Por Arthurius Maximus
Quando Lula tirou Dilma da cartola e a lançou candidata à presidência, os grandes argumentos eram sua capacidade de gestão, sua firmeza de caráter e a dureza com a qual tratava os desvios de conduta de seus subordinados.
Na prática, todas as pessoas que tinham capacidade crítica, isenção ideológica e um mínimo de discernimento sobre o jogo sujo que é praticado na política nacional já sabiam que Dilma seria um mero joguete nas mãos do PMDB, de José Dirceu e do próprio Lula.
Para aqueles que duvidavam, ainda na campanha eleitoral, José Dirceu deixou sua intenção de "moldar" a presidência de Dilma à sua vontade naquele famoso discurso proferido para militâncias sindicais da Bahia. Na ocasião, Dirceu foi bem claro ao afirmar que no governo Lula não tinha conseguido impor uma linha mais dura e retrógrada (ideologicamente falando) e nem imposto ao Brasil seu ideal de mídia controlada; estado aparelhado e atuando em prol do partido e povo escravizado aos ideais únicos ditados pelos "filósofos" petistas. Em suas exatas palavras, Lula era "grande demais" e o PT não tinha como controlá-lo. Já com Dilma, isso seria diferente e ele seria capaz de impor "um ritmo mais acelerado" de "mudanças necessárias" para acabar com o "excesso de liberdade" que havia na imprensa e na sociedade brasileira.
Dilma ganhou e, num primeiro momento, chegou mesmo a encantar até quem a criticava com uma postura republicana e nada espetaculosa de governar. Infelizmente, a coisa não durou um mês. Bastou os números da inflação e das contas públicas começarem a ir "para o vinagre" (graças à má gestão de Lula) para que a banda petista que idolatrava o ex-presidente pular no pescoço de Dilma e exigir que Lula fosse "preservado".
Assim, ao invés de expor o problema e tratar com a dureza necessária a fome de gastos e o mau costume dos aliados de refestelarem-se nos cofres públicos (costume assegurado por Lula), Dilma foi obrigada a acomodar-se e a aceitar os "pitacos" dos caciques petistas; notadamente José Dirceu.
Não tardou para que as primeiras denúncias de corrupção estourassem e o governo mergulhasse numa crise institucional paralisante (que dura até hoje). Dilma tentou por um fim a farra e ameaçou iniciar uma limpeza política nos ministérios e nos cargos de confiança como forma de retirar dos postos importantes os indicados por Lula e pelos partidos aliados que não estavam alinhados com sua filosofia de governança.
O que aconteceu? O ex-presidente Lula rematerializou-se na casa do presidente do Senado, José Sarney, e despachou diretamente com ministros, deputados e senadores da base aliada; firmando compromissos e acordos (como se presidente de fato fosse) que depois foram comunicados a Dilma para que desse cumprimento ao acertado.
A flagrante descompostura resultante disso jogou por terra qualquer chance de Dilma governar livremente e acabou com a vontade da presidente de limpar a área e não deixar seu governo cair no marasmo das denúncias sem fim e das negociatas estourando a toda hora.
A partir deste momento, ficou claro à nação que quem governa o país não é Dilma; mas sim a cúpula petista e peemedebista. O episódio mais recente desse dantesco governo acabou de ser cunhado no momento da demissão do ministro do Esporte, Orlando Silva.
Sob denúncias comprovadas de um esquema montado pelo PC do B para utilizar os projetos do ministério como fonte arrecadadora para os caixas do partido e como gerador de receita para aliados, apadrinhados e outros "amigos dos amigos", desde a época de Agnelo Queiroz (no governo Lula); Dilma rendeu-se de forma vexaminosa aos caciques partidários e manteve o PC do B em seu feudo; nomeando para a pasta o indefectível Aldo Rebelo (cujo irmão, Apolinário Rebelo vice-presidente do PC do B-DF, é apontado como arrecadador do esquema).
Sem considerarmos o fato de ter mantido a mesma matilha de lobos controlando o galinheiro (trocando apenas o "Lobo Mau" da vez); Dilma manteve-se calada, impassível e distante durante todo o processo; não vindo a público nem quando as provas (que todos diziam não existir) vieram à tona e desmascararam a farsa de Orlando Silva e do PC do B.
A imagem de "durona", "administradora capaz" e "gestora implacável" deu lugar a uma imagem de extrema fraqueza ética, gestão desastrosa e total incapacidade de se desvencilhar do fantasma de José Dirceu que instalou um gabinete paralelo em Brasília e despacha com ministros, deputados, senadores e dirigentes de estatais como se função primordial de governo detivesse.
Para Dilma, fica cada vez mais clara e definida a imagem de "poste" e de alguém que foi colocado em um lugar que não merecia e para o qual não detinha qualquer talento; meramente colocada para "tapar o buraco" de uma eleição que todos queriam perder porque sabiam que viriam tempos difíceis, provocados pelos desmandos tresloucados de Lula e pela crise mundial que se agravava, causando inflação, descontrole econômico e alguma possibilidade de impopularidade.
Assim, estariam a salvo a imagem messiânica de Lula (que voltaria como salvador em 2014) e a mensagem oposicionista "eu não te disse?" se manteria como um mantra que garantiria a paternidade do desastre aos governos petistas; garantindo a possibilidade de uma oposição mais forte e de uma volta triunfante com Aécio Neves nesta mesma eleição.
E você leitor, o que pensa disso?
Fonte: www.visaopanoramica.com
Quando Lula tirou Dilma da cartola e a lançou candidata à presidência, os grandes argumentos eram sua capacidade de gestão, sua firmeza de caráter e a dureza com a qual tratava os desvios de conduta de seus subordinados.
Na prática, todas as pessoas que tinham capacidade crítica, isenção ideológica e um mínimo de discernimento sobre o jogo sujo que é praticado na política nacional já sabiam que Dilma seria um mero joguete nas mãos do PMDB, de José Dirceu e do próprio Lula.
Para aqueles que duvidavam, ainda na campanha eleitoral, José Dirceu deixou sua intenção de "moldar" a presidência de Dilma à sua vontade naquele famoso discurso proferido para militâncias sindicais da Bahia. Na ocasião, Dirceu foi bem claro ao afirmar que no governo Lula não tinha conseguido impor uma linha mais dura e retrógrada (ideologicamente falando) e nem imposto ao Brasil seu ideal de mídia controlada; estado aparelhado e atuando em prol do partido e povo escravizado aos ideais únicos ditados pelos "filósofos" petistas. Em suas exatas palavras, Lula era "grande demais" e o PT não tinha como controlá-lo. Já com Dilma, isso seria diferente e ele seria capaz de impor "um ritmo mais acelerado" de "mudanças necessárias" para acabar com o "excesso de liberdade" que havia na imprensa e na sociedade brasileira.
Dilma ganhou e, num primeiro momento, chegou mesmo a encantar até quem a criticava com uma postura republicana e nada espetaculosa de governar. Infelizmente, a coisa não durou um mês. Bastou os números da inflação e das contas públicas começarem a ir "para o vinagre" (graças à má gestão de Lula) para que a banda petista que idolatrava o ex-presidente pular no pescoço de Dilma e exigir que Lula fosse "preservado".
Assim, ao invés de expor o problema e tratar com a dureza necessária a fome de gastos e o mau costume dos aliados de refestelarem-se nos cofres públicos (costume assegurado por Lula), Dilma foi obrigada a acomodar-se e a aceitar os "pitacos" dos caciques petistas; notadamente José Dirceu.
Não tardou para que as primeiras denúncias de corrupção estourassem e o governo mergulhasse numa crise institucional paralisante (que dura até hoje). Dilma tentou por um fim a farra e ameaçou iniciar uma limpeza política nos ministérios e nos cargos de confiança como forma de retirar dos postos importantes os indicados por Lula e pelos partidos aliados que não estavam alinhados com sua filosofia de governança.
O que aconteceu? O ex-presidente Lula rematerializou-se na casa do presidente do Senado, José Sarney, e despachou diretamente com ministros, deputados e senadores da base aliada; firmando compromissos e acordos (como se presidente de fato fosse) que depois foram comunicados a Dilma para que desse cumprimento ao acertado.
A flagrante descompostura resultante disso jogou por terra qualquer chance de Dilma governar livremente e acabou com a vontade da presidente de limpar a área e não deixar seu governo cair no marasmo das denúncias sem fim e das negociatas estourando a toda hora.
A partir deste momento, ficou claro à nação que quem governa o país não é Dilma; mas sim a cúpula petista e peemedebista. O episódio mais recente desse dantesco governo acabou de ser cunhado no momento da demissão do ministro do Esporte, Orlando Silva.
Sob denúncias comprovadas de um esquema montado pelo PC do B para utilizar os projetos do ministério como fonte arrecadadora para os caixas do partido e como gerador de receita para aliados, apadrinhados e outros "amigos dos amigos", desde a época de Agnelo Queiroz (no governo Lula); Dilma rendeu-se de forma vexaminosa aos caciques partidários e manteve o PC do B em seu feudo; nomeando para a pasta o indefectível Aldo Rebelo (cujo irmão, Apolinário Rebelo vice-presidente do PC do B-DF, é apontado como arrecadador do esquema).
Sem considerarmos o fato de ter mantido a mesma matilha de lobos controlando o galinheiro (trocando apenas o "Lobo Mau" da vez); Dilma manteve-se calada, impassível e distante durante todo o processo; não vindo a público nem quando as provas (que todos diziam não existir) vieram à tona e desmascararam a farsa de Orlando Silva e do PC do B.
A imagem de "durona", "administradora capaz" e "gestora implacável" deu lugar a uma imagem de extrema fraqueza ética, gestão desastrosa e total incapacidade de se desvencilhar do fantasma de José Dirceu que instalou um gabinete paralelo em Brasília e despacha com ministros, deputados, senadores e dirigentes de estatais como se função primordial de governo detivesse.
Para Dilma, fica cada vez mais clara e definida a imagem de "poste" e de alguém que foi colocado em um lugar que não merecia e para o qual não detinha qualquer talento; meramente colocada para "tapar o buraco" de uma eleição que todos queriam perder porque sabiam que viriam tempos difíceis, provocados pelos desmandos tresloucados de Lula e pela crise mundial que se agravava, causando inflação, descontrole econômico e alguma possibilidade de impopularidade.
Assim, estariam a salvo a imagem messiânica de Lula (que voltaria como salvador em 2014) e a mensagem oposicionista "eu não te disse?" se manteria como um mantra que garantiria a paternidade do desastre aos governos petistas; garantindo a possibilidade de uma oposição mais forte e de uma volta triunfante com Aécio Neves nesta mesma eleição.
E você leitor, o que pensa disso?
Fonte: www.visaopanoramica.com
Um comentário:
Dilma se deixou usar, agora terá que arcar com a figura horrorosa que faz. Prá ela, num futuro sem Lula, só sombras. Ainda há três anos e se ela quisesse e Lula deixasse, poderia reverter êsse quadro, mas o pegajoso falastrão parece até o Herculano Quintanilha da novela...está em todos os lugares, some como fumaça ou reaparece das cinzas, quando interessa. Se pelo menos desse espaço pro poste estar aceso e mostrar alguma coisa que preste...
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