Por Fernando Duarte
Não é de ontem que se
ouve o burburinho no meio político da Bahia sobre a proximidade entre o
ex-governador Jaques Wagner e a empreiteira OAS. Quando se falava da iminência
de homologação da delação premiada de Léo Pinheiro, ex-presidente do grupo, 11
em cada 10 adversários políticos do PT baiano acreditavam que o ex-governador
estaria presente como beneficiário de um esquema de desvios de recursos
públicos para alimentar campanhas eleitorais.
Era tudo ilação até formalmente a Polícia Federal deflagrar a Operação Cartão Vermelho, que colocou o ex-governador como um dos focos de um esquema envolvendo repasse de recursos da construção da Arena Fonte Nova para o pagamento de campanhas eleitorais petistas na Bahia - o que tangencialmente coloca o governador eleito em 2014, Rui Costa, no meio do processo.
Wagner já tinha aparecido nas delações de executivos da Odebrecht, porém ainda era insípida qualquer relação direta do ex-governador com os sucessivos escândalos que vieram a público com a Operação Lava Jato.
A partir da Cartão Vermelho, tudo mudou. Wagner e seus aliados utilizaram a estratégia regular de desqualificar a operação da PF, sob os argumentos de "midiatização" dos mandados de busca e apreensão.
Há um quê de coerência na crítica. O ex-governador sempre foi ponderado ao falar da PF e, mesmo que adversários políticos fossem alvos, Wagner preferia criticar o eventual uso político das ações derivadas da Lava Jato. Seria um dom premonitório? Nesse contexto, a PF acaba colocando álcool na fogueira que os críticos a ela gostam de alimentar.
A Operação Cartão Vermelho foi deflagrada apenas um dia útil após a Justiça Eleitoral arquivar a denúncia contra o próprio Wagner por ter recebido caixa 2 de campanha em 2010. Em um momento em que o petista é citado como virtual plano B caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja impedido de ser candidato à presidência da República no próximo mês de outubro. E quando Wagner também lidera a corrida pelo Senado na Bahia, com a candidatura quase certa no próximo pleito.
Se as necessárias apurações indicadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) fossem levadas a cabo no passado, muito do que se viu nesta segunda seria evitado. Afinal, a parceria público-privada entre a Fonte Nova Participações e o Governo da Bahia esteve, desde o princípio, como um acordo em que ganha a iniciativa privada e perdem os cofres públicos. Só faltava a Justiça investigar a relação, o que só acontece agora, às vésperas de uma nova eleição.
Depois do pedido de prisão, ainda que negado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Wagner ganhou motivos para dormir intranquilo a partir de agora.
Era tudo ilação até formalmente a Polícia Federal deflagrar a Operação Cartão Vermelho, que colocou o ex-governador como um dos focos de um esquema envolvendo repasse de recursos da construção da Arena Fonte Nova para o pagamento de campanhas eleitorais petistas na Bahia - o que tangencialmente coloca o governador eleito em 2014, Rui Costa, no meio do processo.
Wagner já tinha aparecido nas delações de executivos da Odebrecht, porém ainda era insípida qualquer relação direta do ex-governador com os sucessivos escândalos que vieram a público com a Operação Lava Jato.
A partir da Cartão Vermelho, tudo mudou. Wagner e seus aliados utilizaram a estratégia regular de desqualificar a operação da PF, sob os argumentos de "midiatização" dos mandados de busca e apreensão.
Há um quê de coerência na crítica. O ex-governador sempre foi ponderado ao falar da PF e, mesmo que adversários políticos fossem alvos, Wagner preferia criticar o eventual uso político das ações derivadas da Lava Jato. Seria um dom premonitório? Nesse contexto, a PF acaba colocando álcool na fogueira que os críticos a ela gostam de alimentar.
A Operação Cartão Vermelho foi deflagrada apenas um dia útil após a Justiça Eleitoral arquivar a denúncia contra o próprio Wagner por ter recebido caixa 2 de campanha em 2010. Em um momento em que o petista é citado como virtual plano B caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja impedido de ser candidato à presidência da República no próximo mês de outubro. E quando Wagner também lidera a corrida pelo Senado na Bahia, com a candidatura quase certa no próximo pleito.
Se as necessárias apurações indicadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) fossem levadas a cabo no passado, muito do que se viu nesta segunda seria evitado. Afinal, a parceria público-privada entre a Fonte Nova Participações e o Governo da Bahia esteve, desde o princípio, como um acordo em que ganha a iniciativa privada e perdem os cofres públicos. Só faltava a Justiça investigar a relação, o que só acontece agora, às vésperas de uma nova eleição.
Depois do pedido de prisão, ainda que negado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Wagner ganhou motivos para dormir intranquilo a partir de agora.
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