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quarta-feira, 18 de julho de 2012

É hora de dar adeus aos paradigmas


A produção artística por encomenda é criticada por algumas pessoas, mas esse tipo de trabalho tem importância histórica. Artistas consagrados trabalhavam por encomenda e nem por isso tiveram sua obra diminuída ou menos difundida


Jocimar Tavares criou uma linda escultura de pé para atender a demanda que a arquiteta Milene Donato tinha para o seu belo espaço na Decora Lider 2012: a Sala de TV
Foto: Jomar Bragança

Já dizia Ernst Hans Josef Gombrich, célebre historiador de arte do século XX: "Não existe maior obstáculo à fruição de grandes obras de arte do que a nossa relutância em descartar hábitos e preconceitos". A frase, infelizmente, ainda se aplica aos dias de hoje. É que certo preconceito persiste, mesmo que com menos força – trata-se da ideia pejorativa da arte por encomenda. Muitos acreditam que o trabalho artístico encomendado é uma produção limitada e, por isso, não há fruição. Ou seja, nessa condição, a arte não se manifestaria.
Para o artista plástico Jocimar Tavares, esse pensamento é equivocado. "Tem gente que acredita que o artista está se vendendo pelo fato de produzir por encomenda. O curioso é que o artista sobrevive da comercialização de seus trabalhos, sejam eles encomendados ou não. Então, esse conceito não tem fundamento", observa.
A encomenda de produções artísticas tem importância histórica. Tanto que, antigamente, a Igreja Católica patrocinava artistas e encomendava grandes obras para compor o décor dos templos. Michelangelo, por exemplo, fez diversos trabalhos para a igreja por muito tempo e nem por isso deixou de ser reconhecido e de executar uma singular e admirável obra.
É interessante observar que a arte por encomenda é algo muito antigo. Grande parte da obra de Platão, por exemplo, foi escrita desta forma. E não são poucos os artistas mundialmente conhecidos que produziam por encomenda - Mozart, Euclides da Cunha, Fernando Pessoa e até Machado de Assis.
Na atualidade não é diferente, e Jocimar é um exemplo disso. "Eu não tenho o menor problema em fazer uma peça sob encomenda, até porque meu grau de entusiasmo na criação de uma peça é o mesmo, independe se seja por encomenda ou não. Eu gosto e tenho prazer de criar algo específico para determinado ambiente ou pessoa. Além disso, tenho liberdade de criar dentro do que é pedido pelos clientes", salienta.
O artista ressalta que "o preconceito com a arte por encomenda existe, mas hoje as pessoas estão com a mente mais aberta e a tendência é que essa ideia pejorativa mude gradativamente".
(Com informações de Ana Paula Horta e Fernanda Pinho, da Mão Dupla Comunicação)

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