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sábado, 24 de novembro de 2012

Amiga do ex-presidente Lula indiciada pela Polícia Federal por corrupção ativa e passiva

Rosemary Novoa de Noronha, chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, é agora responsável por um dos maiores constrangimentos já impostos ao Poder Executivo na história recente do Brasil: na sexta-feira, 23, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão no escritório presidencial na capital paulista, no âmbito da operação Porto Seguro, que investiga servidores que emitia pareceres fraudulentos, a fim de beneficiar interesses privados.

Rosemary, a "Rose", exerce forte influência nas decisões do Executivo desde o governo do ex-presidente Lula, com quem ela mantém relações pessoais especialmente íntimas. Foi "Rose" quem indicou os dois diretores da Agência Nacional de Águas (ana) e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) presos pela PF. Ela exerce a função desde o governo Lula e foi mantida no cargo a pedido dele, apesar das conhecidas restrições da ex-primeira dama Marisa Letícia.
Cara amarrada
Momentos antes de seguirem para a posse do ministro Joaquim Barbosa na presidência do Supremo Tribunal Federal, na quinta-feira, 22, o ministro José Eduardo Cardoso, da Justiça, avisou a presidenta Dilma Rousseff que no dia seguinte, sexta, a Polícia Federal deflagraria a operação Porto Seguro, cumprindo mandados de busca e apreensão e prendendo diretores das agências reguladoras Ana e Anac. Isso foi o que determinou sua chegada com atraso à solenidade de posse e principalmente a "cara amarrada", interpretada como suposto desagrado da presidenta em relação às recentes decisão da Corte no processo do mensalão. O que mais irritou a presidente foi a informação de que a chefe de gabinete do escritório da presidência da República em São Paulo e amiga íntima de Lula, Rosemary Nóvoa de Noronha, era uma das principais investigadas por tráfico de influência, segundo indicam escutas telefônicas. "Rose" foi indiciada por corrupção ativa e passiva. Ela foi flagrada negociando suborno em dinheiro e favores, como uma viagem de cruzeiro (que ela depois reclamou não ser luxuoso o suficiente) e uma cirurgia plástica. Numa conversa gravada, a amiga de Lula pediu R$ 650 mil por serviços prestados.
Fonte: Cláudio Humberto

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