Por Reinaldo Azevedo
Dilma
também exonerou o número dois da Advocacia-Geral da União. Os irmãos Rubens e
Paulo Vieira, diretores da Anac e da ANA, serão afastados
O jornalismo costuma se referir como "homem de fulano",
"homem de beltrano" a pessoas que só exercem determinados cargos por vontade de
um líder político. Assim se procede quando o nomeado é do sexo masculino. Para
evitar ruído, não se emprega, no entanto, a expressão "mulher de sicrano". Eu,
por coerência, passo agora a usar essa expressão - afinal, estamos na era da
"presidenta", não é isso? Assim, como negar que Rosemary fosse uma "mulher de
Lula" no gabinete da Presidência em São Paulo. Era, sim! Todo mundo sabe.
A "mulher de Lula" foi demitida. Leiam texto da VEJA.com.
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A presidente Dilma Rousseff determinou, neste sábado, a demissão da chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, indiciada na sexta-feira. Escutas telefônicas realizadas durante a investigação indicam que a servidora usava o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fazer tráfico de influência. Dilma ainda determinou a exoneração ou afastamento de todos os indiciados pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro. Dessa forma, o número dois da Advocacia-Geral da União (AGU), José Weber Holanda Alves, também deixará o cargo. Na manhã deste sábado, a presidente se reuniu no Palácio da Alvorada, em Brasília, com o advogado-geral Luís Inácio Adams para avaliar os desdobramentos das investigações da PF. Como os diretores das agências reguladoras tiveram seus nomes aprovados em sabatinas no Senado, eles precisam responder aos processos antes de serem formalmente exonerados.
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A presidente Dilma Rousseff determinou, neste sábado, a demissão da chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, indiciada na sexta-feira. Escutas telefônicas realizadas durante a investigação indicam que a servidora usava o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fazer tráfico de influência. Dilma ainda determinou a exoneração ou afastamento de todos os indiciados pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro. Dessa forma, o número dois da Advocacia-Geral da União (AGU), José Weber Holanda Alves, também deixará o cargo. Na manhã deste sábado, a presidente se reuniu no Palácio da Alvorada, em Brasília, com o advogado-geral Luís Inácio Adams para avaliar os desdobramentos das investigações da PF. Como os diretores das agências reguladoras tiveram seus nomes aprovados em sabatinas no Senado, eles precisam responder aos processos antes de serem formalmente exonerados.
As apurações policiais levaram à desarticulação de uma
quadrilha que, infiltrada em órgãos da administração pública federal, negociava
a redação de pareceres técnicos fraudulentos para beneficiar interesses
privados e praticava tráfico de influência. Os investigados na operação
responderão pelos crimes de formação de quadrilha, tráfico de influência,
violação de sigilo funcional, falsidade ideológica, falsificação de documento
particular, corrupção ativa e passiva. Desde o estouro da operação, a AGU
montou uma espécie de força tarefa para analisar os documentos das
investigações policiais e verificar a abrangência dos danos causados à
autarquia pela atuação de José Weber de Holanda Alves.
Reservadamente, informaram fontes do Planalto, a saída de
Rosemary será oficializada como "a pedido", uma forma de preservar a relação
próxima da chefe de gabinete com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por
determinação da Presidência, a Agência Nacional de Águas (ANA), Agência de
Transportes Aquaviários (Antaq) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)
vão investigar em detalhes, por meio de sindicância, a participação de
servidores das autarquias no esquema criminoso. Todos os suspeitos investigados
pela Polícia Federal também vão responder a processos disciplinares.
Mais cedo neste sábado, o ministro da Secretaria de
Aviação Civil, Wagner Bittencourt, já havia anunciado o afastamento de Rubens
Carlos Vieira do cargo de Diretor de Infraestrutura Aeroportuária da ANAC.
Vieira foi um dos investigados na operação Porto Seguro.
As traficâncias de Rose
Segundo a investigação, o papel de Rosemary era fazer a ponte entre empresas que queriam comprar pareceres fraudulentos de órgãos do governo e as pessoas do governo que poderiam viabilizar a emissão dos documentos. Rosemary foi nomeada por Lula para esse cargo em 2005 e, desde então, esteve muito próxima ao petista. O fato de assessorar o ex-presidente fez com que ela própria se tornasse uma pessoa politicamente articulada. Assim, foi capaz de influir na nomeação de homens do alto escalão de agências do governo, como os irmãos Paulo Rodrigues Vieira, diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), e Rubens Carlos Vieira, diretor de Infraestrutura Aeroportuária da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), ambos presos hoje pela PF.
Segundo a investigação, o papel de Rosemary era fazer a ponte entre empresas que queriam comprar pareceres fraudulentos de órgãos do governo e as pessoas do governo que poderiam viabilizar a emissão dos documentos. Rosemary foi nomeada por Lula para esse cargo em 2005 e, desde então, esteve muito próxima ao petista. O fato de assessorar o ex-presidente fez com que ela própria se tornasse uma pessoa politicamente articulada. Assim, foi capaz de influir na nomeação de homens do alto escalão de agências do governo, como os irmãos Paulo Rodrigues Vieira, diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), e Rubens Carlos Vieira, diretor de Infraestrutura Aeroportuária da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), ambos presos hoje pela PF.
Rose,
como é conhecida, era presença constante nas comitivas presidenciais ao lado de
Lula. Também foi assessora do ex-ministro José Dirceu por 12 anos antes de
trabalhar diretamente com Lula. Em 2006, o nome de Rosemary constava de uma
lista de 65 servidores que efetuaram saques a título de pagamento de despesas
da Presidência da República por meio de cartões corporativos. Na época, havia
registros de saques no valor de 2 100 reais no cartão dela. Deputados de
oposição tentaram aprovar sua convocação para prestar esclarecimentos à CPI que
investigou a farra dos cartões corporativos, mas aliados do Planalto
conseguiram barrar o pedido.
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"
2 comentários:
Olha só o pedigree dessa criatura! 12 anos trabalhando com JDirceu e acompanhante de seu patrãozinho, o do gogó, durante tantos anos...perigosa.
ISSO É UMA ESCULHAMBAÇÃO!
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