Opção de transferência bancária para a Pessoa Física: Dimas Boaventura de Oliveira, Banco do Brasil, agência 4622-1, conta corrente 50.848-9

Clique na imagem

*

*
Clique na logo para ouvir

Pré-venda de ingressos - Orient CinePlace Boulevard

Pré-venda de ingressos - Orient CinePlace Boulevard
28/11 a 04/12: 14 - 16h10 - 18h20 - 20h30 (Dublado)

sábado, 30 de outubro de 2010

Comunistas questionam a exortação do papa a não se votar em políticos abortistas

Por Francisco Vianna (com base na imprensa internacional)
Em plena reta final da campanha presidencial - que culminará na votação de amanhã - que irá decidir qual dos dois postulantes, a petista-comunista Dilma Rousseff e o socialista moderado José Serra, para presidir o país pelo período de 2011 a 2014, a polêmica em torno do aborto se reavivou com fortes críticas da Igreja Católica, que conclamou seus fiéis a não votar na candidata petista, que prega a descriminalização da prática do aborto.
Dois reconhecidos teólogos comunistas, o frei dominicano Betto e o ex-franciscano Leonardo Boff, ambos apoiando a candidata do PT, expressaram sua repulsa à exortação do papa Bento XVI aos bispos brasileiros, considerando-a uma "intromissão no processo eleitoral".
"É uma pena que o papa Bento XVI tenha se convertido num militante da ‘direita’ e das forças conservadoras. Por que não elogia as ‘políticas sociais’ que salvam vidas?", perguntou frei Betto no Twitter, amigo de longa data e ‘assessor especial’ de Lula da Silva. "Quando será que o Papa vai condenar as guerras do Iraque e do Afeganistão ou o embargo a Cuba?", acrescentou.
Por sua vez, também através do Twitter, Leonardo Boff, um dos ideólogos da proscrita "Teologia da Libertação" (por Roma), que acabou sendo excomungado da Igreja, ressaltou: "O Papa não pode converter-se num cabo eleitoral".
No dia anterior, numa reunião com os prelados brasileiros no Vaticano, Bento XVI havia dito que os sacerdotes tinham a obrigação moral e eclesiástica de se expressarem contra o aborto e a eutanásia, inclusive quando se tratasse de discussões políticas e de promessas de cunho eleitoral. As declarações papais tiveram um grande eco em todo o Brasil porque pouco antes do primeiro turno eleitoral a candidata Rousseff - ex-chefa de gabinete de Lula e sua favorita ao governo - declarou numa entrevista à imprensa que "considerava um absurdo que o aborto ainda seja uma prática criminalizada no país e que, caso eleita, iria descriminalizar o casamento homossexual e o aborto", que hoje, quanto ao segundo, só é autorizado em casos de estupro ou de risco de morte para a gestante. Muitos analistas acreditam que esta declaração lhe tirou votos dos setores católicos e evangélicos, e a impossibilitou de vencer no primeiro turno.
Rousseff, ao invés de prometer dar uma assistência médica e social de melhor qualidade às mulheres pobres que se submetem ao aborto em condições sanitárias inadequadas, preferiu - ideologicamente - prometer a sua descriminalização, o que afronta violentamente os preceitos morais e religiosos defendidos pelos religiosos que adotam uma posição em prol da vida. De fato, a candidata comuno-petista chegou a publicar uma carta se comprometendo a não levar adiante leis que possam ir contra 'valores religiosos', o que foi visto pela maioria do eleitorado como sendo apenas uma manobra eleitoreira e demagógica.
Após as novas declarações do papa, Lula também voltou ao assunto e, sem criticar diretamente Bento XVI, minimizou o fato de que a renovada polêmica vá ter um grande peso no segundo turno eleitoral. "Este é um país democrático, laico, e, portanto, as pessoas podem se manifestar da forma que queiram", disse ele, acrescentando que não é novidade que o papa tenha se manifestado dessa forma.
O certo é que a controvérsia revelou uma face muito conservadora da sociedade brasileira, o que contrasta com a imagem "progressista" e sexualmente "liberada" que se tem do Brasil pelo mundo a fora. "Foram reafirmados valores tradicionais da cultura judaico-cristã que muita gente julgava extintos. E a religiosidade, que é muito forte nos setores mais pobres da população, permitiu reinserir esses temas na agenda política", explicou o sociólogo Brasílio Sallum Junior, da USP.

2 comentários:

Mariana disse...

Falando no papa,hoje, houve um pronunciamento do papa aos milhares de jovens que lá estiveram prá ouví-lo, sôbre o amor. Disse algo tão sério e que deveria ser meditado melhor pelos jovens e os nem tanto. Falou em como o amor está sendo banalizado na vida das pessoas. Faz-se sexo com qualquer um(a), troca-se de parceiro à torto e direito e chamam a isso de amor. E foi por aí.
AGORA, sôbre o abôrto, o lider de uma igreja tem mais é que recomendar aos seus fiéis segundo o que a igreja sempre apregoou. Nunca foi à favor do abôrto, mas da vida! E se houver a possibilidade de um candidato, ao ser eleito, sancionar alguma lei que facilite às jovens(e não só as sem recursos) abortar sempre que estiver em "apuros", então, o Papa está certíssimo. E depois, o papa sem enxergar tudo o que aqui acontece por aqui, atirou no que viu e acertou no que não viu, também.

Mariana disse...

De tanto ouvir as falas de Dilma e suas bobagens, tenho me deixado contaminar pelas suas burrices, sem querer. Por favor, não considerar um dos "aqui", em minha última frase, Dimas. Isto contamina, sabia?