Deu na "Folha de S. Paulo", de Fernando de Barros e Silva:
Os intelectuais de esquerda adoram um abaixo-assinado. Na luta pela redemocratização, ele foi um instrumento importante de mobilização da sociedade civil.
Hoje, não se sabe ao certo o que seja (nem se existe) "a sociedade civil". E os intelectuais, sobretudo de esquerda, perderam em boa medida o protagonismo público.
Ainda assim, vira e mexe há abaixo-assinados por aí. Alguns em torno de causas abrangentes e justas, outros que parecem só um cacoete de antigamente.
Diante de tudo isso, devemos nos perguntar agora: onde está o abaixo-assinado?
Sim. Ou os intelectuais de esquerda não estão incomodados com a fala bestial de Lula sobre Cuba? O assunto não comove a ponto de solicitar um repúdio coletivo?
Seria demais exigir a retratação pública do presidente por igualar as vítimas de uma ditadura que liquidou seus opositores aos presos comuns de um país democrático?
Seria demais pressionar o governo brasileiro para que interceda em favor de dissidentes presos arbitrariamente e/ou a caminho da morte?
Seria demais reafirmar (ou assumir, no caso de alguns) a defesa da democracia e dos direitos humanos como valores universais?
Os intelectuais de esquerda adoram um abaixo-assinado. Na luta pela redemocratização, ele foi um instrumento importante de mobilização da sociedade civil.
Hoje, não se sabe ao certo o que seja (nem se existe) "a sociedade civil". E os intelectuais, sobretudo de esquerda, perderam em boa medida o protagonismo público.
Ainda assim, vira e mexe há abaixo-assinados por aí. Alguns em torno de causas abrangentes e justas, outros que parecem só um cacoete de antigamente.
Diante de tudo isso, devemos nos perguntar agora: onde está o abaixo-assinado?
Sim. Ou os intelectuais de esquerda não estão incomodados com a fala bestial de Lula sobre Cuba? O assunto não comove a ponto de solicitar um repúdio coletivo?
Seria demais exigir a retratação pública do presidente por igualar as vítimas de uma ditadura que liquidou seus opositores aos presos comuns de um país democrático?
Seria demais pressionar o governo brasileiro para que interceda em favor de dissidentes presos arbitrariamente e/ou a caminho da morte?
Seria demais reafirmar (ou assumir, no caso de alguns) a defesa da democracia e dos direitos humanos como valores universais?
Um comentário:
Lula conseguiu "dopar" os brasileiros. Não consigo aceitar tanto comodismo, tanta covardia! Já dizia alguém importante "Dê poder a alguém e o conhecerá". Incrível como a gente consegue entender agora, o fascínio que o poder pode exercer em alguém despreparado prá êle, fazendo-lhe perder a consciência e a noção sôbre o que pregava antes e o que pratica, hoje. Um blefe.
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