Por Milton Pires
Meus
queridos irmãos evangélicos de todo o Brasil, assim me dirijo a vocês no início
desse artigo como se fosse, eu mesmo, uma espécie de pastor ou alguém que,
conhecendo profundamente as teses de Lutero, o pensamento de Calvino e a
história da Reforma, tivesse intimidade suficiente para usar a palavra "irmãos". Digo a vocês, logo de início, que não sou evangélico. O que me
permite dizer que somos irmãos é minha fé em Deus e nas palavras de Jesus
Cristo.
Escrevo
hoje a todos vocês para fazer um apelo... quase uma súplica no sentido de que se
afastem em definitivo do apoio à Marina Silva nas eleições de outubro. Nada de
cristão existe nas palavras dessa senhora que quer, como fez o PT com a Igreja
Católica, levar a comunidade protestante brasileira ao ridículo com teses
absurdas sobre a liberação das drogas e do casamento gay. Sua ambição pelo
poder é tamanha que hesitação alguma vai ter em apresentar vossa Igreja ao
mundo como defensora de tudo aquilo que o PT vem implantando no Brasil. Por
favor não se deixem enganar... não se tornem os primeiros "evangays" ou "gayvangélicos" da história... Sigam com a mesma fé em Cristo e naquilo que
ficou como sua mensagem na Bíblia para tratar essas pessoas com todo respeito e
caridade pois é disso que nasce a verdadeira democracia e não do uso político
que esses espíritos imundos do PT e da esquerda brasileira querem fazer das
diferenças entre elas. Lembrem-se sempre, em primeiro lugar, que todo
revolucionário (e Marina é uma delas) não pode ser verdadeiramente cristão já que
o paraíso com que sonham há de ser criado aqui mesmo nesse mundo e não no
outro. Seja em nome de uma raça superior (como fez Adolf Hitler)... de uma classe
superior (como fizeram Stalin ou Mao Zedong) ou em "defesa da natureza" como
querem os fanáticos da floresta que acompanham Marina e a Rede, essas pessoas
vem para negar o fato de que a base da sociedade é o indivíduo..é o ser humano
que de boa vontade e coração puro que aceita a mensagem contida em Filipenses
(capítulo 2) "Trabalha na tua salvação com medo e temor".
Lembrem
sempre, meus amigos, que a verdadeira salvação não está nesse mundo e que o "trabalho" pela salvação deve se dar no íntimo de cada um sem intermediários
que profanam seu caminho.
Àqueles
que, dentre vocês, argumentarem que política e religião "não se misturam" responderei de boa fé que isso não é verdade. Da falta de Deus no coração das
pessoas nasceram os delírios de Cuba e da Coréia do Norte. Da construção de um
conceito equivocado de um ser superior resultaram as atrocidades das decapitações
com o Isis e a Al Qaeda. Não, meus irmãos, Deus e política não podem nem devem
se separar mas também não podem, por outro lado, estabelecer relações de
promiscuidade tal entre si que a rigor nada mais signifiquem.
Marina
Silva não foi, não é nem jamais vai ser candidata de nenhum evangélico,
católico, espírita ou seja lá que religião cristã for. O "verdadeiro reino" com
o qual essa senhora sonha precisa ser construído aqui na Terra mesmo. Isso há
de se dar com apoio de ongs, do capitalismo internacional e com os movimentos
camponeses assassinos que formaram, primeiro o PT, e depois a própria rede.
Afastem-se, pois, desses falsos pastores... desses falsos profetas que das
palavras de Cristo nada mais fazem do que decorar trechos e mais trechos da Bíblia
para depois recitá-los aos berros... pulando e saltitando como os macacos da "santa floresta" que Marina veio para salvar.
De
tudo que escrevi até hoje, pouquíssimas vezes me dirigi a alguma religião
específica... agora minha consciência obriga que o faça a vocês: não sejam as
próximas vítimas... olhem para trás e vejam o que restou do catolicismo
brasileiro com a "teologia da libertação". Depois do PT todo padre brasileiro
é visto como um eventual pedófilo. Depois de Marina; todo evangélico vai ser
lembrado como um militante da liberação das drogas, do reconhecimento do aborto
e da consagração do casamento gay. Deus ajude a todos nós.
Nenhum comentário:
Postar um comentário