Do jornalista Glauco Wanderley, coordenador de jornalismo da Rádio Subaé AM, em texto publicado no Facebook, "Já vi esse filme antes, mas com outros atores":
No primeiro dia de trabalho na Rádio Subaé, o último dia de outubro, incomodado com qualquer coisa que falei, o deputado José Neto (PT), me advertiu: "Você não sabe o dia de amanhã".
No dia 18 de novembro, falei no programa "Subaé Notícias" que a princípio o Governo do Estado fez "ouvido de mercador" para as queixas sobre a BR-324, mas felizmente, diante do clamor popular, tinha comprado a brigado e prometido providências. Minha fala sobre o tema durou 20 segundos.
O deputado quis rebater, o que é um direito - e até um dever - dele, que evidentemente foi concedido. Apenas pedi que fosse objetivo e avisei Carlos Geilson que ele estaria no telefone e iria falar.
Geilson anunciou o deputado, ressaltando que dentro de três minutos entraria no ar (às 7h30) o "Informe Subaé".
Neto falou e não parou. Geilson chamou no ar: "Deputado". Ele pareceu não ouvir. Após cinco minutos, mandei cortar a ligação, afirmei que os cinco minutos me pareciam tempo suficiente para a argumentação dele e chamei Rivaldo Ramos para ler o "Informe".
Nesta quinta-feira, 24, por volta de 8h30, o deputado telefonou para a rádio e me perguntou se já tínhamos noticiado uma audiência pública sobre rádios comunitárias. Mal tive tempo de pronunciar "não" e do outro lado da linha ela já interpretava a resposta, dizendo que não foi noticiado porque tinha vindo dele. Seria uma "perseguição", concluiu. Poucos segundos depois, estava gritando. Em meio aos gritos, avisou que falaria com o secretário Robinson Almeida para cortar os anúncios do governo na rádio, já que "não tinha espaço".
Naturalmente eu tentava falar, mas do outro lado só vinham mais "argumentos" embalados em gritos. Tentei me despedir com alguns "bom dia", igualmente em vão, diante do que fui obrigado a bater o telefone.
Já que não pude falar, escrevo. Escreverei sempre.
Posso não estar mais na rádio amanhã, depois de amanhã, ano que vem.
Só não posso é deixar de me insurgir contra prepotência, imposições e intolerância à crítica, aspectos que limitam as possibilidades deste atuante e trabalhador deputado petista.
Afinal, não sou assessor de José Neto. Não sou nomeado pelo governo. As ameaças dele não me dizem nada. Contra mim, não se pode praticar o assédio moral que infelicita e até adoece assessores.
Constantemente lideranças políticas de todos os matizes e partidos de Feira de Santana são criticadas por mim. Várias destas lideranças preferiam me ver pelas costas. Nenhuma, com exceção do ex-advogado dos excluídos, age com este destempero e arroubos de ditador. Demonstram ser pessoas que compreendem o sentido das palavras democracia, liberdade de imprensa, liberdade de pensamento e de expressão.
Coordenando o dia a dia do jornalismo na Rádio Subaé, estou a serviço desses ideais da profissão, que professo com sagrada dedicação.
Estou a serviço também dos ouvintes.
Junto com os colegas, demos uma virada no jornalismo da emissora, que já é reconhecida aqui e alhures.
Se nos deixarem, continuaremos a fazê-lo.
Se não deixarem, não tem problema.
Só não conseguirão me transformar em porta voz de governo, porque isso não é jornalismo. Muito menos conseguirão me transformar em capacho.
No primeiro dia de trabalho na Rádio Subaé, o último dia de outubro, incomodado com qualquer coisa que falei, o deputado José Neto (PT), me advertiu: "Você não sabe o dia de amanhã".
No dia 18 de novembro, falei no programa "Subaé Notícias" que a princípio o Governo do Estado fez "ouvido de mercador" para as queixas sobre a BR-324, mas felizmente, diante do clamor popular, tinha comprado a brigado e prometido providências. Minha fala sobre o tema durou 20 segundos.
O deputado quis rebater, o que é um direito - e até um dever - dele, que evidentemente foi concedido. Apenas pedi que fosse objetivo e avisei Carlos Geilson que ele estaria no telefone e iria falar.
Geilson anunciou o deputado, ressaltando que dentro de três minutos entraria no ar (às 7h30) o "Informe Subaé".
Neto falou e não parou. Geilson chamou no ar: "Deputado". Ele pareceu não ouvir. Após cinco minutos, mandei cortar a ligação, afirmei que os cinco minutos me pareciam tempo suficiente para a argumentação dele e chamei Rivaldo Ramos para ler o "Informe".
Nesta quinta-feira, 24, por volta de 8h30, o deputado telefonou para a rádio e me perguntou se já tínhamos noticiado uma audiência pública sobre rádios comunitárias. Mal tive tempo de pronunciar "não" e do outro lado da linha ela já interpretava a resposta, dizendo que não foi noticiado porque tinha vindo dele. Seria uma "perseguição", concluiu. Poucos segundos depois, estava gritando. Em meio aos gritos, avisou que falaria com o secretário Robinson Almeida para cortar os anúncios do governo na rádio, já que "não tinha espaço".
Naturalmente eu tentava falar, mas do outro lado só vinham mais "argumentos" embalados em gritos. Tentei me despedir com alguns "bom dia", igualmente em vão, diante do que fui obrigado a bater o telefone.
Já que não pude falar, escrevo. Escreverei sempre.
Posso não estar mais na rádio amanhã, depois de amanhã, ano que vem.
Só não posso é deixar de me insurgir contra prepotência, imposições e intolerância à crítica, aspectos que limitam as possibilidades deste atuante e trabalhador deputado petista.
Afinal, não sou assessor de José Neto. Não sou nomeado pelo governo. As ameaças dele não me dizem nada. Contra mim, não se pode praticar o assédio moral que infelicita e até adoece assessores.
Constantemente lideranças políticas de todos os matizes e partidos de Feira de Santana são criticadas por mim. Várias destas lideranças preferiam me ver pelas costas. Nenhuma, com exceção do ex-advogado dos excluídos, age com este destempero e arroubos de ditador. Demonstram ser pessoas que compreendem o sentido das palavras democracia, liberdade de imprensa, liberdade de pensamento e de expressão.
Coordenando o dia a dia do jornalismo na Rádio Subaé, estou a serviço desses ideais da profissão, que professo com sagrada dedicação.
Estou a serviço também dos ouvintes.
Junto com os colegas, demos uma virada no jornalismo da emissora, que já é reconhecida aqui e alhures.
Se nos deixarem, continuaremos a fazê-lo.
Se não deixarem, não tem problema.
Só não conseguirão me transformar em porta voz de governo, porque isso não é jornalismo. Muito menos conseguirão me transformar em capacho.
Um comentário:
POIS EH! O DEPUTADO ZÉ NETO AMADURECEU, ESTA BEM CALMINHO! COMEÇOU BEM A SUA CAMPANHA, PELO PT, PARA PREFEITO DE FEIRA DE SANTANA.IMAGINE QUANDO OS ADVERSARIOS COMEÇAREM A PERGUNTAR AO MESMO O QUE O GOVERNO DELE FEZ OU VAI FAZER POR NOSSA CIDADE. KKKKKK...
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