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sábado, 31 de março de 2012

Mais baratos e sem complicações

Queda no preço dos móveis enche os olhos dos consumidores. Mas os profissionais do segmento de arquitetura e decoração orientam que é preciso estar atento para que o barato não saia caro
1. As profissionais da AK Interiores orientam os consumidores a terem cuidado com diversos detalhes que, se não observados, podem comprometer a segurança do projeto: dobradiças, parafusos, cantos, estrados e acabamentos em geral (Foto: Henrique Falci)
2. As designers de interiores da VS Design explicam que a orientação de um profissional pode ajudar o cliente a escolher os móveis ideais e a se atentarem a detalhes como: escolher a cortina perfeita para evitar a incidência do sol sobre os móveis (Foto: Alexandre Lima)
Uma boa notícia foi anunciada esta semana: devido à redução estabelecida pelo governo da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o preço dos móveis terá uma queda que poderá variar de 5 a 8%. A novidade certamente irá incentivar aqueles que desejam adquirir móveis para a sua casa a aproveitarem o bom momento. Mas, atenção, antes de sair correndo para a primeira loja, é preciso levar em conta alguns cuidados.
O primeiro deles é avaliar uma série de quesitos evitando uma compra impulsiva de um objeto que não se adapte à sua realidade. "É importante observar a qualidade do móvel, sua estrutura, os materiais utilizados e os acabamentos. Depois é fundamental pensar se ele tem o tamanho adequado ao espaço e se servirá bem para a função desejada", analisam as designers de interiores Ana Karina Chaves e Klazina Norden, da AK Interiores. Por isso, muitas vezes, a contratação de um profissional especializado para orientá-lo na compra faz toda a diferença. "Quando se desenvolve um projeto, o espaço é estudado para que os móveis ocupem dimensões adequadas e atendam às necessidades dos clientes. Diversos aspectos devem ser levados em conta, como a ergonomia, a funcionalidade e a durabilidade. Detalhes como a cortina ideal para que o móvel não queime com a luz solar que todo dia atinge o mesmo ponto do ambiente são fatores levados em conta. Observamos também as cores ideais para aumentar o local, dando a sensação de amplitude e bem estar, a iluminação focada para uma área de trabalho específica ou para um quarto de bebê, que não pode possuir uma luz diretamente voltada para a criança", enumeram as designers de interiores Fabiana Visacro e Laura Santos, da VS Design.
Além de observar a estética, a durabilidade e a adequação dos móveis, os profissionais também chamam a atenção para a questão da segurança. "Se uma mesa é 10cm maior que o espaço reservado para ela, pode gerar o risco de a pessoa esbarrar nela toda vez que estiver circulando pelo local", exemplificam as profissionais da VS Design. As designers da AK Interiores completam: "É importante verificar detalhes como dobradiças, parafusos, cantos, estrados e acabamentos em geral da peça para que não haja acidentes no dia a dia. Além disso, uma cadeira ou sofá mal escolhidos, por exemplo, podem gerar danos sérios à coluna".
Outro fator a ser levado em conta na hora de adquirir um móvel é o comprometimento e a qualidade dos fornecedores. "Sempre procure um fornecedor indicado por um profissional da área, pois eles lidam com estes serviços no dia a dia e sabem as empresas certas, que cumprem o prazo e que são de confiança. Outra dica é nunca adquirir produtos só porque estão em promoção, pois como diz o ditado popular 'às vezes o barato pode sair caro'", ponderam Fabiana Visacro e Laura Santos.
Já para os que não resistem à tentação de uma compra pela internet, Ana Karina Chaves e Klazina Norden avisam: "Quando a pessoa já conhece o móvel e o fornecedor - exemplo: uma poltrona Barcelona de uma loja conceituada - não vemos problema na compra virtual. Mas se não há este conhecimento prévio, o ideal é a compra nas lojas físicas, pois dá a oportunidade de experimentar o conforto e analisar melhor os materiais e acabamentos do móvel". Além disso, é importante lembrar que, muitas vezes, uma foto exibida na Internet pode não condizer com a realidade e o transporte ainda pode danificar o produto. Se cercando de todos esses cuidados, a queda do preço dos móveis poderá ser aproveitada da melhor forma possível.
(Com informações de Ana Paula Horta e Fernanda Pinho, da Mão Dupla Comunicação)

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