O senador baiano João Durval (PDT) fez na tarde de quinta-feira, 20, um
alerta às autoridades sobre os riscos que o Brasil enfrenta, diante da escassez
de água e do iminente colapso na área energética, que essa situação pode
proporcionar. Ao mesmo tempo, apresentou ao plenário o Projeto de Lei 112 - já
em tramitação -, que obriga condomínios e prédios públicos a providenciar
sistemas de captação das águas das chuvas para evitar o uso de água potável
para limpeza de calçadas, irrigação de áreas verdes urbanas e descargas
sanitárias, entre outras formas impróprias de utilização.
No discurso, o senador fez um raio-X da situação atual do País, com o
baixo nível dos reservatórios e as conseqüências da falta de água na questão
elétrica. Apresentou também os números que os cofres públicos estão cobrindo,
com o aumento no custo da energia, em função do uso de usinas a óleo diesel
utilizadas como alternativa para a redução da capacidade das hidrelétricas.
Dentre as soluções apresentadas, João Durval citou a necessidade de uma
campanha de esclarecimento e incentivo à economia de luz junto à população. O
senador baiano criticou o aparente receio do governo em admitir a crise, sob o
risco de "esvaziamento do seu discurso político de bonança eterna, caso um pedido
de cooperação do público seja associado a planos de racionamento de governos
anteriores".
Ao fim, apresentou ao plenário o Projeto de Lei, de sua
autoria, que obriga prédios públicos e condomínios a providenciar sistemas de
aproveitamento das águas das chuvas. Pelo projeto, João Durval sugere que a
água pluvial captada seja utilizada para economizar água potável, necessária à
saúde e muito cara, devido ao tratamento. Com a água captada das chuvas será
possível lavar calçadas, irrigar jardins e áreas verdes, além de sua utilização
em esgotamento sanitário. O projeto prevê redução na taxa de esgoto desses
prédios, especialmente porque a água captada poderá auxiliar também na
prevenção de enchentes, com a diminuição no volume que passará pelo sistema de
drenagem.
(Com
informações de Silvio Romero, da Assessoria do Senador João Durval)
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