Candidato do PT insiste na narrativa que o "fundamentalismo" evangélico está por trás de Bolsonaro
O candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad, tem
recorrido a um discurso "mais cristão" desde o 12 de outubro, quando participou
de uma missa em São Paulo. Contudo, deixa claras evidências que não possui
intimidade com esse tipo de questão.
O caso mais recente de seu atrapalho com temas religiosos deu-se durante a entrevista concedida ao programa "Roda Viva" de segunda-feira, 22. No último bloco, questionado pelo apresentador Ricardo Lessa sobre uma frase que o inspirava, arriscou: "Quem salva uma vida, salva o mundo inteiro", que segundo ele é bíblica.
Acontece que esse é um ensinamento do Talmude, comentário rabínico de leis e tradições do judaísmo. O petista ainda arriscou que estava "no Torá", livro da lei judaica que constitui os primeiros livros do Antigo Testamento. O ditado tornou-se popular nos últimos anos por conta de uma das cenas mais emocionantes do filme "A Lista de Schindler".
Mudança de perfil
Com longa carreira política, o ex-ministro da Educação de Lula e ex-prefeito de São Paulo nunca procurou mostrar-se particularmente devoto. Em meio às mudanças que sua campanha adotou após o primeiro turno, essa foi só mais uma.
Na missa que compareceu no dia 12, Haddad estaca ao lado da esposa e da vice, Manuela D'Ávila (PCdoB). Embora estivesse ali como qualquer outro fiel, aproveitou o momento para passar uma imagem diferente da que cultivara até então.
O padre Jaime Crowe, amigo de Lula, pediu voto no "13" e fez críticas a Jair Bolsonato (PSL). No final da cerimônia, Haddad discursou na escadaria da igreja no Jardim Ângela. Afirmou então que a candidatura de Bolsonaro seria fruto do "fundamentalismo charlatão do Edir Macedo" o que lhe rendeu maior antipatia de lideranças evangélicas.
Dias depois reuniu-se com pastores ligados à movimentos de esquerda, onde anunciou mudanças em seu plano de governo, retirando a proposta de legalização das drogas. Também comprometeu-se, caso eleito, em não encaminhar projeto de lei para a para a legalização do aborto. As pesquisas de intenção de voto mostram que a ação não teve resultado no segmento evangélico do eleitorado.
O caso mais recente de seu atrapalho com temas religiosos deu-se durante a entrevista concedida ao programa "Roda Viva" de segunda-feira, 22. No último bloco, questionado pelo apresentador Ricardo Lessa sobre uma frase que o inspirava, arriscou: "Quem salva uma vida, salva o mundo inteiro", que segundo ele é bíblica.
Acontece que esse é um ensinamento do Talmude, comentário rabínico de leis e tradições do judaísmo. O petista ainda arriscou que estava "no Torá", livro da lei judaica que constitui os primeiros livros do Antigo Testamento. O ditado tornou-se popular nos últimos anos por conta de uma das cenas mais emocionantes do filme "A Lista de Schindler".
Mudança de perfil
Com longa carreira política, o ex-ministro da Educação de Lula e ex-prefeito de São Paulo nunca procurou mostrar-se particularmente devoto. Em meio às mudanças que sua campanha adotou após o primeiro turno, essa foi só mais uma.
Na missa que compareceu no dia 12, Haddad estaca ao lado da esposa e da vice, Manuela D'Ávila (PCdoB). Embora estivesse ali como qualquer outro fiel, aproveitou o momento para passar uma imagem diferente da que cultivara até então.
O padre Jaime Crowe, amigo de Lula, pediu voto no "13" e fez críticas a Jair Bolsonato (PSL). No final da cerimônia, Haddad discursou na escadaria da igreja no Jardim Ângela. Afirmou então que a candidatura de Bolsonaro seria fruto do "fundamentalismo charlatão do Edir Macedo" o que lhe rendeu maior antipatia de lideranças evangélicas.
Dias depois reuniu-se com pastores ligados à movimentos de esquerda, onde anunciou mudanças em seu plano de governo, retirando a proposta de legalização das drogas. Também comprometeu-se, caso eleito, em não encaminhar projeto de lei para a para a legalização do aborto. As pesquisas de intenção de voto mostram que a ação não teve resultado no segmento evangélico do eleitorado.
Tendo reiterado em entrevistas recentes que vem de uma
família cristã, Haddad arriscou um "Deus nos abençoe" em programas de seu
horário eleitoral. No sábado, 20, Haddad envolveu-se em outra polêmica em sua
tentativa de mostrar-se uma pessoa religiosa.
O petista ganhou uma Bíblia de presente durante um
comício em Fortaleza, mas no dia seguinte o recém-eleito deputado federal pelo
PSL do Ceará, André Fernandes, gravou um vídeo mostrando que a cópia das
Escrituras foi achada no chão, insinuando que Haddad a teria jogado fora.
O ex-prefeito de São Paulo negou e afirmou que o Bíblia
fora furtada juntamente com o celular de um assessor que estava no palanque.
Contudo, não mostrou B. O. do ocorrido e só falou sobre o tema após o vídeo de
Fernandes viralizar.
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