Não fiquei tão
impressionado com o superestimado filme sul-coreano "Parasita", de Bong Joon-ho, em cartaz em Feira de Santana, no Orient Cineplace Boulevard, depois que foi o
grande vencedor do Oscar, incluindo Melhor Filme - o primeiro filme não-falado em
inglês a obter a premiação.
Trata-se de um exemplo claro de como tudo hoje se torna politicamente correto.
A exaltação pela crítica
mundial se dá porque o filme faz uma "crítica social pesada" com uma
narrativa anticapitalista, desdenhando dos ricos. É o paradoxo da riqueza. Ela é
criticada porque existe e permite a realização de filmes como este.
Foi nomeado para seis Oscars e ganhou quatro: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original e Melhor Longa Metragem Internacional. Também foi indicado para Melhor Edição de Filme e Melhor Design de Produção.
Foi nomeado para seis Oscars e ganhou quatro: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original e Melhor Longa Metragem Internacional. Também foi indicado para Melhor Edição de Filme e Melhor Design de Produção.
Antes,
venceu a Palme d'Or no Festival de Cannes 2019, o Globo de Ouro, o Bafta e outras premiações.
Por
que parasita? Os personagens, principalmente os pobres, precisam muito uns dos
outros, pois são desconfiados. O filme tem humor sombrio e termina com horror e
tristeza. Faz referência ao cinema de Alfred Hitchcock, com voyeurismo, janelas
e escadas.
Diferença de classes
sociais é o mote. Pobre contra rico. A questão é que "Parasita" só existe pela riqueza da produção, repete-se.
A sociedade capitalista, que permite produções como essa, é satirizada. A
família rica é ingênua. A família pobre é ambiciosa, cínica e esperta. Os
quatro membros tramam um golpe insidioso.
A trama tem várias
situações implausíveis. Uma delas: não faz sentido um jovem saber inglês e ser
dobrador de caixas de pizza. Na Coreia do Sul, a fluência em inglês não deixa
ninguém desempregado. No mais, não existe escassez de trabalho. Também tem erros na trama como
celulares molhados funcionarem muito bem.
É certo que os filmes de ficção não
precisam ter compromisso com a realidade, pois cinema é escapismo. O pai, a
mãe, o filho e a filha pobres, com tantas habilidades só conseguem emprego
ludibriando a família rica?
Interessante
é que na trilha sonora tem "Rodelinda: Ato 2 - Spietati, Io Vi Glurai", do
alemão Georg Frideric Handel (1685-1759); e "In Ginocchio da Te", de Gianni
Morandi, música italiana da comédia musical "Ajoelhado a Seus Pés", de 1964.
Concordo com outros críticos sobre "Parasita" não ter merecido o Oscar de
Melhor Filme Estrangeiro, quanto mais de Melhor Filme. Ou qualquer prêmio. Reitero que ele ter conquistado vários prêmios demonstra como o politicamente correto,
a ideologia esquerdista e as mensagens políticas dentro de filmes passaram a
substituir a qualidade cinematográfica como critério.
Nenhum comentário:
Postar um comentário