Comentário de Ricardo Noblat em seu blog:
É pouco verossímel que Lina Vieira, ex-secretária da Receita Federal, não saiba o dia exato em que diz ter estado com a ministra Dilma Rousseff no Palácio do Planalto - e ouvido dela o pedido para que "agilazasse" as investigações sobre os negócios do empresário Fernando Sarney, filho do senador José Sarney.
Do mesmo modo é pouco verossímel que a ida de Lina ao palácio para uma reunião com Dilma não tenha deixado rastros nem nas dezenas de câmeras de segurança do local, nem no registro da entrada e saída de autoridades e de carros que as transportam.
Lina jamais ocuparia o cargo de Secretaria da Receita Federal se não fosse uma pessoa da absoluta confiança do governo. A identificação dela com o PT jamais foi posta em dúvida. O fato do marido dela ter sido durante um ano ministro interino do governo FHC não enfraqueceu o DNA petista de Lina.
Se a ex-chefe de gabinete dela foi capaz de lembrar que Erenice Guerra, secretária-executiva da Casa Civil, esteve no prédio da Receita Federal, e que Lina lhe disse em seguida que iria ao palácio para uma reunião com Dilma, é improvável que não tenha ficado na Receita registro sobre a data do encontro no palácio.
E por que Lina sonega a data?
Talvez porque ela não queira criar para o governo mais embaraços do que já criou ao confirmar à Folha de S. Paulo seu suposto encontro com Dilma. Foi o jornal que descobriu que houvera o encontro. E o que Dilma pedira a Lina.
A oposição aproveitou a revelação do episódio para tentar desgastar Dilma e o governo? É claro que sim. Oposição existe para cavar seu possível retorno ao poder. O PT sempre se comportou assim até chegar ao poder. Mas não foi ela que inventou o episódio.
Lina poderia ter negado à Folha o que a Folha descobriu. Ou poderia pelo menos ter-se negado a falar com o jornal. Falou. E ao fazê-lo disparou um míssel contra Dilma.
Foi brabeza para a oposição convencer Lina a aceitar o convite da Comissão de Constituição e Justiça do Senado para ir depor ali. Ela só aceitou porque a oposição garantiu que a defenderia dos ataques da tropa de choque do governo.
A serviço de quem estava Lina? Dos seus ressentimentos por ter sido demitida do cargo? De alguma ala do PT desgostosa com a escolha de Dilma para candidata à sucessão de Lula?
Faltam muitas peças para montar esse quebra-cabeça. Mas nele não se encaixa a peça que ao cabo revelaria ter sido Lina cooptada pela oposição para minar as chances de Dilma se eleger.
Lina não mudou de lado. E porque não mudou silencia sobre a data do suposto encontro.
Se quisesse, Dilma poderia processar Lina por denunciação caluniosa. Por que não o faz?
É pouco verossímel que Lina Vieira, ex-secretária da Receita Federal, não saiba o dia exato em que diz ter estado com a ministra Dilma Rousseff no Palácio do Planalto - e ouvido dela o pedido para que "agilazasse" as investigações sobre os negócios do empresário Fernando Sarney, filho do senador José Sarney.
Do mesmo modo é pouco verossímel que a ida de Lina ao palácio para uma reunião com Dilma não tenha deixado rastros nem nas dezenas de câmeras de segurança do local, nem no registro da entrada e saída de autoridades e de carros que as transportam.
Lina jamais ocuparia o cargo de Secretaria da Receita Federal se não fosse uma pessoa da absoluta confiança do governo. A identificação dela com o PT jamais foi posta em dúvida. O fato do marido dela ter sido durante um ano ministro interino do governo FHC não enfraqueceu o DNA petista de Lina.
Se a ex-chefe de gabinete dela foi capaz de lembrar que Erenice Guerra, secretária-executiva da Casa Civil, esteve no prédio da Receita Federal, e que Lina lhe disse em seguida que iria ao palácio para uma reunião com Dilma, é improvável que não tenha ficado na Receita registro sobre a data do encontro no palácio.
E por que Lina sonega a data?
Talvez porque ela não queira criar para o governo mais embaraços do que já criou ao confirmar à Folha de S. Paulo seu suposto encontro com Dilma. Foi o jornal que descobriu que houvera o encontro. E o que Dilma pedira a Lina.
A oposição aproveitou a revelação do episódio para tentar desgastar Dilma e o governo? É claro que sim. Oposição existe para cavar seu possível retorno ao poder. O PT sempre se comportou assim até chegar ao poder. Mas não foi ela que inventou o episódio.
Lina poderia ter negado à Folha o que a Folha descobriu. Ou poderia pelo menos ter-se negado a falar com o jornal. Falou. E ao fazê-lo disparou um míssel contra Dilma.
Foi brabeza para a oposição convencer Lina a aceitar o convite da Comissão de Constituição e Justiça do Senado para ir depor ali. Ela só aceitou porque a oposição garantiu que a defenderia dos ataques da tropa de choque do governo.
A serviço de quem estava Lina? Dos seus ressentimentos por ter sido demitida do cargo? De alguma ala do PT desgostosa com a escolha de Dilma para candidata à sucessão de Lula?
Faltam muitas peças para montar esse quebra-cabeça. Mas nele não se encaixa a peça que ao cabo revelaria ter sido Lina cooptada pela oposição para minar as chances de Dilma se eleger.
Lina não mudou de lado. E porque não mudou silencia sobre a data do suposto encontro.
Se quisesse, Dilma poderia processar Lina por denunciação caluniosa. Por que não o faz?
2 comentários:
Dimas,você já pensou que alavancada Dilma "poderia" ter,se provado que este episódio"Lina" fôsse alguma armação contra ela? Iriam deitar e rolar e era tudo o que eles queriam!! A primeira coisa que fariam,seria mostrar todas as fitas e com perito e tudo,prá se certificar que as fitas estavam intactas,portanto,sem visita alguma de Lina à casa civil.Mas nada.Eles simplesmente não são capazes de provar nada,porque estão sem razão.O tiro deles saiu pela culatra e a gente bem pode imaginar porque...todos aloprados.Cheios de más intenções e esperteza,mas a inteligência,deixa a desejar.Mariana
Isso é o enigma da questão e o que todos queremos saber... aí tem...
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