Sertão ou
litoral, Lajedinho ou Capital, o tema é sempre atual. Segue para leitura e
reflexão:
Artigo do leitor
Paulo Cesar Bastos, publicado no jornal "O Globo", em
Sobre chuvas, tragédias e
reconstrução vale uma lógica reflexão. Para as finanças, o economista e o
contabilista. Para a saúde, o médico, o dentista e o enfermeiro. Para as leis,
os juristas.É a lógica do conhecimento profissional, nada mais natural. Assim,
é preciso compreender que, para o desenvolvimento urbano, tornam-se necessárias
mais do que críticas ou elogios. Para a boa infraestrutura deve ser utilizada a
cultura tecnológica, sendo imprescindíveis os procedimentos técnicos de
engenheiros (diversas especialidades), arquitetos, urbanistas, geólogos e
outros técnicos afins.
Existe, ainda, uma
insuficiente percepção e valorização dos profissionais das áreas tecnológicas.
Quando de alguns conflitos no mundo, já assistimos os aviões trazendo os
engenheiros brasileiros que estavam projetando e construindo obras diversas e
importantes. Aí a mídia mostra a capacidade da engenharia brasileira ser
competitiva neste mundo global. Essa capacidade comprovada, lá fora, precisa
ser melhor utilizada e valorizada aqui no Brasil.
A vontade política deve ser
de valorizar e bem utilizar a tecnologia para melhoria e segurança da qualidade
de vida do cidadão. Esse deve ser o exercício ideológico para atingir o
resultado lógico. Uma filosofia de bem aplicar, por exemplo, a geotecnia e a
hidrologia.
É impossível evitar as
eventuais tragédias naturais, mas é possível minimizá-las para limites
aceitáveis. As boas técnicas de engenharia devem permitir uma convivência mais
harmônica do homem com a natureza. Não podem, no entanto, realizar milagres,
isso é da alçada do Supremo Construtor.
Os problemas urbanos
decorrem, a maior parte, não de falha técnica, mas da falta de técnica. Os
engenheiros e profissionais afins precisam e podem colaborar através de
conhecimento e trabalho profissional com criteriosos estudos e bem elaborados
projetos para uma execução segura, viável e com qualidade. Queremos trabalhar e
pavimentar um caminho melhor para o Brasil, drenando bem as águas para não
deixar escorrer para o ralo os recursos públicos.
Paulo Cesar
Bastos é engenheiro civil. Natural e residente em Feira de Santana.
Um comentário:
Caro Dimas Oliveira
Valeu a publicação, no dia 10/12/13. O artigo já tem um certo tempo, mas o fato vem sempre acontecendo e trazendo contratempo.
Interessante notar que no outro dia, 11/12/13, o Dia do Engenheiro,
novamente, o Rio de Janeiro sofreu com chuvas e inundações. Vale relembrar que as tragédias naturais são inevitáveis, mas é possível minimizá-las para limites aceitáveis. Melhores técnicas de engenharia aliadas a uma boa gestão permitem uma convivência mais harmônica do homem com a natureza. A construção de um bom caminho, seja para uma grande metrópole ou capital ou a sertaneja Lajedinho, passa por isso aí. Elementar, basta acreditar e a (tecno)lógica solução aplicar.
Grato e um cordial abraço
Paulo Cesar Bastos
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