Nivelamento da Previdência Social fica cada vez mais por baixo

De Sérgio Oliveira

Comparação entre as quantidades de benefícios da Previdência Sociaç em salários mínimos, de setembro de 2002 a agosto de 2010.
Setembro de 2003
2,2% recebiam menos de um salário mínimo;
63% recebiam um salário mínimo;
12,5% recebiam de 1 a 2 salários mínimos;
7% recebiam de 2 a 3 salários mínimos;
4,8% recebiam de 3 a 4 salários mínimos;
4,4% recebiam de 4 a 5 salários mínimos;
3,1% recebiam de 5 a 6 salários mínimos;
2% recebiam de 6 a 7 salários mínimos;
0,9% recebiam de 7 a 8 salários mínimos;
0,2% recebiam mais de 8 salários mínimos.
Agosto de 2010
2,2% = menos de um salário mínimo;
66,7% = um salário mínimo;
13,8% = 1 a 2 salários mínimos;
7,3% = 2 a 3 salários mínimos;
5,6% = 3 a 4 salários mínimos;
3,4% = 4 a 5 salários mínimos;
0,9% = 5 a 6 salários mínimos;
0,1% = 6 a 7 salários mínimos;
De 7 a 8 e mais de 8 = nenhum beneficiário.
É só comparar para vermos que o nivelamento vai ficando, cada vez mais, por baixo.
Algum pestista (peste + petista) poderá dizer: o salário mínimo vale mais, vale "tantos" dólares.
Isto funciona para gente desinformada, como é o caso, por exemplo, dos aposentados, que ficam eufóricos porque estão recebendo esta "fortuna" em dólares. É uma estatística furada, tal como aquela, quando se diz que a renda per capita de uma cidade, de um Estado ou do país é de tantos dólares anuais, pois a maioria não recebe valor equivalente em todo o ano.
E se o dólar hoje, por um motivo qualquer, passasse a R$ 4,00, por exemplo? O salário mínimo continuaria a ser o mesmo.
Alguém já disse que a estatística é como a mini-saia, ou o biquini, pois mostra tudo, mas não mostra o essencial.
Dados do Regime Geral da Previdência Social, do site do Ministério da Previdência Social (RGPS).
Sérgio Oliveira, aposentado, é de Charqueadas-RS