Por Augusto Nunes
A captura do
achacador de juízes do Supremo libertou o atropelador da legislação eleitoral.
Nesta
quinta-feira, em parceria com o apresentador do Programa do Ratinho, Lula
deixou em casa o chantagista a serviço da quadrilha do mensalão para
incorporar, durante 40 minutos, o animador de palanque a serviço de si próprio
e de companheiros do PT.
O que se viu
na tela do SBT foi mais que propaganda eleitoral antecipada. Foi um comício
eletrônico ilegal estrelado por um pecador sem remédio nem limites.
Na primeira
parte do programa, o entrevistado transformou o câncer em instrumento de caça
ao voto. A narrativa do combate à doença foi enfeitada por um fundo musical de
dramalhão, mensagens açucaradas, cenas do filme "Lula, o Filho do Brasil",
depoimentos lacrimosos e reportagens pautadas pela sabujice.
"Ele foi um
grande presidente para nós brasileiros, que o adoramos, o amamos", derramou-se
o ex-jogador Ronaldo, que há poucos anos advertiu que "Lula bebe pra caramba".
Num dos
vídeos que escancararam um crime eleitoral premeditado, a locutora caprichou no
fecho glorioso, ilustrado por imagens do herói deixando o hospital: "Parecia a
fênix renascendo das cinzas. O homem está de volta. E com a corda toda".
Ratinho
deu-lhe mais corda ainda: por que a saúde não é tão boa?, quis saber. Por culpa
da oposição, explicou Lula sem ficar ruborizado. Se o imposto do cheque não
tivesse acabado, mentiu, os pacientes do Sírio Libanês hoje estariam morrendo
de inveja dos fregueses do SUS.
O
apresentador animou-se com o desempenho do parceiro e fez a proposta ao vivo:
"Vamo montá um programa de entrevistas, Lula? Teve um monte de jornalista que
bateu em você, vamo dá o troco neles".
O convidado
gostou da ideia. "Um dia desses vocês vão se surpriendê, que eu vou vir aqui
trabalhá com o Ratinho", ameaçou.
Imediatamente,
a dupla passou à segunda parte do roteiro, concebida para resgatar Fernando
Haddad do buraco dos 3% nas pesquisas.
"Por que você
escolheu o Haddad?", cochichou Ratinho. Close no ex-ministro da Educação, que
sorria na fila do gargarejo ao lado do companheiro Luiz Marinho, candidato a um
segundo mandato na prefeitura de São Bernardo do Campo.
"Acho que São
Paulo precisa do Haddad", informou o palanque ambulante. Outro close no
salvador dos paulistanos e outro convite: "Vem pra cá, Haddad".
Ratinho
retomou o tema: o que pode fazer um prefeito para melhorar o sistema de saúde?
Fonte:
"Blog do Augusto Nunes"
Um comentário:
Estou esperando, até hoje, por alguma manifestação da justiça eleitoral, sôbre essa safadeza(mais uma) de Lula Falastrão.
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