1. Tela da coleção inglesa
2. Museu Regional de Arte, no Cuca
Fotos: Divulgação
Nada mais apropriado para comemorar nesta quinta-feira, 25, os 43 anos de fundação do Museu Regional de Arte da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) que o inventário das obras que compõem um acervo que encanta pela qualidade, pelo valor histórico e lucidez dos que se lançaram na aventura de trazer para Feira de Santana nos distantes anos da década de 1960, tão significativo patrimônio.
Em data a ser confirmada, será entregue à Uefs, o acervo original do museu em suporte digital - o que permite incorporar ou descartar peças -, e impresso, com 114 obras documentadas, incluindo a coleção inglesa. Na verdade, já havia o arrolamento das peças e alguns documentos referentes ao acervo original. Mas a preocupação da Uefs era fazer o inventário museológico, dentro dos critérios técnicos. “A opção foi começar pelo acervo primitivo, cuidadosamente selecionado no período de criação do museu”, afirma Osvaldo Gouveia Ribeiro, museólogo e consultor nesta área.
Durante 11 meses ele se debruçou sobre as obras de arte, juntamente com a colega Francisca Andrade e dois estagiários do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca), onde está localizado o museu. Ao todo, foram identificadas 286 peças, incluindo as incorporadas e elencadas recentemente.
Segundo Gouveia, a documentação contextualiza o trabalho didático e, do ponto de vista jurídico, dá legitimidade ao acervo como instrumento reconhecido pelo Conselho Internacional de Museus. Ele elogiou a iniciativa da Uefs, ao afirmar que são poucos os museus no Brasil que contam com acervo documentado, o que considera lamentável. “É a documentação, através da pesquisa, que permite entender a obra e o autor, e passar esse entendimento para o público”, destaca.
Influência marcante
O trabalho começou com visita técnica ao museu, levantamento bibliográfico sobre o tema e da documentação existente, além de pesquisas sobre as obras, relacionando as peças com suas características: dimensão, técnica, entre outros aspectos. Em paralelo, foram criadas as fichas de identificação e localização, além de dossiês. Todo esse conjunto de elementos compõe o trabalho.
Fundado na década de 1960, por iniciativa de Dival Pitombo e Odorico Tavares, com o apoio do jornalista Assis Chateaubriand, o Museu Regional de Feira de Santana, como era então denominado, influenciou várias gerações de artistas locais, transformando-se em uma referência para a cidade, sobretudo pela possibilidade de diálogo com a produção plástica do século XX.
A presença da vanguarda inglesa entre gibões e malas de couro (parte do acervo representava a cultura popular da região), embora pouco compreendida pela maioria, sempre foi motivo de orgulho para o feirense.
Selma Oliveira, diretora do Cuca, observa que em 1951, Feira de Santana conhecia a primeira exposição de Arte Moderna, organizada pelo intelectual Dival Pitombo e pelo artista Raimundo de Oliveira. No início de 1960, começava a descobrir trabalhos de artistas como Juraci Dórea, Aderbal Moura e Carlo Barbosa. Mas foi a criação do Museu Regional o marco fundamental para colocar Feira de Santana no circuito das artes plásticas brasileiras.
As coleções
Transferido para o Cuca em 1995, o museu passou a ser denominado Museu Regional de Arte, desmembrando o acervo (a parte regional foi para a Casa do Sertão, no campus da Uefs), dedicado apenas às artes visuais.
O atual acervo do museu é composto de cinco coleções. A primeira reúne quase três dezenas de quadros dos mais representativos artistas plásticos ingleses do século XX. O conjunto, homogêneo e harmonioso, resultou dos contatos de Assis Chateaubriand na Inglaterra, onde foi embaixador. A segunda coleção é também dedicada à pintura, com trabalhos de artistas brasileiros de variadas tendências. Já a terceira é voltada para o desenho e a gravura.
Pouco numerosa, mas não menos importante é a quarta coleção, dedicada à escultura. A quinta coleção, ainda em formação é composta por artistas feirenses que se destacaram a partir de meados da década de 1970, como é o caso de César Romero, Graça Ramos, Gil Mário, Pedro Roberto, Herivelton Figueiredo, dentre outros.
(Com informações de Socorro Pitombo, da Assessoria Cuca/Uefs)
Em data a ser confirmada, será entregue à Uefs, o acervo original do museu em suporte digital - o que permite incorporar ou descartar peças -, e impresso, com 114 obras documentadas, incluindo a coleção inglesa. Na verdade, já havia o arrolamento das peças e alguns documentos referentes ao acervo original. Mas a preocupação da Uefs era fazer o inventário museológico, dentro dos critérios técnicos. “A opção foi começar pelo acervo primitivo, cuidadosamente selecionado no período de criação do museu”, afirma Osvaldo Gouveia Ribeiro, museólogo e consultor nesta área.
Durante 11 meses ele se debruçou sobre as obras de arte, juntamente com a colega Francisca Andrade e dois estagiários do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca), onde está localizado o museu. Ao todo, foram identificadas 286 peças, incluindo as incorporadas e elencadas recentemente.
Segundo Gouveia, a documentação contextualiza o trabalho didático e, do ponto de vista jurídico, dá legitimidade ao acervo como instrumento reconhecido pelo Conselho Internacional de Museus. Ele elogiou a iniciativa da Uefs, ao afirmar que são poucos os museus no Brasil que contam com acervo documentado, o que considera lamentável. “É a documentação, através da pesquisa, que permite entender a obra e o autor, e passar esse entendimento para o público”, destaca.
Influência marcante
O trabalho começou com visita técnica ao museu, levantamento bibliográfico sobre o tema e da documentação existente, além de pesquisas sobre as obras, relacionando as peças com suas características: dimensão, técnica, entre outros aspectos. Em paralelo, foram criadas as fichas de identificação e localização, além de dossiês. Todo esse conjunto de elementos compõe o trabalho.
Fundado na década de 1960, por iniciativa de Dival Pitombo e Odorico Tavares, com o apoio do jornalista Assis Chateaubriand, o Museu Regional de Feira de Santana, como era então denominado, influenciou várias gerações de artistas locais, transformando-se em uma referência para a cidade, sobretudo pela possibilidade de diálogo com a produção plástica do século XX.
A presença da vanguarda inglesa entre gibões e malas de couro (parte do acervo representava a cultura popular da região), embora pouco compreendida pela maioria, sempre foi motivo de orgulho para o feirense.
Selma Oliveira, diretora do Cuca, observa que em 1951, Feira de Santana conhecia a primeira exposição de Arte Moderna, organizada pelo intelectual Dival Pitombo e pelo artista Raimundo de Oliveira. No início de 1960, começava a descobrir trabalhos de artistas como Juraci Dórea, Aderbal Moura e Carlo Barbosa. Mas foi a criação do Museu Regional o marco fundamental para colocar Feira de Santana no circuito das artes plásticas brasileiras.
As coleções
Transferido para o Cuca em 1995, o museu passou a ser denominado Museu Regional de Arte, desmembrando o acervo (a parte regional foi para a Casa do Sertão, no campus da Uefs), dedicado apenas às artes visuais.
O atual acervo do museu é composto de cinco coleções. A primeira reúne quase três dezenas de quadros dos mais representativos artistas plásticos ingleses do século XX. O conjunto, homogêneo e harmonioso, resultou dos contatos de Assis Chateaubriand na Inglaterra, onde foi embaixador. A segunda coleção é também dedicada à pintura, com trabalhos de artistas brasileiros de variadas tendências. Já a terceira é voltada para o desenho e a gravura.
Pouco numerosa, mas não menos importante é a quarta coleção, dedicada à escultura. A quinta coleção, ainda em formação é composta por artistas feirenses que se destacaram a partir de meados da década de 1970, como é o caso de César Romero, Graça Ramos, Gil Mário, Pedro Roberto, Herivelton Figueiredo, dentre outros.
(Com informações de Socorro Pitombo, da Assessoria Cuca/Uefs)
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