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sábado, 29 de novembro de 2025

Um filme que sempre desejo rever



Julie Adams, Gia Scala, Marianne Koch e Elsa Martinelli em 
"Quatro Garotas, Quatro Destinos" 

Foto: IMDB

Drama romântico, "Quatro Garotas, Quatro Destinos" (Four Girls in Town), de Jack Sher, 1956. No meu primeiro Caderno de Filmes, o 31º filme que assisti. Foi em 1958, logo depois da inauguração do Cine Santanópolis, um dos primeiros filmes lançados na grande sala.
Um filme sobre os bastidores de Hollywood, de um estúdio e o sonho de jovens em alcançar o estrelato.
Ainda menino, estava para fazer dez anos, fiquei fascinado pelo filme, que trata sobre escolhas. 
Um filme que sempre desejei rever mas é um título do catálogo Universal dos anos 50. Assim, uma raridade. Um filme dos tempos em que cinema era pura diversão.
Um filme dentro do filme. Os executivos do estúdio Manning National (que remete a Universal International) promovem uma busca mundial de talentos de uma nova atriz para interpretar Ester em um épico bíblico. Substituição como resultado das exigências contratuais irracionais da temperamental estrela Rita Holloway (Helene Stanton). Aparecem quatro concorrentes - todas muito belas -, uma uma da Áustria, a atriz de teatro e viúva Ina Schiller (Marianne Koch); uma da Itália, Maria Antonelli (Elsa Martinelli), uma da França, a dona de casa de casamento problemático Vicky Dauray (Gia Scala), e outra dos Estados Unidos, a garota com mãe agressiva Kathy Conway (Julie Adams). 
Qual das quatro jovens e belas estrelas internacionais convidadas pelo estúdio substituirá a estrela de glamour do estúdio em um próximo filme?
Cada uma das garotas é interesse romântico de alguém, envolvendo-se em romances fora do set.. Uma do diretor Mike Snowden (George Nader), outra do compositor Johnny Pryor (Sydney Chaplin), uma do playboy Spencer Farrington Jr. (Grant Williams) e a outra do ator Tom Grant  (John Gavin).

Curiosidades

Um dos poucos filmes feitos sobre Hollywood nos anos 50.

O vago filme dentro do filme, baseado em Ester, foi realizado pela 20th Century Fox, em 1960, "Ester e o Rei", com Joan Collins como a personagem bíblica.

As atrizes Clara Bow e Mary Pickford, do cinema mudo, são mencionadas no filme.

Sydney Chaplin era filho do lendário Charles Chaplin.

As cenas ocorrem dentro e no entorno de um estúdio de cinema fictício, oferecendo vislumbres dos estúdios e cenários da Universal International.

Um filme onde a beleza feminina é valorizada. Um gênero de filme que não é mais realizado.

Um filme feito com cuidado, com o brilho de quase 70 anos. Naturalmente que com situações hoje desatualizadas. Vale a pena ver de novo.

As frases de efeito: "Do coração dessas quatro meninas vem uma história de amor para cada mulher!" e "A brilhante história de jovens beldades, ansiosas em busca de dinheiro e casamento".

O diretor Jack Sher é autor do roteiro do filme, com tiradas eloquentes e inteligentes.

Segundo registros, Jack Sher baseou seu roteiro em uma busca por uma atriz europeia que a Universal realizou em junho de 1954 para interpretar Maria Madalena em "Os Galileus", filme que nunca foi realizado. Gia Scala, que faz Vicki Dauray, chegou a ir da Itália para Hollywood.

Outros registros dão conta que a Universal escalou Helene Stanton como Rita Halloway, que só aparece na tela de costas, após perceber seu andar sensual na televisão.

Fontes dão conta que a voluptosa loira e exigente Rita foi inspirada em Marilyn Monroe.

Em uma cena em que Kathy (Julia Adams) e Mike (George Nader) conversam no set de filmagem, o ator José Ferrer aparece como diretor, atuando em uma cena de índios em disparada. Uma participação especial.

Ainda no elenco: Mabel Albertson (a mãe de Kathy, Herbert Anderson, Judson Pratt, Hy Averback, Ainslie Pryor e James  Bell (como os executivos do estúdio), Maurice Marsac (Henri, o marido de Vicky), Eugene Mazzolla (Paul, o filho de Vicky).

Trilha sonora de Alex North, com peças de André Previn (piano) e Henry Mancini (orquestra).

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