Por Jorge Magalhães
Está literalmente aberta a
temporada de ludíbrios e baixarias que, como já vem sendo demonstrada em larga
escala, será a marca registrada da campanha à reeleição do prefeito Tarcízio
Pimenta (PDT).
O rito traçado por este mitômano empedernido
teve início pela cínica declaração de que, ao cabo do seu mandato de quatro
anos, só terá governado efetivamente dois deles, numa tentativa canhestra de
transferir para o antecessor que o elegeu a responsabilidade pelo desempenho
pífio da sua estabanada administração.
Aliás,
que se restitua a verdade: embora aguardada sem reservas nos escaninhos
políticos de Feira de Santana, a orquestrada traição de Tarcízio Pimenta a Zé
Ronaldo e ao legado político-administrativo que recebera de mãos beijadas, teve
início aos primeiros raios de sol do governo que aí está.
São
numerosos os relatos de fontes próximas ao gabinete do alcaide a darem conta da
maneira desassombrada como ele, abespinhado e tomado por uma profunda e
irremissível ingratidão, busca macular a imagem e o trabalho daquele que não
medira esforços para ajudá-lo a eleger-se prefeito da maior cidade do interior
baiano, ainda no primeiro turno do certame eleitoral.
Para
quem chegou à Prefeitura de Feira de Santana com o discurso de que faria "o
terceiro mandato", numa referência clara que daria continuidade aos dois
governos Zé Ronaldo, que atingiram índices de popularidade superiores a 80 por
cento, Tarcízio Pimenta não só traiu ao apoio político que recebera como, e
principalmente, à população que não tardou a descobrir que fora induzida a
votar na falácia do "terceiro mandato" nascida da mente maquiavélica do próprio
Tarcízio Pimenta.
Das
obras estruturantes como o conjunto de viadutos construído na administração
passada e que veio a melhorar o escoamento viário de várias artérias do
trânsito local, a população passou a conviver com a mixórdia de inaugurações
bizarras.
Aí
estão os exemplos de inaugurações como mata-burros em distritos, semáforos em
cruzamentos, e a criação de uma cidade digital que, copiada de um sem número de
municípios Brasil afora, não teve o seu resultado prático sentido nem no
sistema de saúde, muito menos na malha municipal de educação.
Contrariando
a lógica e o bom senso, Tarcízio Pimenta, antes de romper com Zé Ronaldo,
também rompeu unilateralmente com a empresa que por cerca de oito anos era
responsável pela coleta de lixo na cidade, cujos serviços mereceram prêmios de
excelência por dois anos consecutivos, deixando a cidade entregue a uma outra
empresa de idoneidade questionável no mercado.
O
resultado, de todos conhecido, foi o caos que se estabeleceu na coleta de lixo
da cidade, culminando com a demissão do secretário Luiz Araújo, um estudioso do
tema e responsável pela logística que vinha mantendo a regularidade na coleta.
A
"trairagem" de Tarcízio não se cingiu apenas à desaceleração da administração
do município, que indubitavelmente teve a sua imagem apequenada perante a
Bahia, nesta desastrosa gestão prestes a findar.
Aquém
da estatura da importância política e das grandes demandas públicas de Feira de
Santana, Tarcízio Pimenta jogou na lixeira as promessas de campanha e entra
para o anedotário político pela sua total ausência de compromisso, moralmente
esfacelado junto às instituições de classe da cidade, prestadores de serviços e
fornecedores e com acentuada imagem de um déspota impiedoso, perseguidor e
vingativo.
A
"trairagem" a Zé Ronaldo, afirmam observadores da cena política baiana, pode
custar a Tarcízio Pimenta o início do fim da sua meteórica carreira política.
Para
estes atilados olheiros, só resta a Tarcízio lutar para que Zé Neto (PT) não
seja mais votado que ele nas eleições municipais que se avizinham, pois "se
isto ocorrer o candidato petista estará jogando uma par de cal no incerto
futuro político de Pimenta", apostam.
Fonte: "Etc & Tal"
3 comentários:
Bela matéria. Cheia e recheada de verdades absolutas. Se o povo de Feira tiver memória, Tarcízio Pimenta nunca mais terá um mandato político. Vai morrer no ostracismo.
Como diz o jingle: Volta Zé Ronaldo!
Volta José Ronaldo, nossa Feira de Santana precisa de você!
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