Neste sábado, 15,
aniversário de morte - 36 anos - do cineasta Olney São Paulo. Assim, uma data a
ser lembrada e que estamos sempre lembrando. E quem lembra de Olney em Feira de
Santana?
Olney morreu de câncer aos 41 anos, em 1978. Nesse período, temos publicado matérias sobre o autor e sua obra em jornais, revistas, programas de rádio e em blogs sobre este personagem da cidade.
Olney morreu de câncer aos 41 anos, em 1978. Nesse período, temos publicado matérias sobre o autor e sua obra em jornais, revistas, programas de rádio e em blogs sobre este personagem da cidade.
Lembrar que durante
cerca de oito anos, convivemos com o cineasta - entre 1970 até sua morte, em
1978, através de contatos pessoais quando ele vinha do Rio de Janeiro para
Feira de Santana dando notícias sobre seus filmes, bem como por meio de cartas
que ele escrevia para este jornalista, também dando conta de suas realizações e
andanças, até internacionais.
Junto com Olney, a visão
de vários de seus filmes, inclusive “Manhã Cinzenta”, em sessões clandestinas,
com projetores 16mm conseguidos por mim em instituições, em paredes brancas da
casa de meus pais e de seus familiares. Em 1973, a ajuda para conseguir
exibição de “Como Nasce uma Cidade”, realizado para comemorar o centenário de
Feira, junto ao Cine Timbira. Primeiro em uma sessão matinal privada com ele, o
então prefeito José Falcão, secretários e convidados. Depois, incluindo o filme
em programação regular do cinema, durante cerca de uma semana. Ainda a
lembrança de que no início de 1976, assistimos juntos ao filme baiano “O
Pistoleiro”, de Oscar Santana, também no Cine Timbira, em sessão noturna.
No Clube de Cinema de
Feira de Santana, que reativei nos anos 70, a exibição de muitos de seus
filmes, a exemplo de: “O Profeta de Feira de Santana”, “Cachoeira, Documento da
História”, “Teatro Brasileiro I: Origens e Mudanças”, “Teatro Brasileiro II:
Novas Tendências”, “Sob o Ditame de Rude Almagesto: Sinais de Chuva”, “O Grito
da Terra”. Também o filme “Memórias de um Fantoche”, do seu filho Ilya São
Paulo (também falecido).
Depois de sua morte,
como diretor Executivo da Secretaria de Turismo, Recreação e Cultura,
participei ativamente da promoção de mostra em memória com exibição de seus
filmes “Um Crime na Rua” (fragmentos), "Ciganos do Nordeste" e “Pinto
Vem Aí”, no auditório da Biblioteca Municipal Arnold Silva. Seu último filme,
“Dia de Erê”, também foi exibido pelo Clube de Cinema.
Ainda sobre Olney São
Paulo, exemplares do seu livro de contos “A Antevéspera e o Canto do Sol” foram
deixados em consignação comigo para a venda direta a pessoas interessadas na
obra.
Para o jornal “Feira Hoje” e também “Folha do Norte”, principalmente, foram entrevistas, matérias e notas produzidas sobre o cineasta. Depois de sua morte, registros sobre Olney para que permanecesse na memória de Feira de Santana.
Para o jornal “Feira Hoje” e também “Folha do Norte”, principalmente, foram entrevistas, matérias e notas produzidas sobre o cineasta. Depois de sua morte, registros sobre Olney para que permanecesse na memória de Feira de Santana.
O cineasta feirense
também mereceu biografia em livro, “Olney São Paulo e a Peleja do Cinema
Sertanejo”, de Ângela José do Nascimento. Em paralelo ao livro, Ângela José
realizou o vídeo “O Cineasta do Sertão”, um documentário biográfico cheio de
respeito e ternura para com Olney, com depoimentos de colegas, familiares e
amigos. O vídeo - foi apresentado no final dos anos 80 nesta cidade, no Feira Palace
Hotel - tem texto de Olney Júnior, trilha sonora de Ilya, narração de Irving e
participação de Pilar – os quatro filhos dele – e presença de Maria Augusta,
sua mulher.
Homenagens
Em Feira de Santana, Olney deu nome a Cine Clube – que não está mais em atividade; seu filme “O Grito da Terra” virou nome de jornal – também extinto; teve mesa com seu nome no Balcão Di Vidros – um bar que já fechou. Também foi nome de premiação, em 1994, do Salão Universitário de Artes Plásticas, do Museu Regional de Arte. Na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) existe o Coletivo Olney São Paulo, entidade formada por professores e alunos para estudar cinema. Na Galeria Carmac, no centro da cidade, tem um espaço chamado praça Olney São Paulo, e nos Eucaliptos existe uma extensa rua com seu nome. Ele também foi estudado para uma seleção de mestrado em História da Pontifícia Universidade Católica (PUC), de São Paulo, por Johny Guimarães da Silva, com a proposta “O Sertanejo no Cinema de Olney São Paulo”. Olney também denomina a praça de alimentação do Boulevard Shopping.
Em Feira de Santana, Olney deu nome a Cine Clube – que não está mais em atividade; seu filme “O Grito da Terra” virou nome de jornal – também extinto; teve mesa com seu nome no Balcão Di Vidros – um bar que já fechou. Também foi nome de premiação, em 1994, do Salão Universitário de Artes Plásticas, do Museu Regional de Arte. Na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) existe o Coletivo Olney São Paulo, entidade formada por professores e alunos para estudar cinema. Na Galeria Carmac, no centro da cidade, tem um espaço chamado praça Olney São Paulo, e nos Eucaliptos existe uma extensa rua com seu nome. Ele também foi estudado para uma seleção de mestrado em História da Pontifícia Universidade Católica (PUC), de São Paulo, por Johny Guimarães da Silva, com a proposta “O Sertanejo no Cinema de Olney São Paulo”. Olney também denomina a praça de alimentação do Boulevard Shopping.
Mais: a edição de 1978
da Jornada Baiana de Cinema fez homenagem a Olney. “Muito Prazer”, filme de
David Neves, com Ilya São Paulo no elenco, teve lançamento em Feira de Santana,
no Íris, em homenagem póstuma a Olney.
“Pinto Vem Aí” foi
premiado no V Festival Brasileiro de Curta-Metragem do Jornal do Brasil. “Manhã
Cinzenta” foi apresentado em vários festivais internacionais, como Pesaro
(Itália), Cracóvia (Polônia), Mannheimm (Alemanha) – onde foi premiado com o
Filmdukaten, em 1970, e causou curiosidade nos alemães com sua presença, pois
ele foi para o festival de sandálias de tiras de couro cru, naturalmente
compradas na feira livre de sua terra -, Londres (Inglaterra), Havana (Cuba), e
Viña Del Mar (Chile). “Manhã Cinzenta” (rèalisé par Olney A Sau Paulo) também
participou de mostra paralela no Festival de Cannes (França), em 1970. Em 1976,
participação no V Festival Internacional de Cinema da Figueira da Foz
(Portugal).
Olney foi elogiado por
Orson Welles (realizador do maior filme de todos os tempos, “Cidadão Kane”),
para quem “Manhã Cinzenta” era um filme extraordinário. Glauber Rocha chamou
Olney de “mártir do cinema brasileiro”, disse mais que ele “é a metáfora de uma
alegoria. Alegorias estas que muitas vezes foram barradas mas que nunca
deixaram de ser registradas”. Sobre “Manhã Cinzenta”, o crítico e cineasta
Rubem Biáfora comentou no jornal “O Estado de São Paulo”: “Uma fita mais
abertamente polêmica, que a Censura cometeu o erro e a inutilidade de proibir”.
A empresa Dezenove Som e Imagem, em São Paulo, dedicada a “filmes de autor”,
tem em seu acervo uma cópia de “Manhã Cinzenta”.
Na "Omaggio a
Helena Ignez" no 8º Festival Internacional de Cinema "I Mille
Occhi", em Trieste, na Itália, entre 18 e 26 de setembro de 2009, foram
distribuídos exemplares do cartão postal do cartaz do filme "Grito da
Terra", que foi peça do Tributo a Olney São Paulo, realizado em Feira de
Santana.
A Universidade Estadual de Feira de Santana
(Uefs) promoveu o seminário “Chico Pinto - Democracia e Ditadura em Feira de
Santana e no Brasil”, sobre a vida e a trajetória política do feirense
Francisco Pinto, conhecido nacionalmente pela sua luta contra a ditadura.
Durante o evento, a exibição do filme “Pinto Vem Aí”, do cineasta feirense Olney
São Paulo, realizado em 1976, em 16 mm, com 25 minutos, sobre a vinda do
político para esta cidade para participar de campanha eleitoral de Colbert
Martins para prefeito, em 1976. “Pinto Vem Aí” foi premiado no V Festival
Brasileiro de Curta-Metragem do Jornal do Brasil.
Mais recentemente, em 18 de outubro de 2010, a Câmara Municipal de Feira de Santana aprovou projeto do vereador Ângelo Almeida (PT), que cria a Medalha Olney São Paulo, que será concedida anualmente a duas pessoas ou entidades que tenham contribuído à difusão da cultura e à arte, além da revelação de talentos artísticos no município. "Olney foi um importante cineasta, que atuou em Feira de Santana e ajudou a projetar a cidade", disse o vereador petista.
Mais recentemente, em 18 de outubro de 2010, a Câmara Municipal de Feira de Santana aprovou projeto do vereador Ângelo Almeida (PT), que cria a Medalha Olney São Paulo, que será concedida anualmente a duas pessoas ou entidades que tenham contribuído à difusão da cultura e à arte, além da revelação de talentos artísticos no município. "Olney foi um importante cineasta, que atuou em Feira de Santana e ajudou a projetar a cidade", disse o vereador petista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário