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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A nova era das comunicações, os sites e blogs na Bahia

Por Tasso Franco

Estamos vivendo, literalmente, uma revolução nas comunicações e os sites e blogs, a mídia da web (Internet) são meios cada vez mais populares para expressar opiniões que não têm ressonância na mídia tradicional.
Evidente que ninguém substitui ninguém, um meio é complementar do outro desde quando Gutemberg inventou a tipologia gráfica e reduziu o poder dos monges copistas até então donos do saber.
A imprensa escrita surgiu e foi complementada pelo rádio, o primeiro veículo de massa e que parecia sepultar o meio escrito, depois superado pela televisão, mas ainda hoje cumprindo seu papel e até vivendo um novo dinamismo.
E desponta, recentemente, essa nova era da Internet que chegou com toda força, que une, agrega, desafia, admoesta, revoluciona, populariza a produção e reúne tudo num mesmo veículo de informação, a escrita, a voz (o rádio) e a voz/imagem (TV) com os complementos adicionais que nenhum outro veículo possui como a interatividade e a acessibilidade onde quer que se esteja.
O site Wikileaks comandado pelo australiano Julian Assenge e um grupo de amigos, hackeres, técnicos em informática e apaixonados pela Internet e pela liberdade de expressão plena colocaram o último prego no caixão da diplomacia clássica e com seu jornalismo, há quem duvide de que isso seja jornalismo, e a forma como opera a notícia, brutamente, mexeu com o segmento da informação em todo planeta.
É uma revolução no mundo da mídia e Assange quando difundiu o vídeo "Collateral Murder", em 2007, sobre um ataque de helicóptero Apache a inocentes num subúrbio de Bagdá com morte de dois jornalistas da Reuteres (você pode assistir no Youtube ou em http://www.wikileaks.org/) e as milhares de mensagens secretas do Pentágno, das Guerras do Afeganistão e Iraque, teve a preopcupação de compartilhar/interagir com três gigantes da mídia impressa, "The Guardian" (inglês), "The New York Times" (norte-americano) e "Der Spigel" (alemão), numa primeira rodada, e depois agregando o "El Pais" (Espanha) e "Le Monde" (França) nessa difusão e cada um desses veículos adotou métodos e princípios jornalísticos adicionando novas informações e investigações.
Participamos, pois, de um momento de confronto entre duas culturas (e ao mesmo tempo de interação): a do jornalismo denso, da mídia tradicional, que segue as mormas e regras da moda antiga, com ética jornalistica ouvindo dois e mais lados, e um grupo de pessoas que luta pela liberdade de expressão de outra maneira, de forma mais ágil, mais opinativa atuando como patrões de si mesmas, um meio mais popular da informação preservando a ética, desde que não calunie as pessoas nem publique inverdades.
Os sites e blogs têm redações bem mais enxutas, não necessitam de grandes estruturas, trabalham com a comunicação de forma mais pura, mais bruta, diria assim, entendendo-se aí a notícia mais próxima das suas comunidades, real, e isso é algo extremamente novo no jornalismo.
Nenhum de nós pode concorrer com as midias tradicionais em termos de cobertura. Seria impossível para o Bahia Já, que tem dez pessoas entre a redação e colaboradores, disputar com "A Tarde", que tem 200 profissionais na sua planta de impresso, rádio e web. Mas, quando focamos um determinado assunto podemos ser mais competitivos e mais ágeis do que a mídia tradicional e colocamos enfoques especiais, os quais normalmente não interessam aos grandes, muitos dos quais atrelados a compromissos comerciais que os impedem de agir.
Veja o que aconteceu, recentemente, no "CQC" da Band, no episódio de Rafinha Bastos, um ex-jogador de futebol, Ronaldo, o Fenômeno, camarada que sempre foi mimado pela mídia, até mesmo quando "amarelou" na Copa da França, se achou no direito de induzir uma empresa a boicotar o programa com seu comercial. E a Band cedeu e o "CQC" cedeu e nunca mais serão os mesmos. E isso só veio a conhecimento do público pelas redes sociais, pela Internet, pela imprensa livre, ainda que Rafinha tenha culpa no cartório pelas bobagens que disse, o que é outra história.
Observe também o que acontece, por exemplo, na capital baiana, com dois sites do Subúrbio Ferrroviário de Salvador ("Subúrbio News", "Subúrbio Notícias") área que só tinha espaço na mídia tradicional quando ocorriam crimes, os quais, hoje refletem de forma muito objetiva a realidade dos seus bairros, a cultura, o esporte, comportamento, a moda, a vida social. E agiram, recentemente, no protesto contra o fechamento de uma escola por parte do Governo do Estado. Quem faria esse papel senão eles e a complementariedade de nosotros?
Assim também atuam no interior do Estado centenas de sites e blogs como o "Calila" (Conceição do Coité), "Blog do Anderson" (Vitória da Conquista), "Blog do Gusmão" (Ilhéus), "Geraldo José" (Juazeiro), "Clériston Silva" (Serrinha), "Teixeira News" (Teixeira), "O Latinha" (Guanambi), "Sollo" (Porto Seguro), "Radar 64" (Eunápolis), "Brumado Notícias" (Brumado), "Acorda Cidade" (Feira), "Jânio Rêgo" (Feira), Blog Demais (Feira), "Blog do Kuelho" (Feira), "Blog do Bené" (Itabuna), "Pimenta" (Itabuna), "ZDA" (Barreiras), "RF Notícias" (Morro do Chapéu), "FPombalense" (Ribeira do Pombal), "iCaetité" (Caetité), "Notícias do Monte" (Monte Santo), "PauloAfonso de Fato" (Paulo Afonso), "Tribuna Popular" (Guanambi), "L12" (Livramento), "Blog do Modesto" (Barreiras), "SDmania" (São Desidério), "Canudosnet" (Canudos) e outros.
Estima-se que exitem na Bahia algo em torno de 700 a 1000 blogs e sites só de jornalismo/notícias, isso sem considerar os específicos em entretenimento, culinária, informática, serviços, transportes e outros. Trata-se de um fenômeno nunca visto na comunicações. Só em Salvador são mais de 30; em Feira, mais de 20; Ilhéus mais de 10; numa profusão impressionante.
Que mídia tradicional poderia fazer o que faz o "Blog do Gusmão", em Ilhéus, ao estampar um banner com a foto de uma deputada e os dizeres: "Blog censurado por denunciar fatos suspeitos que envolvem a deputada Angela Souza"; em Érico Cardoso, nos confins da Bahia, um jornalista escreve sobre a censura patrocinada por um ex-deputado mensaleiro; em Saúde, o prefeito persegue um blogueiro; o jornalista Ederivaldo Benedito, do "Blog do Bené", é agredido pela PM em Itabuna por se recusar a entregar imagens de um comportamento agressivo da polícia na Parada Gay; a jornalista Célia Castro sofre processo judicial praticado pelo prefeito de São Desidério, este considerado autoritário.
Para discutir essas e outras questões, para atuar na defesa da liberdade de expressão e contra qualquer conselho de comunicação e outros que venham tentar podar esse trabalho, um grupo de jornalistas e radialistas fundou a Associação Baiana de Jornalismo Digital (ABJD), que será instalada, oficialmente, no próximo mês.
A ABJD será a porta-voz dessa nova era, diria, ainda pouca compreendida pelas agências de publicidade e algumas empresas que não enxergam essa nova realidade e que chega com força total, sem retorno, democratizando de vez a comunicação, a informação pura, agora também com a inestimável ajuda das mídias sociais e dos grupos interativos, em todas as frentes.
Fonte: "Bahia Já"

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