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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Referências demoníacas estragam "A Princesa e o Sapo"

Vilão Facilier (E) em uma das poucas imagens divulgadas
Foto: Divulgação

Em tudo que se refere à animação "A Princesa e o Sapo", em cartaz no país e em Feira de Santana, no Orient Cineplace, nenhuma alusão aos temas de feitiçaria, magia negra e vudu contidos num filme que é destinado principalmente ao público infantil. As crianças se assustam - até choram e pedem para sair da sessão, como aconteceu na noite de terça-feira, 15 - com tantas referências demoníacas contidas.
Politicamente correto
Antes do filme ser lançado - o primeiro com uma princesa afro-descendente - , muitas discussões sobre o nome da personagem principal, “Maddy”, que soava muito como “Mammy” (como as escravas eram tratadas no Sul dos Estados Unidos) e “Addy” (supostamente um nome escravo). O filme começa com a personagem trabalhando como empregada de Charlotte, uma rica, branca e mimada debutante, o que alguns acharam que apresentava resquícios de escravidão. Não bastasse isso, o título original do filme, "The Frog Princess" (A Princesa Sapo), foi interpretado como um insulto à França, ou ao mínimo uma alfinetada na realeza francesa.
Com isso, o departamento de publicidade da Disney logo tratou de tentar dar um fim aos rumores de que o filme seria politicamente incorreto. O primeiro foi dizer que nenhuma das informações liberadas eram oficiais. Além disso, o nome da heroína foi mudado de Maddy para Princesa Tiana, e o nome do filme de "The Frog Princess" para "The Princess and the Frog".
Elementos demoníacos
Assim, houve preocupação com o politicamente correto. Mas nenhuma preocupação em carregar os elementos espirituais e demoníacos, escondidos em toda a publicidade do filme - não existem imagens divulgadas dos personagens malignos. Um deles, o malvado e sinistro Facilier, vidente, praticante de magia negra e de vodu (com cartola ilustrada com uma caveira), que a todo instante ameaça chamar os "amigos do outro lado" - aparecem figuras demoníacas. Ainda tem Mama Odie, uma velha curandeira de vodu com 200 anos.
O conto de fadas com esses elementos se passa em Nova Orleans, cidade fundada por franceses, no Sul dos Estados Unidos. Por ter muitos imigrantes, mistura estilos e culturas que podem ser vistas, principalmente, na música (jazz, bem explorado) e na culinária africana. No filme, tudo isso está contido, inclusive o Mardi Gras, uma espécie de Carnaval, ainda com carros alegóricos.
Uma pena que a volta da Disney a uma animação desenhada seja estragada com vilões como os de "A Princesa e o Sapo".

4 comentários:

Pedro Ventura disse...

A Disney disfarçava antes com insinuações demoníacas subjetivas.
Agora, escancara sem nenhum disfarce. Está tudo as claras.

Lucas Santana disse...

A mãe da protagonista que é empregada da família da Charlote, e não a própria.

A respeito do Facilier e sua turma, qual o mal de mostrar aquilo que realmente é?

E, a Mama Odie tem 197 anos, e não 200. Sendo que mais uma vez pergunto: Onde está o mal em mostrar um feiticeiro e uma curandeira vudu?

Caso não tenha entendido sua postagem, perdoe-me a ignorância.

Anônimo disse...

meu caro luck se caso você não tenha visto o filme a charlote pede para tiana para fazer uns "biscoitinhos" com farinha para a festa da chegada do principe, o que dá a entender que tiana fazia hora extra e que tiana era empregada sim de charlote, portanto antes de ficar criticando o tesxtos dos outros assista o filme com atenção e você verá que os vilões atrapalham sim, não está explicito que são coisa ruins? a mama sei que lá, é uma macunbeira e o outro lá é um demonio ( que não vou falar o nome) que chama outros, imagine vc assisntindo na sua casa, o personagem do mal está chamando espiritus do mal para sua caza. portanto não critique mas pense! otimo trabalho de quem escreveu o texto!

marina disse...

Vamos deixar umas coisas bem claras. A mãe da Tiana é costureira, e costuma (ou costumava) a fazer vestidos para Charlotte, mas ela não é sua única cliente. Tiana trabalha como garçonete e também como camareira em um hotel. Charlotte contrata Tiana por uma noite para preparar doces para a festa, oferecendo uma quantia enorme em troca. Ninguém aqui é "empregada" de ninguém. "Resquícios da escravidão" estão presentes na sociedade até hoje e com muita força, mas a garota ser contratada pela amiga por seu talento com um pagamento espetacular não está lá para representar resquícios da escravidão, e sim a força e esforço da personagem em superar suas dificuldades.


Agora, vamos sentar em rodinha e pensar um pouco. O filme representa de forma bastante criativa e única, visualmente incrível, uma oposição entre as forças do mal e do bem, magia negra e magia branca. Mama Odie é a fada madrinha da história, mas em novo estilo. Faciller é um vilão bastante carismático que meche com as forças do mal e não se dá bem. Os "amigos do outro lado" foram uma superação do estúdio, a representação foi incrível e nova, e eles possuem sim um ar sinistro, é claro! Vocês preferem lençois voadores? Algumas crianças podem ficar com medo sim, como pode acontecer em qualquer filme. Quando criança, eu ficava com muito medo toda vez que a Bruxa aparecia na janela da Branca de Neve - isso depende muito da criança. Assisti A Princesa e o Sapo duas vezes no cinema, e em nenhuma sessão as crianças demonstraram esse medo ou vontade de sair do cinema. Existem e sempre existiram animações muito mais sinistras, como Coraline e O Caldeirão Mágico, e acho todas ótimas. Os "elementos demoníacos" não estão escondidos em toda a publicidade do filme, pois aparecem no trailer rapidamente, e o Faciller aparece bastante na campanha de divulgação, seja em vídeos, cartazes ou imagens promocionais.

É tudo pura arte, uma história extremamente bem contada, visualmente surpreendente, o filme é mágico. Achei tanto a crítica (apesar de concordar em poucos pontos) quanto o comentário do Anônimo bastante fracos, intolerantes e até mesmo ignorantes, me desculpem.