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sexta-feira, 25 de março de 2011

143 anos da Sociedade Filarmônica 25 de Março

Das três filarmônicas feirenses que fizeram história, a Sociedade Filarmônica 25 de Março é a mais destacada. Criada com o objetivo cultural de desenvolver a arte da música ao nível do Teatro e Escola de Piano, já existentes, ela surgiu muito próxima da primeira a ser criada no Estado, a Sociedade Filarmônica Erato Nazarena, fundada em 1863, cinco anos antes da primeira em Feira de Santana:
A Sociedade Filarmônica 25 de Março foi fundada em 25 de março do ano de 1868 pelos senhores João Manoel Laranjeira Dantas, Eduardo Franco, Afonso Nolasco, Antônio Joaquim da Costa, Alípio Cândido da Costa, José Pinto dos Santos, Joaquim Sampaio, Francisco Costa, Galdino Dantas, Juvêncio Erudilho, José Nicolau dos Passos, Alexandre Ribeiro, Joviniano Cerqueira, Pedro Nolasco Néu e Tibério Constâncio Pereira. Cinco anos depois houve um desentendimento entre os membros da diretoria e criou-se uma dissidência.
Como o padre Ovídio Alves de São Boaventura se encontrava fundando a Sociedade Filarmônica Vitória, os dissidentes da 25 de Março juntaram-se ao padre e, em 1873, foi criada mais uma Filarmônica, a Vitória, sob a regência de Manoel Tranquilino Bastos.
A Sociedade Filarmônica 25 de Março, 59 anos depois de fundada, por questões internas, dissolveu o corpo musical e fechou suas portas. E assim ficou até 1931 (quatro anos) quando o coronel Américo de Almeida Pedra voltou a residir em Feira de Santana. Foi então que o velho herói das lutas horacianos na Chapada Diamantina e combatente contra a Coluna Prestes, convocou os velhos companheiros como Antonio Cipriano Pinto, Alfredo de Castro, Euclides de Souza Pinto, Alfredo Pereira, Argemiro Souza e o Maestro João do Espírito Santo, com os quais constituiu uma diretoria, tendo ainda a colaboração dos homens de destaque de então: Arnold Ferreira da Silva, João Marinho Falcão, Raul Ferreira da Silva, Heráclito Dias de Carvalho. Carlos Rubinos Bahia, Adalberto Pereira, Dálvaro Ferreira da Silva e tantos outros que faziam parte da elite feirense. Juntos soergueram a primogênita Filarmônica de Feira.
Vale destacar que essa filarmônica teve grande maestro compositor como o professor Estevão Moura, que alem de ensinar a música e a arte dos instrumentos musicais, ainda compunha músicas das mais diversas categorias.
Em março de 1977, a Sociedade Filarmônica 25 de Março representou a Bahia no Festival Nacional de Bandas Civis, promoção da Funarte, Mobral e Rede Globo de Televisão.
Então, era regida pelo maestro Valdemiro Daltro, o Maestro Miro, 36 músicos integrantes da Filarmônica, e tinha como presidente o empresário João Domingos Gonçalves. A apresentação no Festival aconteceu na manhã de domingo, 27 de março, depois de ter completado 109 anos. No dia 10 de abril, durante o programa "Concertos Para a Juventude", a Globo transmitiu a apresentação.
Sabe-se que a 25 de Março está sendo resgatada, inclusive com restauração do prédio que a abriga, na rua Conselheiro Franco.
(Com informações de Antônio do Lajedinho, do "A Feira Antiga")

3 comentários:

Anônimo disse...

É interessante notar como no final dos anos 1800 ocorria em Feira de Santana movimentos tão importantes em termos de valorização cultural.Duas filarmônicas foram criadas:a 25 de Março em 1868 e a Vitória em 1873.Personalidades destacadas da sociedade feirense na época estavam à frente dos movimentos.Estamos diante de exemplos valiosos.Não é possível que em pleno século XXI deixemos de considerar a importância de iniciativas ou contribuições que visem não só preservar a história de nossa terra,mas,acima de tudo, fortalecer a cultura em Feira de Santana,dentro de contexto que possa permitir também a adoção de práticas vinculadas à responsabilidade social.Artur Renato Brito de Almeida,de São Paulo.

Dilson Simões disse...

Por que em Feira de Santana somente o Blog Demais se preocupa com a memória da cidade? Ainda bem!

Sérgio Harry disse...

boa tarde Dimas, vc tem ou sabe como conseguir arquivos de áudio da 25 de Março? pode ser em disco de vinil ou MP3.

abraço.