Por César Maia
1. Quando se forma uma onda forte de opinião pública, ela cobre espaços que não são necessariamente os seus, quando a maré baixar. O crescimento meteórico de Dilma para os 50% das intenções de voto se enquadra nisso. Parte desse crescimento se deu por impacto do conhecimento que Dilma é a candidata de Lula. Com isso, inibe a opinião dos que não necessariamente optarão por ela.
2. Isso tem ocorrido frequentemente em várias eleições. O favorito sobe no início além de seu teto, pois o "jogo de coordenação" nas bases se dá na frente e impressiona todos os eleitores. É como fazer pesquisa uma hora depois de uma distribuição de material numa praça. A memória do nome panfletado está mais viva.
3. Com o amplo favoritismo, os excessos, nas bases, são inevitáveis. Os militantes já passam a assumir o poder e os demais a se sentirem alijados. A sobre-excitação que Lula estimula com sua presença produz um estresse de opinião. Se muito ou pouco, em breve se saberá. É como se bater com a cabeça no teto e ter que baixá-la mais do que se estivesse de pé, depois.
4. É provável que Dilma tenha batido com a cabeça no teto. Exemplos disso são os vazamentos sobre ajuste fiscal, reforma previdenciária, nomes para o ministério, frente de partidos de esquerda... Mais ainda quando seu principal parceiro - o PMDB - for sentindo a sensação que ganhou e não levou. É costume nos parlamentares que apoiam um governo torcerem para a oposição ficar mais forte para que a importância deles aumente. Isso pode estar ocorrendo. Mas há um fator "externo". Marina resiste nesse patamar dos 10%? Se resistir, pensar num segundo turno não é sonhar.
5. Ocorrendo uma provável maré vazante - por menor que seja - Dilma estará mais perto dos 45% do que dos 50%. Serra, afirmando seu piso de 30%, Marina de 10%, e os candidatos do fundo da rede, somando 3%, teremos 45% x 43%, o que é um empate com vistas ao segundo turno. Então, a campanha de Serra poderá ajudar estes movimentos e a eleição se tornar competitiva para criar um segundo turno. E lembre-se: a "abstenção" quase sempre incide mais sobre os excluídos.
Fonte: "Ex-Blog do César Maia"
2. Isso tem ocorrido frequentemente em várias eleições. O favorito sobe no início além de seu teto, pois o "jogo de coordenação" nas bases se dá na frente e impressiona todos os eleitores. É como fazer pesquisa uma hora depois de uma distribuição de material numa praça. A memória do nome panfletado está mais viva.
3. Com o amplo favoritismo, os excessos, nas bases, são inevitáveis. Os militantes já passam a assumir o poder e os demais a se sentirem alijados. A sobre-excitação que Lula estimula com sua presença produz um estresse de opinião. Se muito ou pouco, em breve se saberá. É como se bater com a cabeça no teto e ter que baixá-la mais do que se estivesse de pé, depois.
4. É provável que Dilma tenha batido com a cabeça no teto. Exemplos disso são os vazamentos sobre ajuste fiscal, reforma previdenciária, nomes para o ministério, frente de partidos de esquerda... Mais ainda quando seu principal parceiro - o PMDB - for sentindo a sensação que ganhou e não levou. É costume nos parlamentares que apoiam um governo torcerem para a oposição ficar mais forte para que a importância deles aumente. Isso pode estar ocorrendo. Mas há um fator "externo". Marina resiste nesse patamar dos 10%? Se resistir, pensar num segundo turno não é sonhar.
5. Ocorrendo uma provável maré vazante - por menor que seja - Dilma estará mais perto dos 45% do que dos 50%. Serra, afirmando seu piso de 30%, Marina de 10%, e os candidatos do fundo da rede, somando 3%, teremos 45% x 43%, o que é um empate com vistas ao segundo turno. Então, a campanha de Serra poderá ajudar estes movimentos e a eleição se tornar competitiva para criar um segundo turno. E lembre-se: a "abstenção" quase sempre incide mais sobre os excluídos.
Fonte: "Ex-Blog do César Maia"
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