Por Reinaldo Azevedo
Setores da imprensa
brasileira decidiram inaugurar uma nova era de caça às bruxas. Ou as pessoas
professam valores, crenças e ideologias consideradas corretas pelas esquerdas
que estão no poder (inclusive nas redações) ou são tratadas como criminosas.
Dedicarei parte da minha madrugada a pensar essa questão. Quando se disputarem
as eleições de 2014, o golpe militar de 1964 (ou o "Regime Militar de 1964"; ou
o "Movimento Militar de 1964"; ou a "Revolução de 1964") estará completando 50
anos. Um bando de vigaristas intelectuais e de oportunistas, interessados
apenas nas verbas publicitárias de estatais e do Governo Federal, quer usar o
passado para cuidar de seus interesses presentes. Incentivam e liberam a
patrulha promovida por idiotas a serviço dos espertalhões.
Imaginem se, em 1987, em
vez de cuidar da abertura política e da democratização, estivéssemos revirando
os cadáveres do Estado Novo, instituído em 1937. Imaginem se, em 1995, ano da
posse de FHC, o país estivesse ocupado em punir os remanescentes da ditadura
getulista, encerrada em 1945.
Há uma mistura, nefasta
para o nosso futuro, de militância, ignorância e autoritarismo de que não tenho
memória nos meus 36 anos de leitor regular do que produz a imprensa brasileira.
Voltarei ao tema com
absoluta certeza. Até para indagar onde estava, em 1964 ou em 1968, a imprensa
patrulheira de agora. Parece que há gente querendo lavar a reputação passada -
e as suas culpas - malhando alguns inocentes do presente.
Fica para mais tarde.
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"
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