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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Sobre chuvas, tragédia e reconstrução


Sertão ou litoral, Lajedinho ou Capital, o tema é sempre atual. Segue para leitura e reflexão:
Artigo do leitor Paulo Cesar Bastos, publicado no jornal "O Globo", em


Sobre chuvas, tragédias e reconstrução vale uma lógica reflexão. Para as finanças, o economista e o contabilista. Para a saúde, o médico, o dentista e o enfermeiro. Para as leis, os juristas.É a lógica do conhecimento profissional, nada mais natural. Assim, é preciso compreender que, para o desenvolvimento urbano, tornam-se necessárias mais do que críticas ou elogios. Para a boa infraestrutura deve ser utilizada a cultura tecnológica, sendo imprescindíveis os procedimentos técnicos de engenheiros (diversas especialidades), arquitetos, urbanistas, geólogos e outros técnicos afins.
Existe, ainda, uma insuficiente percepção e valorização dos profissionais das áreas tecnológicas. Quando de alguns conflitos no mundo, já assistimos os aviões trazendo os engenheiros brasileiros que estavam projetando e construindo obras diversas e importantes. Aí a mídia mostra a capacidade da engenharia brasileira ser competitiva neste mundo global. Essa capacidade comprovada, lá fora, precisa ser melhor utilizada e valorizada aqui no Brasil.
A vontade política deve ser de valorizar e bem utilizar a tecnologia para melhoria e segurança da qualidade de vida do cidadão. Esse deve ser o exercício ideológico para atingir o resultado lógico. Uma filosofia de bem aplicar, por exemplo, a geotecnia e a hidrologia.
É impossível evitar as eventuais tragédias naturais, mas é possível minimizá-las para limites aceitáveis. As boas técnicas de engenharia devem permitir uma convivência mais harmônica do homem com a natureza. Não podem, no entanto, realizar milagres, isso é da alçada do Supremo Construtor.
Os problemas urbanos decorrem, a maior parte, não de falha técnica, mas da falta de técnica. Os engenheiros e profissionais afins precisam e podem colaborar através de conhecimento e trabalho profissional com criteriosos estudos e bem elaborados projetos para uma execução segura, viável e com qualidade. Queremos trabalhar e pavimentar um caminho melhor para o Brasil, drenando bem as águas para não deixar escorrer para o ralo os recursos públicos.
Paulo Cesar Bastos é engenheiro civil. Natural e residente em Feira de Santana.



Um comentário:

Paulo Cesar Bastos disse...

Caro Dimas Oliveira
Valeu a publicação, no dia 10/12/13. O artigo já tem um certo tempo, mas o fato vem sempre acontecendo e trazendo contratempo.
Interessante notar que no outro dia, 11/12/13, o Dia do Engenheiro,
novamente, o Rio de Janeiro sofreu com chuvas e inundações. Vale relembrar que as tragédias naturais são inevitáveis, mas é possível minimizá-las para limites aceitáveis. Melhores técnicas de engenharia aliadas a uma boa gestão permitem uma convivência mais harmônica do homem com a natureza. A construção de um bom caminho, seja para uma grande metrópole ou capital ou a sertaneja Lajedinho, passa por isso aí. Elementar, basta acreditar e a (tecno)lógica solução aplicar.
Grato e um cordial abraço
Paulo Cesar Bastos