Lula é o terceiro da direita para a esquerda (Foto: Reprodução)
Um Lula sem nenhum defeito é o que emerge do filho "Lula, O Filho do Brasil", a mais cara produção do cinema nacional, que abriu ontem à noite o Festival de Cinema de Brasília.
O Lula da tela tirou nove em português quando era menino, morador de uma área miserável da periferia de São Paulo. Ainda menino, evitou que o pai batesse na mãe ao adverti-lo: "Homem não bate em mulher".
Líder sindical, quase não agrediu o português ao discursar para a peãozada do ABC paulista. Foi um fumante compulsivo, mas em compensação bebeu pouco.
Testemunhou à distância a chacina de um pequeno empresário praticada por companheiros dele do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. Ficou chocado com ela e reclamou.
Foi um namorador moderado. Uma vez viúvo, cortejou e se casou com dona Marisa.
Como líder político não foi de direita nem de esquerda. Preocupou-se apenas em melhorar a vida dos seus companheiros.
O filme acaba quando ele sai da prisão para ir ao enterro da mãe. Dali, salta para a festa da posse de Lula na presidência da República.
O PT se perdeu no meio do salto. Nem foi referido antes porque não existia nem depois porque não era o caso.
Quem sabe não fará uma ponta no filme "Lula, o Filho do Brasil - Parte 2"?
A história é contada de forma linear e sem dar margem a diferentes interpretações.
Só cabe uma: Lula enfrentou e venceu, orientado pela mãe, todos os desafios que a vida oferece a um brasileiro nascido na miséria.
Admirável, pois, sua saga.
Em resumo: o filme foi feito sob medida para reforçar o mito Lula. Atinge seu objetivo com louvor.
É razoável imaginar que com isso ajudará de alguma forma a candidatura de Dima Rousseff à presidência da República. Ajudaria qualquer candidatura apoiada por Lula.
Um comentário:
Embora todo o mundo diga que êste flme poderá ajudar Dilma em 2010 e até eu já pensei assim, mas hoje acho que não podemos ter chegado a êsse nível de ignorância. Se o filme foi bem produzido ou não, não sei, não vi e nem o verei, mas não o povo não poderá confundir ficção com realidade. Lula, nem de longe foi melhor que a maioria dos trabalhadores que dão duro, MESMO, apenas deu muita sorte e foi perseverante em suas convicções, sua ideologia, ATÉ chegar à presidência. ESTA mudança, após sua chegada ao poder é que deveria ser mostrada e avaliada.
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