Artigo divulgado pelo jornal "A Tarde", edição de terça-feira, 16, pelo o Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (Sindpoc), que ataca veementemente o governador Jaques Wagner, acusando-o de querer mascarar com publicidade o caos vivido pela segurança pública na Bahia.
Leia a íntegra da nota pública:
A sociedade baiana encontra-se perplexa com o maior aumento de violência experimentado na história da Bahia. Matam-se crianças, jovens, adultos, idosos, policiais civis e militares, autoridades judiciárias, enfim, virou-se rotina os assassinatos, na antes pacata terra cantada por Caymi e Jorge Amado.
Anestesiado, o Governo da Bahia comandado pelo ex-sindicalista Jaques Wagner só apresenta uma solução: publicidade e mídia pesada para sufocar os gritos das vítimas.
A midiática política de segurança pública representa-se com perfeição, na exposição pública de viaturas que já não terão gasolina para funcionar. Não se contratam policiais concursados, não se compra equipamentos de segurança, não se constrói presídio, não se aceita crítica, nega-se a existência do toque de recolher, enfim, tenta-nos fazer acreditar piamente que a felicidade dos atores contratados para fazer foto em outdoor e comerciais na TV é a verdade das ruas. Nada mais falso.
A população está acuada, presa dentro de suas casas, a felicidade foi roubada pela política equivocada, midiática, autista e ineficaz escolhida pelo governador, mais propaganda e menos condições de trabalho.
Aliás, a população se sente ainda mais desamparada ao observar o silêncio de tantas instituições indispensáveis para a democracia. A sociedade clama pela voz do Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil, organizações da sociedade civil, ongs, a imprensa séria, e tantas outras entidades que exercem, legitimamente, poder de pressão sobre governos inoperantes.
Diferenciando-se dos sindicatos “pelegos”, o Sindpoc não possui compromisso político nem com a atual gestão nem com nenhuma outra, pretérita ou futura. Não nos calamos em razão de cargos ou favores e sofremos em razão disso. Nossa independência rendeu imediatamente, após última paralisação, a reativação e/ou abertura de aproximadamente 250 processos administrativos disciplinares (PAD), além de pedido de prisão requeridos contra essa presidência junto ao Judiciário. É essa a verdadeira cara da atual gestão: “tapinha nas costas em frente à imprensa e facada na calada da noite”. Um governador ex-sindicalista que pede a prisão de um sindicalista.
Nosso exclusivo compromisso com a classe policial assusta os antes sindicalistas hoje encastelados por todo o Centro Administrativo da Bahia (CAB). O governador inova negativamente na administração e na política, trai a classe que mais se expôs em sua campanha, circula agora os salões nobres, enquanto morrem nossos jovens.
Diante da ineficiência de sua gestão, coube à agência de propaganda do governo escolher um culpado: O “crack”, isso mesmo uma droga. E nós que pensávamos que quem gerenciava o governo tinha outro nome! Mais uma jogada de marketing, um governo tão falso quanto a sua propaganda.
Recentemente, o Sindpoc deflagrou movimento para limitar ato manifestamente ilegal praticado na Bahia, há anos, e potencializado diante da omissão da atual gestão. Nesse sentido, o Sindpoc orientou, com base na lei, seus filiados a restringir a atividade de custódia das delegacias, ato esse amparado na Constituição Federal e Lei de Execuções Penais, repita-se.
Como resposta, o Sindpoc recebeu, em tempo recorde, uma sentença judicial, declarando o movimento ilegal, e, pasmem: “a legitimidade da custódia de presos em delegacias”. A referida decisão, apesar de merecer respeito, chocou o mundo jurídico baiano, pois, em lugar nenhum do país, em tempo algum, jamais tal tema foi abordado da maneira como feito na Bahia, literalmente rasgando a Constituição Federal.
São situações como estas que assustam, tanto pelo ato em si, quanto pela velocidade e principalmente pelo conteúdo. Estabeleceu-se na Bahia uma ditadura. Permanece a sensação generalizada de que é dever de todos dar amém ao Poder Executivo.
Na Bahia atual com na de antes, tudo está permitido, desde que não desagrade o novo chefe, novamente chamado nos bastidores de “cabeça branca”, seja pela cor dos cabelos, seja pelas figuras que lhe ladeiam, e aquelas que ele implora para que o acompanhem, seja, principalmente pelas atitudes.
O Sindpoc não se cala, está adotando as providencias contra tamanho absurdo, irá utilizar de todos os mecanismos possíveis para denunciar as situações vividas na Bahia, ainda que a farta publicidade oficial teime em nos engolir. Iremos a todos os graus de responsabilidades, não nos calarão.
Não aceitamos que hoje, a Bahia e tenha o título de estado mais violento do país, batendo Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco. Excelentíssimo governador: a Bahia continua sendo o Estado com piores salários do Brasil; o Sr. trouxe Reda até mesmo para a Polícia baiana; o Sr. compra viatura mas não coloca combustível para rodar; o Sr. deixa o policial ir para a rua sem munição; o Sr. não constrói presídio, impondo ao policial ser babá de preso; o Sr. tenta calar o movimento sindical que não se submete ao seu (des)governo. O Sr. traiu o movimento policial baiano. Pagará nas urnas!
O Sindpoc conclama todos os organismos isentos, OAB, MP, Associação dos Delegados, ongs, Pastoral Carcerária, igrejas evangélicas e imprensa a se manifestarem para dar um basta na situação vivida na Bahia. Que fique claro aos ex-sindicalistas hoje ditadores: os homens e mulheres da Polícia Civil da Bahia não se intimidarão com ameaças de processo disciplinar e demissão ou de corte de gratificação. Abriram 250, abrirão 1.000, vamos para o enfrentamento.
Lamentamos que a perseguição e a imposição do silêncio ainda teimem em permanecer em nosso Estado. O Sindpoc continuará lutando em defesa de toda a Polícia, tentando construir uma Polícia Civil única, indivisível, meritocrática, visando maior eficácia da instituição e maior eficiência nas atuações em prol da sociedade, teimando em enfrentar os ex-sindicalistas, hoje vizinhos em Alphaville e nas Marinas da cidade.
Parabéns governador! Comemore alguma coisa, enquanto isso, saiba que a Polícia Civil da Bahia continua mobilizada, não teme hoje poderosos, e poderá entrar em greve a qualquer momento.
Entendemos que a sociedade baiana só terá segurança e qualidade de vida à medida que o Governo abandone a administração virtual, divulgada nos comerciais e comece efetivamente agir, sem perseguição, com salário digno e condição de trabalho. Menos propaganda e mais trabalho!
A sociedade baiana encontra-se perplexa com o maior aumento de violência experimentado na história da Bahia. Matam-se crianças, jovens, adultos, idosos, policiais civis e militares, autoridades judiciárias, enfim, virou-se rotina os assassinatos, na antes pacata terra cantada por Caymi e Jorge Amado.
Anestesiado, o Governo da Bahia comandado pelo ex-sindicalista Jaques Wagner só apresenta uma solução: publicidade e mídia pesada para sufocar os gritos das vítimas.
A midiática política de segurança pública representa-se com perfeição, na exposição pública de viaturas que já não terão gasolina para funcionar. Não se contratam policiais concursados, não se compra equipamentos de segurança, não se constrói presídio, não se aceita crítica, nega-se a existência do toque de recolher, enfim, tenta-nos fazer acreditar piamente que a felicidade dos atores contratados para fazer foto em outdoor e comerciais na TV é a verdade das ruas. Nada mais falso.
A população está acuada, presa dentro de suas casas, a felicidade foi roubada pela política equivocada, midiática, autista e ineficaz escolhida pelo governador, mais propaganda e menos condições de trabalho.
Aliás, a população se sente ainda mais desamparada ao observar o silêncio de tantas instituições indispensáveis para a democracia. A sociedade clama pela voz do Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil, organizações da sociedade civil, ongs, a imprensa séria, e tantas outras entidades que exercem, legitimamente, poder de pressão sobre governos inoperantes.
Diferenciando-se dos sindicatos “pelegos”, o Sindpoc não possui compromisso político nem com a atual gestão nem com nenhuma outra, pretérita ou futura. Não nos calamos em razão de cargos ou favores e sofremos em razão disso. Nossa independência rendeu imediatamente, após última paralisação, a reativação e/ou abertura de aproximadamente 250 processos administrativos disciplinares (PAD), além de pedido de prisão requeridos contra essa presidência junto ao Judiciário. É essa a verdadeira cara da atual gestão: “tapinha nas costas em frente à imprensa e facada na calada da noite”. Um governador ex-sindicalista que pede a prisão de um sindicalista.
Nosso exclusivo compromisso com a classe policial assusta os antes sindicalistas hoje encastelados por todo o Centro Administrativo da Bahia (CAB). O governador inova negativamente na administração e na política, trai a classe que mais se expôs em sua campanha, circula agora os salões nobres, enquanto morrem nossos jovens.
Diante da ineficiência de sua gestão, coube à agência de propaganda do governo escolher um culpado: O “crack”, isso mesmo uma droga. E nós que pensávamos que quem gerenciava o governo tinha outro nome! Mais uma jogada de marketing, um governo tão falso quanto a sua propaganda.
Recentemente, o Sindpoc deflagrou movimento para limitar ato manifestamente ilegal praticado na Bahia, há anos, e potencializado diante da omissão da atual gestão. Nesse sentido, o Sindpoc orientou, com base na lei, seus filiados a restringir a atividade de custódia das delegacias, ato esse amparado na Constituição Federal e Lei de Execuções Penais, repita-se.
Como resposta, o Sindpoc recebeu, em tempo recorde, uma sentença judicial, declarando o movimento ilegal, e, pasmem: “a legitimidade da custódia de presos em delegacias”. A referida decisão, apesar de merecer respeito, chocou o mundo jurídico baiano, pois, em lugar nenhum do país, em tempo algum, jamais tal tema foi abordado da maneira como feito na Bahia, literalmente rasgando a Constituição Federal.
São situações como estas que assustam, tanto pelo ato em si, quanto pela velocidade e principalmente pelo conteúdo. Estabeleceu-se na Bahia uma ditadura. Permanece a sensação generalizada de que é dever de todos dar amém ao Poder Executivo.
Na Bahia atual com na de antes, tudo está permitido, desde que não desagrade o novo chefe, novamente chamado nos bastidores de “cabeça branca”, seja pela cor dos cabelos, seja pelas figuras que lhe ladeiam, e aquelas que ele implora para que o acompanhem, seja, principalmente pelas atitudes.
O Sindpoc não se cala, está adotando as providencias contra tamanho absurdo, irá utilizar de todos os mecanismos possíveis para denunciar as situações vividas na Bahia, ainda que a farta publicidade oficial teime em nos engolir. Iremos a todos os graus de responsabilidades, não nos calarão.
Não aceitamos que hoje, a Bahia e tenha o título de estado mais violento do país, batendo Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco. Excelentíssimo governador: a Bahia continua sendo o Estado com piores salários do Brasil; o Sr. trouxe Reda até mesmo para a Polícia baiana; o Sr. compra viatura mas não coloca combustível para rodar; o Sr. deixa o policial ir para a rua sem munição; o Sr. não constrói presídio, impondo ao policial ser babá de preso; o Sr. tenta calar o movimento sindical que não se submete ao seu (des)governo. O Sr. traiu o movimento policial baiano. Pagará nas urnas!
O Sindpoc conclama todos os organismos isentos, OAB, MP, Associação dos Delegados, ongs, Pastoral Carcerária, igrejas evangélicas e imprensa a se manifestarem para dar um basta na situação vivida na Bahia. Que fique claro aos ex-sindicalistas hoje ditadores: os homens e mulheres da Polícia Civil da Bahia não se intimidarão com ameaças de processo disciplinar e demissão ou de corte de gratificação. Abriram 250, abrirão 1.000, vamos para o enfrentamento.
Lamentamos que a perseguição e a imposição do silêncio ainda teimem em permanecer em nosso Estado. O Sindpoc continuará lutando em defesa de toda a Polícia, tentando construir uma Polícia Civil única, indivisível, meritocrática, visando maior eficácia da instituição e maior eficiência nas atuações em prol da sociedade, teimando em enfrentar os ex-sindicalistas, hoje vizinhos em Alphaville e nas Marinas da cidade.
Parabéns governador! Comemore alguma coisa, enquanto isso, saiba que a Polícia Civil da Bahia continua mobilizada, não teme hoje poderosos, e poderá entrar em greve a qualquer momento.
Entendemos que a sociedade baiana só terá segurança e qualidade de vida à medida que o Governo abandone a administração virtual, divulgada nos comerciais e comece efetivamente agir, sem perseguição, com salário digno e condição de trabalho. Menos propaganda e mais trabalho!
Um comentário:
Que chamada, heim! Na correria da campanha desenfreada, o governador JW nem parou prá pensar que está deixando escapulir por entre os dedos, o que seria a sua melhor chance de reeleição, que é fazer a coisa certa ou seja, governar. Será que lhe passou pela cabeça que o povo baiano seja tão burro prá desejar outra gestão pífia, com um aumento tão grande da criminalidade com assassinatos, total falta de segurança pública? Ora, mais que roubar os 4 anos de administração para o qual foi eleito pelo povo, ainda lhe ofende tentando uma reeleição. Se a segurança já estava uma droga(e não falo do crack), imagine sem os policiais civis!! Melhor todo o mundo se prender em casa.
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