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terça-feira, 26 de junho de 2012

Greve dos professores completa 77 dias por intransigência petista

Deputado Carlos Geilson apela ao governador pela abertura do canal de diálogo

Após assembleia, os professores da rede pública estadual da Bahia decidiram na manhã desta terça-feira, 26, manter a greve que já dura 77 dias. Os professores pedem o cumprimento do acordo assinado entre a categoria e governo, que prevê reajuste de 22,22%, estabelecido pelo Ministério da Educação como piso nacional do magistério.
Os docentes alegam que o governo quebrou o acordo assinado em novembro de 2011, que garantia os valores do piso nacional. A categoria, que reclama da falta de diálogo com o governo, não concorda com a proposta menor do que a acordada e ainda que não inclui os aposentados e licenciados.
Em pronunciamento na Assembleia Legislativa o deputado estadual Carlos Geilson (PTN) voltou a cobrar ao governador petista Jaques Wagner uma solução para a greve. "Eu estou falando como cidadão e como professor, que estudou a vida toda em escola pública, e me encontro preocupado - como milhares de baianos - com os rumos da educação em nosso Estado", afirmou Geilson.
Para o parlamentar, a resolução desse impasse depende principalmente da postura do governador. "É preciso que Vossa Excelência saia do pedestal. Não é jogando a opinião pública contra os professores, não é usando a força, a prepotência e a arrogância que se vai por fim a greve. O que os professores estão esperando é o diálogo com o articulador que tanto se falava na Bahia de outrora", ressaltou.
O deputado ainda criticou o governo, que alega não ter dinheiro para conceder o piso nacional aos professores, mas contrata por meio da Secretaria de Educação, a empresa Abaís Conteúdos Educativos e Produção Cultural Ltda, dirigida pelo professor Jorge Portugal, com dispensa de licitação. A prestação de serviços educacionais Pré-Enem por um período de 180 dias custará R$ 1.591.774,80.
(Com informações de Núbia Passos, da Assessoria de Comunicação de Carlos Geilson)

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