Em contato com o "Bahia Notícias", o presidente do
PMDB na Bahia, deputado federal Lúcio Vieira Lima, cobrou um esclarecimento do
governador Jaques Wagner (PT) sobre o contato que, de acordo com relatório da Polícia Federal, a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo,
Rosemary Nóvoa de Noronha, teria feito com o petista, com o objetivo de agendar
um encontro do chefe do Executivo estadual com pessoas ligadas ao empresário
Paulo Rodrigues Vieira, então diretor-geral da Agência Nacional de Águas (ANA),
preso na Operação Porto Seguro.
"O governador tem a obrigação de vir a público para
esclarecer o que essas pessoas queriam e se foram atendidas", disse Lúcio ao
BN. Na sua avaliação, como "já está confirmado que esta senhora (Rosemary)
articulava reuniões com pessoas que lesavam o erário público", o pressuposto é
de que a intenção das pessoas ligadas a Paulo Rodrigues Vieira era tratar de
"assuntos não republicanos" e, "por isso mesmo, cabe ao governador esclarecer
se houve o encontro, qual era o assunto e o que foi feito", afirma o
peemedebista.
Lúcio Vieira Lima disse ainda que Wagner "não tem
culpa de receber um telefonema", nem se pode exigir que o governador lembre
"que recebeu ligação dela, afinal, a memória de ninguém é infalível".
Mas, ressalta o parlamentar, se o governador não
prestar esclarecimentos sobre o que aconteceu, "aí, sim, ele vai estar na pior
suspeição". Segundo o G1, a Polícia Federal diz que os irmãos Paulo e Rubens
Rodrigues Vieira também pediram a Rosemary para ser apresentados ao ex-governador
da Bahia César Borges (PR), "porque ele seria 'o futuro vice do Partido da
República (PR), no Banco do Brasil'. Em maio deste ano, Borges foi nomeado
vice-presidente de governo do Banco do Brasil".
Questionado se a cobrança por esclarecimento público
feita ao governador Jaques Wagner se estenderia a César Borges, Lúcio Vieira
Lima foi genérico. "Se estende a todos que atenderam ou não a um pedido dela
(Rosemary Noronha)", concluiu.
Fonte: "Bahia Notícias"
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