Por Ricardo Setti
Rezam o protocolo e a boa
educação que uma chefe de governo em visita ao país deve receber um mínimo de
atenção do governo anfitrião - o nosso.
Ainda mais quando se trata
da governante de um país tão importante para o Brasil como a Alemanha - um de
nossos maiores parceiros comerciais e nação da qual descendem milhões de
brasileiros.
Não foi, porém, o que
ocorreu com a chanceler (primeira-ministra) alemã Angela Merkel, que se
deslocou quase 10 mil quilômetros de Berlim para assistir à partida em que a
seleção da Alemanha massacrou a de Portugal por 4 a 0, hoje à tarde, em
Salvador.
Dilma, é verdade, recebeu
Merkel para jantar na véspera, domingo, mas - depois de se revelar tão corajosa
ao reagir aos xingamentos que sofreu na inauguração da Copa, dizendo que não se "atemoriza" por eles nem se deixará "abater" por "agressões verbais" - não
apareceu na Arena Itaipava Fonte Nova para acompanhar a colega durante a
partida.
Deixou a função para o governador
Jaques Wagner, que, embora homem de hábitos refinados e proprietário de mansão
cinematográfica, decidiu populisticamente relaxar no vestuário e, em vez dos
ternos exibidos pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, e da Uefa, Michel
Platini, junto aos quais se sentou com Merkel, exibia camisa da Seleção e
permaneceu boa parte do jogo escarrapachado na cadeira, exibindo ventre
proeminente.
Dilma, quietinha, em
Brasília, viu o jogo pela TV.
Fonte: "Coluna do Ricardo Setti"
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