Por Augusto Nunes
Assista ao vídeo: http://youtu.be/AZV_hiD8EiU
O que disse a presidente no
Dia da Criança, durante a visita ao Rio Grande do Sul, foi tão espantoso que
até antigos leitores da coluna ficaram desconfiados: seria alguma brincadeira
do jornalista Celso Arnaldo Araújo, o descobridor do dilmês? É tudo verdade,
prova o áudio do Implicante.
Ouçam o dedilhar da lira do delírio:
Parece mesmo mentira, mas é
isso aí, confirma a transcrição do texto publicado pelo Blog do Planalto: "Se
hoje é o Dia das Crianças, ontem eu disse que criança… o dia da criança é dia
da mãe, do pai e das professoras, mas também é o dia dos animais. Sempre que
você olha uma criança, há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás, o
que é algo muito importante".
Há sempre alguma lógica por
trás de qualquer loucura, certo? Errado, vem reiterando Dilma Rousseff desde
2007, quando virou Mãe do PAC e desandou a falar em público. Seus palavrórios
amalucados são apenas coisa de hospício.
Já é estranho enfiar pai,
mãe e professoras numa discurseira sobre o Dia da Criança. Se pensou em
homenagear figuras associadas à garotada, deveria ter incluído avôs, avós,
babás, colegas de escola, parteiros, pediatras, fabricantes de brinquedos, fora
o resto.
Perplexa com o início da
salada retórica, a lógica foi levada às cordas pela entrada em cena dos animais
e nocauteada pelo cachorro oculto. Por que um cachorro? Por que oculto? Por que
atrás da criança, e não à frente, à esquerda ou à direita? Isso só o neurônio
solitário sabe. E não vai revelar a ninguém porque, mesmo que quisesse, de novo
não diria coisa com coisa.
É complicado acompanhar o
funcionamento de um neurônio permanentemente em pane. É muito difícil imaginar
o que se passou na cabeça presidencial naqueles 31 segundos inverossímeis. Mais
difícil ainda é entender como é que um adversário consegue não ganhar um debate
na TV com Dilma Rousseff - e perder a eleição para quem vê, por trás de
toda criança, um cachorro. Um cachorro oculto.
Fonte: "História em Imagens"
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