraram grande para a cidade.
A atitude do governo Wagner se configura como um retrocesso, um contrasenso.
Lembrar que o projeto do complexo foi bancado pela Prefeitura, assim como o Município quem doou a área para a construção. A autorização para a construção do Teatro e Centro de Convenções foi assinada há quase nove anos - em 6 de julho de 2005 -, pelo então governador Paulo Souto. A estrutura do prédio está erguida no bairro São João e tem 20 mil metros quadrados de área construída.
O certo é que Feira precisa tanto do Teatro como do Centro de Convenções. Todos consideram um equipamento importante para a cultura e para a economia do município. Pelo projeto original - do arquiteto sergipano Eduardo Carlo Magno, que ganhou licitação - o espaço contaria com um Teatro para 720 espectadores, moderno, dotado de salas para ensaio, cenografia, oficina de produção, camarins, além de equipamentos de som e luz de última geração. O Centro de Convenções tem dois andares. No térreo, um pavilhão para eventos com 900 metros quadrados; no primeiro piso, salas de imprensa, administração e mais seis espaços para reuniões, palestras e congressos.
O empreendimento é de extrema importância para a cidade. Não só para desenvolver o turismo de negócios, mas também para alavancar as atividades artísticas. A execução do projeto ficou a cargo da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, através da Superintendência de Construções Administrativas (Sucab).
O investimento do Estado previsto na obra era de cerca de R$ 13 milhões, que até dezembro de 2006 seguiu projeto arquitetônico. Pela previsão do governo Paulo Souto, as obras deveriam ser concluídas em março de 2008. Em 20 de setembro de 2006, o então secretário de Desenvolvimento Urbano, Roberto Moussallem, e o então secretário da Cultura e Turismo, Paulo Gaudenzi, estiveram em Feira de Santana para uma visita de inspeção. Eles constaram na época que as partes mais difíceis e demoradas já haviam sido feitas - a fundação e a estrutura. A partir daí, a conclusão seria rápida e depois viria a montagem de palco, iluminação cênica, som entre outros equipamentos.
Será que o governo petista vai concluir a obra nestes seis meses ou vai ficar embromando com sua incrível lentidão e olhando para o retrovisor, culpando o governo anterior? Como a cultura pretendida pelo governo petista não é esta, provavelmente só no eventual próximo governo de Paulo Souto para se ter a obra concluída.

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