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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

A Ressurreição de Cristo


Por Vincent Cheung
"Irmãos, quero lembrar-lhes o evangelho que lhes preguei, o qual vocês receberam e no qual estão firmes. Por meio deste evangelho vocês são salvos, desde que se apeguem firmemente à palavra que lhes preguei; caso contrário, vocês têm crido em vão. Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze. Depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda vive, embora alguns já tenham adormecido. Depois apareceu a Tiago e, então, a todos os apóstolos; depois destes apareceu também a mim, como a um que nasceu fora de tempo." (1 Coríntios 15:1-8)

A ressurreição de Jesus Cristo é parte integrante do Evangelho. É uma parte necessária da fé cristã. Embora isso seja óbvio para muitos de nós, ainda precisa ser enfatizado. Isso ocorre porque há pessoas que negam a realidade da ressurreição, no entanto reivindicam associação com a fé cristã. Eles se apresentam como seguidores de Cristo e até professores e teólogos da igreja. Assim, devemos continuar a reafirmar e esclarecer o Evangelho, e, ao fazê-lo, devemos refutar essa noção de que é aceitável negar a ressurreição; e explicitar a implicação dessa negação.
Primeiro, Paulo escreve, Cristo morreu de acordo com as Escrituras. Este é o ponto mais significativo. Muito antes disso acontecer, Deus testificou pelos profetas que o Cristo sofreria e morreria pelas mãos de homens iníquos, e Jesus repetidamente disse isso a seus discípulos durante seu ministério terreno. Poderíamos ter conhecido sobre a morte de Cristo totalmente à parte das testemunhas oculares, uma vez que nada poderia ter tornado o evento mais certo do que as palavras inspiradas dos profetas. Mesmo que a Bíblia não tivesse dito nada sobre a realidade da sua morte, saberíamos que isso deveria ter acontecido. Os profetas predisseram, e nos Evangelhos, Jesus disse que isso iria acontecer com Ele.
No entanto, a Bíblia também testifica sobre a realidade de sua morte, além disso, houve muitas testemunhas oculares. Agora, as testemunhas em si fornecem um testemunho muito inferior ao testemunho infalível do Espírito Santo. Nossa certeza, portanto, não se baseia na ideia de que houve testemunhas oculares, mas no registro da Bíblia sobre essas testemunhas oculares e o que elas viram. A distinção é crucial porque é somente quando colocamos desta maneira que nossa atenção nunca se afastará da Perfeição e da Veracidade de Deus, e nossa fé nunca repousará em nada menos que a inspiração do Espírito Santo. Quando se trata das coisas de Deus, ou conhecimento Infalível sobre qualquer evento; se o homem testemunhar alguma coisa, não é o testemunho do homem que verifica o testemunho de Deus, mas o testemunho de Deus que confirma o testemunho do homem.
Teríamos sido informados sobre a morte de Cristo a parte de seu sepultamento, mas a menção de seu sepultamento chama a atenção para a natureza histórica de sua morte. Isso torna o testemunho da Bíblia ainda menos sujeito a interpretações errôneas. Sua morte não era algo metafórico ou imaginário, nem era para ser entendida dessa maneira. Foi uma morte física. Seu corpo expirou; e foi manejado, examinado, embalsamado e sepultado em um túmulo. Isso prepara o cenário para a sua ressurreição, pois para que sua ressurreição fosse o que a Bíblia diz, a sua morte deveria ser o que a Bíblia diz ser.
Jesus Cristo foi ressuscitado no terceiro dia, de acordo com as Escrituras. Mais uma vez, Ele repetidamente disse a seus discípulos sobre isso antes que acontecesse. Os profetas predisseram que o Cristo seria ressuscitado, e Jesus confirmou que os profetas estavam falando sobre Ele. Assim, mesmo à parte de suas aparições pós-ressurreição, podemos ter certeza de que Ele ressuscitou dos mortos e que está vivo hoje. Nossa confiança não repousa no testemunho do homem como tal, mas no testemunho de Deus e em sua certeza de que o testemunho do homem sobre a ressurreição é verdadeiro.
E Ele realmente apareceu para muitos homens e mulheres em diferentes lugares e em diferentes ocasiões. Eles lidaram, andaram e conversaram com Ele. Ele pegou um pedaço de pão e o partiu. Até cozinhou e comeu com eles. Assim, a ressurreição não era algo metafórico ou imaginário. Ele não foi ressuscitado como um fantasma, mas com um corpo que era físico, apesar de ter sido aperfeiçoado com características e habilidades celestiais. Ele apareceu para pessoas específicas que Paulo poderia nomear: Pedro, os Doze, Tiago e ele próprio. Uma vez Ele apareceu para quinhentas pessoas ao mesmo tempo, a maioria das quais ainda vivia quando esta carta foi escrita, para que os coríntios pudessem entrevistá-los, se o quisessem.
A ressurreição de Cristo é uma doutrina definida e inequívoca que não deixa espaço para distorções ou interpretação figurativa. Paulo escreve: "Este é o evangelho que lhes preguei, o qual vocês receberam e no qual estão firmes", e "Por meio do qual vocês são salvos, desde que se apeguem firmemente à palavra que lhes preguei; caso contrário, vocês têm crido em vão." Os coríntios foram contados como cristãos porque creram nessa mensagem. Se eles a tivessem rejeitado, ou se tivessem falhado em mantê-la, então teriam "crido em vão" e não teriam possuído o benefício associado ao Evangelho. Isto é, eles não teriam recebido a salvação.
A mensagem cristã exige que seus ouvintes tomem partido pela morte e ressurreição de Jesus Cristo, não em algum sentido ambíguo ou metafórico, mas como eventos reais na história. A fé cristã não é primeiro para ser tomada como uma mensagem para a reforma ética ou progresso social, mas a ética é fundada sobre as históricas, criação , queda e redenção. No entanto, ao contrário de alguns que estão ansiosos para preservar este aspecto histórico da fé, é um erro pensar que o fundamento último da fé cristã seja histórico. Não é, porque o próprio histórico é fundado na existência e decreto eternos de Deus. Em todo caso, é fútil simplesmente imitar o aspecto ético do Cristianismo. Não há salvação nisso. A base da fé cristã é o eterno, que efetuou o histórico, e que é a base para o ético e o social. Há salvação somente nessa compreensão do Evangelho.
Fonte: Cheung's Publicações

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