Solução para a escassez de mão de obra na construção civil

A escassez de mão de obra na construção civil faz com que empresas do setor apostem na valorização dos colaboradores para não perder profissionais para a concorrência. O objetivo é envolvê-los nos processos para que se sintam parte integrante da organização

1. O programa Construir possui três pilares. O primeiro diz respeito a conscientização da importância da organização e limpeza no ambiente de trabalho; 2. O segundo pilar tem como foco a gestão participativa; 3. O terceiro pilar se encarrega do desenvolvimento e integração dos colaboradores; 4. Valorização do trabalhar. É nisso que a Construtora Carrara investe para não perder o profissional para a concorrência (Fotos: Antonio Carlos)

Todo mundo já sabe que o grande problema da construção civil é a falta de mão de obra. Mais que isso - a ausência de profissionais qualificados. O que se vê é uma enxurrada de publicações apontando as dificuldades que a carência de trabalhadores causa ao setor ou pesquisas reforçando a escassez de mão de obra. Todavia, ninguém aponta qual seria a solução ou a estratégia mais viável, para solucionar esse que é o grande empecilho para o avanço da construção civil no país.
Uma vez que encontrar profissionais qualificados está mais difícil, a Construtora Carrara aposta na valorização do trabalhador integrando-o à empresa e criando um ambiente mais agradável. "Buscamos envolver todos os nossos colaboradores nas ações promovidas pela construtora. Para isso, desenvolvemos constantemente ações de comunicação interna. Também investimos em formação profissional para que todos possam ter a oportunidade de ganhar promoções de cargos e ainda melhorar o desempenho profissional de cada um", defende a diretora comercial/administrativa da empresa, Luciana Castro de Morais.
De fato, a construtora acredita que o caminho para não perder a mão de obra, tão escassa, para a concorrência é motivar e valorizar o profissional. Por isso, a Carrara implantou o Programa Construir. "Esse programa é uma plataforma de relacionamento e comunicação direcionada aos colaboradores, em todos os níveis hierárquicos, da empresa. O objetivo é construir e contribuir para a excelência dos processos da organização, além da integração e capacitação dos colaboradores", explica Luciana.
O programa consiste em três pilares. O primeiro diz respeito à organização e limpeza. O segundo pilar tem como foco a gestão participativa. Nessa etapa são aplicadas ações com o intuito de estimular a participação dos colaboradores e medidas para a melhora dos processos e atividades da organização. Por fim, o terceiro pilar se ocupa com desenvolvimento e integração entre as pessoas. A intenção é que as informações cheguem a todos da maneira mais clara possível, que haja aumento da produtividade nas obras e que a ação proporcione o crescimento profissional por meio de recursos que possam capacitar os profissionais e motivá-los a buscar crescimento contínuo no trabalho e na vida.
Os colaboradores dão seu depoimento sobre a iniciativa da empresa. "Com o programa Construir, temos atividades recreativas, como o Campeonato de Futebol. Isso gera afinidade com o colega de trabalho, proporcionando o diálogo. Agora, conseguimos aprender mais, e temos mais entusiasmo para trabalhar", relata o servente Carlos Eduardo Martins. Quem também aprova o programa Construir é Alenaldo Santos Pereira, meio oficial: "Essa ideia está sendo ótima para nosso desenvolvimento pessoal e profissional. A equipe está mais unida". Já o pedreiro Ivan Carlos da Silva, lembra que o ambiente de trabalho está mais limpo e organizado e que todos estão participando mais dos processos internos da organização.
Para a diretora da Carrara, os pontos fortes do projeto são: "Envolvimento das pessoas nas atividades e decisões da empresa, maior valorização do colaborador, treinamento técnico e comportamental das pessoas, além da maior qualidade na comunicação entre os profissionais e a liderança da construtora. Esse programa permite que todos nós possamos crescer juntos", ressalta.
(Com informações de Ana Paula Horta e Fernanda Pinho, da Mão Dupla Comunicação)