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sábado, 24 de novembro de 2012

O tapete verde do paisagismo


A grama é um importante elemento estético de jardins, praças e parque.
Mas para que ela esteja sempre verde e bonita são imprescindíveis alguns cuidados

Projeto Erly Hooper: A grama agrega beleza ao jardim e é o acabamento final do projeto. Para mantê-la sempre verde deve-se aplicar a adubação periódica de substrato de adubo químico.
Foto: Daniel Mansur
Presente em parques, sítios e praças, a grama é um elemento decorativo de suma importância. Em jardins, então, sua função ultrapassa o limite da estética. Esse elemento é visto como acabamento final do projeto e é responsável pela impressão de amplitude e pela proteção do solo.
"Podemos fazer um paralelo da grama com o tapete usado na decoração. É a forração que mais suporta o pisoteio", salienta a paisagista Erly Hooper. A profissional lembra que o ideal é gramar o terreno somente após o término do projeto para evitar estragos e ensina: "Para manter a grama sempre verde é indicado adubação periódica de substrato de adubo químico a cada seis meses e constante irrigação".
Com relação à grama utilizada nos espaços públicos, Erly faz uma observação curiosa. No Brasil, principalmente em Belo Horizonte, na maioria dos parques é vedada a utilização das áreas gramadas, orientação contrária a dos parques americanos e europeus, onde os cidadãos utilizam essa área para recreação. Segundo a profissional, a grama utilizada aqui, a Esmeralda; para sol intenso, e São Carlos; para meia sombra, são as mesmas empregadas no exterior e possuem a mesma resistência. As regras de utilização, portanto, são diferentes por questões culturais.
A paisagista, porém, defende a recreação em áreas gramadas. "Estender um lenço numa grama e fazer um piquenique civilizado não vai estragar nada". Mas chama a atenção para um comportamento que, infelizmente, danifica as áreas públicas, não apenas gramas de parques e praças. "O fato de aqui no Brasil não se poder usar a grama está ligado à educação, ou melhor, à falta dela. Como as pessoas não têm cuidado com o espaço público, o caminho mais fácil para se manter um bem conservado é a proibição de uso. Na Europa, os jardins, parques públicos são vistos como extensão da casa. Aqui, ainda não temos essa mentalidade", lamenta.
(Com informações de Ana Paula Horta e Fernanda Pino, da Mão Dupla Comunicação)

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