Deputado Carlos Geilson apela
ao governador pela abertura do canal de diálogo
Após assembleia, os professores da rede pública estadual
da Bahia decidiram na manhã desta terça-feira, 26, manter a greve que já dura
77 dias. Os professores pedem o cumprimento do acordo assinado entre a
categoria e governo, que prevê reajuste de 22,22%, estabelecido pelo Ministério
da Educação como piso nacional do magistério.
Os docentes alegam que o governo quebrou o acordo
assinado em novembro de 2011, que garantia os valores do piso nacional. A
categoria, que reclama da falta de diálogo com o governo, não concorda com a
proposta menor do que a acordada e ainda que não inclui os aposentados e
licenciados.
Em pronunciamento na Assembleia Legislativa o deputado
estadual Carlos Geilson (PTN) voltou a cobrar ao governador petista Jaques Wagner
uma solução para a greve. "Eu estou falando como cidadão e como professor, que
estudou a vida toda em escola pública, e me encontro preocupado - como milhares
de baianos - com os rumos da educação em nosso Estado", afirmou Geilson.
Para o parlamentar, a resolução desse impasse depende
principalmente da postura do governador. "É preciso que Vossa Excelência saia
do pedestal. Não é jogando a opinião pública contra os professores, não é
usando a força, a prepotência e a arrogância que se vai por fim a greve. O que
os professores estão esperando é o diálogo com o articulador que tanto se
falava na Bahia de outrora", ressaltou.
O deputado ainda criticou o governo, que alega não ter
dinheiro para conceder o piso nacional aos professores, mas contrata por meio
da Secretaria de Educação, a empresa Abaís Conteúdos Educativos
e Produção Cultural Ltda, dirigida pelo professor Jorge Portugal, com dispensa
de licitação. A prestação de serviços educacionais Pré-Enem por um período de
180 dias custará R$ 1.591.774,80.
(Com informações de Núbia
Passos, da Assessoria de Comunicação de Carlos Geilson)
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