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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Evangélico cotado para ser vice de Bolsonaro



Dono da Riachuelo defende "protagonismo da família"


Nas últimas semanas, o nome do empresário Flávio Rocha (Foto: Reprodução), dono da rede de lojas Riachuelo, passou a ser especulado como um possível vice na chapa de Jair Bolsonaro. Questionado pela revista 'Exame', o deputado carioca declarou: "Sou o candidato mais pobre dessa turma, nem partido tenho ainda. Eu estou sozinho nessa briga, estou com o povo, coisa que os outros não têm. Mas pode ter certeza que… se o Flávio Rocha quiser se agregar à equipe, será muito bem-vindo".
Enquanto o lema de Bolsonaro tem sido "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos", Flávio Rocha não esconde sua fé evangélica. Recentemente, em evento da Igreja Sara Nossa Terra, onde congrega, o empresário afirmou que estava "orando" para que "2018 traga novas lideranças, com boas ideias para a economia e também bons costumes".
Ele defende o "protagonismo da família", bandeira bastante usada pela bancada evangélica, que inclui valores conservadores. Mesmo que não se confirma a dobradinha com Bolsonaro, Flávio Rocha já deixou clara a sua opinião: "o economês conserta o País, mas é o discurso sobre os costumes que levará o candidato a ganhar a eleição presidencial deste ano".
"O Brasil está pedindo um liberal de cabo a rabo, alguém que defenda o Estado mínimo na economia e valores conservadores no campo dos costumes", explicou, mostrando estar antenado com o pensamento da maior parte da direita no Brasil.
O posicionamento político de Rocha é bem claro. Opõe-se ao pensamento de esquerda, classificando o PT de "uma quadrilha que saqueou o Brasil". Além disso, é um dos idealizadores do movimento de participação de empresários na política chamado "Brasil 200". O nome remete aos 200 anos de independência do país, que será comemorada em 2022.
A relação dele com a Sara Nossa Terra é estreita. Ex-católico, conta que se converteu por influência da mulher, Ana Cláudia Rocha. Sobre o bispo Robson Rodovalho, fundador da Sara e ex-deputado, declarou: "É uma amizade que se converteu numa liderança espiritual. Tenho o bispo Robson como meu grande líder espiritual, meu grande inspirador."

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