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sábado, 4 de agosto de 2007

Falta de pudor

Transcrito do Blog Plano Geral, de Marcos Rocha:
Ao ler os jornais de hoje, uma tremenda confusão adentrou a minha cabeça. Nunca achei que, com base na decisão do TSE de anteontem, seria fácil obter a destituição ou a perda dos mandatos dos 37 trânsfugas (eram 36, mas uma deputada do baixíssimo clero chamada Jusmari Oliveira, do ex-pefelê, também resolveu ontem pular a cerca e entrar no PR, o Partido dos Réus, quero dizer, da República).
Nos meus posts de ontem, deixava claro que a decisão final será do STF e que vai demorar, porque os parlamentares que se sentem prejudicados e os integrantes da base do Governo no Congresso vão se utilizar de todas as jogadas e de todas as chicanas parlamentares, jurídicas e processuais para retardar uma decisão final da Justiça sobre esse assunto. Ainda mais agora que eles já sabem que a decisão do STF deverá ser, muito provavelmente, contra os seus interesses, pois já são quatro votos definidos em 11, dos ministros que votarão a matéria: Marco Aurélio de Mello, Carlos Ayres Britto e Cezar Peluso, que votaram anteontem no TSE, e Celso de Mello, que se manifestou sobre o assunto hoje via imprensa. Ficam faltando apenas dois votos, nos sete restantes, para que prevaleça a decisão do TSE.
Mas também nunca imaginei que os trânsfugas e os que lhes dão cobertura no universo da política fossem tão destituídos de caráter, de moral e de princípios éticos a ponto de já estarem imaginando uma solução “criativa” e até ousada - tamanha é a sua desfaçatez e a cara-de-pau - para que não haja a perda de mandatos dos oportunistas e negocistas que trocaram de partido. Essa canalha quer agora, com a ajuda do Arlindo “Quinalha”, aprovar a toque de caixa uma lei “capaz de proteger os deputados” e “que anule o entendimento do TSE”, segundo afirmou ontem o líder do Parido dos Réus, digo, Partido da República, um tal de Luciano Castro - até outro dia uma figura apagadaça na Câmara (quem me apontar algum projeto ou ato político meritório desse ex-baixo-clero de Roraima dentro do Congresso Nacional vai ganhar um quilo de pé-de-moleque no capricho).
“Vamos ter uma urgência urgentíssima”, afirmou Castro, já falando como se fosse o dono do Parlamento, que classificou a interpretação do TSE de “absurdo”. Deve ser, fora os prejudicados, uma das poucas vozes que discordaram da decisão histórica do TSE, aplaudida em todas as regiões do País. “Podemos legislar para corrigir as aberrações”, verbalizou o líder dos republiquerdas. De acordo com esse politicanalha, a permanência de um parlamentar em determinado partido é circunstancial e o eleitor, na hora de votar, não leva em conta a legenda do candidato. “Vota porque conhece a trajetória do político, seu trabalho”. Ou seja: esse abestalhado quer que as distorções e os equívocos do nosso sistema político sejam consagradas na legislação e permaneçam assim para sempre. Com certeza isso permite a ele levar alguma vantagem de ordem política ou financeira, no plano pessoal, o que não significa que seja o melhor para os interesses do país.

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