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sábado, 22 de agosto de 2009

Primeiro longa-metragem baiano será restaurado



Governo do Estado e Iglu Filmes assinam projeto para restauração de "Redenção"
1. Cartaz original do primeiro filme longa-metragem feito na Bahia
2. Registro feito na filmagem de "Redenção"
Fotos: Arquivo/Divulgação

Foi assinado na semana passada, entre a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia e a Iglu Filmes Produções Ltda, o Termo de Acordo e Compromisso (TAC) para o projeto "Redenção - 50 Anos do Cinema Baiano".
O projeto contempla a restauração do primeiro longa metragem produzido na Bahia, "Redenção", dirigido por Roberto Pires, exibições da cópia restaurada em diversas salas de cinema de Salvador e em cinco cidades do interior baiano (Lauro de Freitas, Santo Amaro, Jequié, Juazeiro e Vitória da Conquista), distribuição de DVDs entre as secretarias de Educação, Cultura e bibliotecas do interior do Estado, além da apresentação Mostra Roberto Pires, que exibirá cinco importantes filmes do diretor: "Redenção" (1959) "A Grande Feira" (1961), "Tocaia no Asfalto" (1962), "Abrigo Nuclear" (1981) e "Césio 137 - O Pesadelo de Goiânia" (1990) em Salvador e interior.
Durou cinco meses a tramitação do projeto "Redenção - 50 Anos do Cinema Baiano" - na Secretaria de Cultura. Espera-se que na primeira semana de setembro, a Iglu Filmes, empresa proponente do projeto e de propriedade de Petrus Pires, filho de Roberto Pires, receba parte da verba (total de R$ 486.369,27) do Fundo de Cultura do Estado para iniciar a restauração. Quem assina a co-parceria do projeto é a Teleimage, responsável pela execução do restauro e que contribuiu com R$ 142mil para a viabilização do mesmo.
Sobre "Redenção"
Em 9 de março de 1959, "Redenção" foi exibido pela primeira vez nos cinemas de Salvador. O primeiro longa-metragem baiano foi dirigidido por Roberto Pires e é o marco da produção cinematográfica no Estado, que antes se restringia a documentários e filmes de curta duração. O lançamento do filme de Roberto Pires deu impulso ao Ciclo Bahiano de Cinema, tido, até o momento, como o período de maior produção cinematográfica na Bahia, e o qual revelou, entre outros, os feitos de Glauber Rocha e Olney São Paulo.
O filme foi rodado ao longo de três anos e contou apenas com os recursos dos sócios da Iglu Filmes: cerca de três milhões e duzentos mil cruzeiros, uma fortuna para a década de 50. Desta soma, dois milhões de cruzeiros foram garantidos por Élio Moreno Lima (um dos idealizadores) e a quantia foi destinada à compra de equipamentos de filmagem.
"Redenção" foi filmado com sistema de som magnético acoplado à película, criação dos seus realizadores (além de Roberto Pires, diretor, participaram Élio Moreno Lima, Braga Neto e Oscar Santana) e lente anafórmica, a Igluscope - criação de Roberto Pires. Estas duas tecnologias eram dominadas apenas pela indústria cinematográfica de Hollywood e o ineditismo motivou a visita de dois técnicos da Motion Pictures ao Brasil para conhecer o sistema inventado por Roberto Pires.
As cenas de "Redenção" mostram uma Salvador do final da década de 50, ainda não totalmente urbanizada, e com cenários já transformados pelo tempo. Além da importância para o cinema baiano, o primeiro longa-metragem de Roberto Pires tornou-se um documento de valor histórico para a Bahia. A única cópia deste filme estava em avançado estado de deteriorização, sob o risco de perda total deste que é um importante documento histórico da cinematografia nacional.
Sobre Roberto Pires
Roberto de Castro Pires nasceu em Salvador, no dia 29 de setembro de 1934. Aos 12 anos começou a se interessar por cinema e passou a freqüentar as salas da cidade, onde quase sempre eram exibidos filmes policiais, gênero pelo qual tinha predileção. Um dia reconheceu a Bahia na tela de um filme e decidiu produzir um. Mesmo contando com o pioneirismo de Alexandre Robatto Filho para produzir alguns curtas, até então nenhum baiano tinha produzido um longa-metragem.
Roberto Pires queria realizar seu filme com a tecnologia cinematográfica mais avançada da época (som magnético e lente Cinemascope), mas estas não eram coisas disponíveis no Brasil - muito menos na Bahia, local sem tradição cinematográfica. Com paciência e a maestria de um artesão, Roberto desenvolveu (com parceiros) seu próprio sistema de som magnético e (sozinho) sua própria lente, anafórmica, batizando-a de Igluscope. O feito permitiu que vários filmes pudessem ser realizados no estado e assim surgiu o Ciclo Baiano de Cinema.
Cinebiografia de Roberto Pires
"Sonho, o Calcanhar de Áquiles" (1955) - curta-metragem
"Redenção" (1959) - 1º longa-metragem baiano
"A Grande Feira" (1961)
"Tocaia no Asfalto" (1962)
"Crime em Sacopã" (1963)
"Máscara da Traição" (1969)
"Em busca do Su$exo" (1970)
"Abrigo Nuclear" (1981)
"Alternativa Energética" (1982) - documentário
"Brasília, Última Utopia" - episódio: "A Volta de Chico Candango" (1989)
"Césio 137 - O Pesadelo de Goiânia" (1990)
Biodigestor (1991) – documentário
(Com informações de Aleksandra Pinheiro, da Comunica - Assessoria de Imprensa)

2 comentários:

Carlos do IDERB disse...

Parabéns ao Secretario Márcio Meirelles receba o nosso abraço Dimas.

tina disse...

Fico feliz com o resgate deste filme. Meu Pai, Elio Moreno Lima foi um dos artistas.