Por Dora Kramer
O Palácio do Planalto não quer ver, amanhã ou depois, as manchetes relatando a queda do "sétimo ministro em menos de um ano de governo", compreende-se.
De fato não deve ser agradável assistir "à imprensa derrubando ministros de 15 em 15 dias", como disse o secretário-geral da Presidência que, aos primeiros acordes do último (no sentido de ser o mais recente) escândalo da Esplanada, declarou-se "cansado" de tanto administrar crises na equipe.
Admirável a franqueza de Gilberto Carvalho: admite que os ministros só perderam os respectivos lugares porque foram expostos ao público e reconhece que tudo tem um limite. Até a intolerância com o "malfeito".
Na verdade isso já estava mais ou menos claro devido ao desconforto governista diante do entusiasmo geral com a dita "faxina". Apenas ninguém "de dentro", tão próximo ao cotidiano da presidente, havia transferido de papel passado a autoridade dela para a imprensa.
Uma visão equivocada, pois os meios de comunicação só acabaram assumindo o lugar de protagonista porque o governo preferiu ficar de coadjuvante na história, olhando a banda passar enquanto esse problema de convênios fraudulentos seja com ongs, prefeituras ou sindicatos só se acumulava ao longo dos últimos anos.
Agora vem um decreto tratando como excepcionalidade o que deveria ser a mais básica das regras.
Fonte: Jornal "O Estado de S. Paulo"
O Palácio do Planalto não quer ver, amanhã ou depois, as manchetes relatando a queda do "sétimo ministro em menos de um ano de governo", compreende-se.
De fato não deve ser agradável assistir "à imprensa derrubando ministros de 15 em 15 dias", como disse o secretário-geral da Presidência que, aos primeiros acordes do último (no sentido de ser o mais recente) escândalo da Esplanada, declarou-se "cansado" de tanto administrar crises na equipe.
Admirável a franqueza de Gilberto Carvalho: admite que os ministros só perderam os respectivos lugares porque foram expostos ao público e reconhece que tudo tem um limite. Até a intolerância com o "malfeito".
Na verdade isso já estava mais ou menos claro devido ao desconforto governista diante do entusiasmo geral com a dita "faxina". Apenas ninguém "de dentro", tão próximo ao cotidiano da presidente, havia transferido de papel passado a autoridade dela para a imprensa.
Uma visão equivocada, pois os meios de comunicação só acabaram assumindo o lugar de protagonista porque o governo preferiu ficar de coadjuvante na história, olhando a banda passar enquanto esse problema de convênios fraudulentos seja com ongs, prefeituras ou sindicatos só se acumulava ao longo dos últimos anos.
Agora vem um decreto tratando como excepcionalidade o que deveria ser a mais básica das regras.
Fonte: Jornal "O Estado de S. Paulo"
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