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Pré-venda de ingressos - Orient CinePlace Boulevard

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28/11 a 04/12: 14 - 16h10 - 18h20 - 20h30 (Dublado)

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Só a sociedade capitalista permite filmes como "Parasita"


Não fiquei tão impressionado com o superestimado filme sul-coreano "Parasita", de Bong Joon-ho, em cartaz em Feira de Santana, no Orient Cineplace Boulevard, depois que foi o grande vencedor do Oscar, incluindo Melhor Filme - o primeiro filme não-falado em inglês a obter a premiação. 
Trata-se de um exemplo claro de como tudo hoje se torna politicamente correto.
A exaltação pela crítica mundial se dá porque o filme faz uma "crítica social pesada" com uma narrativa anticapitalista, desdenhando dos ricos. É o paradoxo da riqueza. Ela é criticada porque existe e permite a realização de filmes como este.
Foi nomeado para seis Oscars e ganhou quatro: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original e Melhor Longa Metragem Internacional. Também foi indicado para Melhor Edição de Filme e Melhor Design de Produção.
Antes, venceu a Palme d'Or no Festival de Cannes 2019, o Globo de Ouro, o Bafta e outras premiações.
Por que parasita? Os personagens, principalmente os pobres, precisam muito uns dos outros, pois são desconfiados. O filme tem humor sombrio e termina com horror e tristeza. Faz referência ao cinema de Alfred Hitchcock, com voyeurismo, janelas e escadas.
Diferença de classes sociais é o mote. Pobre contra rico. A questão é que "Parasita" só existe pela riqueza da produção, repete-se. A sociedade capitalista, que permite produções como essa, é satirizada. A família rica é ingênua. A família pobre é ambiciosa, cínica e esperta. Os quatro membros tramam um golpe insidioso.
A trama tem várias situações implausíveis. Uma delas: não faz sentido um jovem saber inglês e ser dobrador de caixas de pizza. Na Coreia do Sul, a fluência em inglês não deixa ninguém desempregado. No mais, não existe escassez de trabalho. Também tem erros na trama como celulares molhados funcionarem muito bem.
É certo que os filmes de ficção não precisam ter compromisso com a realidade, pois cinema é escapismo. O pai, a mãe, o filho e a filha pobres, com tantas habilidades só conseguem emprego ludibriando a família rica?
Interessante é que na trilha sonora tem "Rodelinda: Ato 2 - Spietati, Io Vi Glurai", do alemão Georg Frideric Handel (1685-1759); e "In Ginocchio da Te", de Gianni Morandi, música italiana da comédia musical "Ajoelhado a Seus Pés", de 1964.
Concordo com outros críticos sobre "Parasita" não ter merecido o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, quanto mais de Melhor Filme. Ou qualquer prêmio. Reitero que ele ter conquistado vários prêmios demonstra como o politicamente correto, a ideologia esquerdista e as mensagens políticas dentro de filmes passaram a substituir a qualidade cinematográfica como critério.

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